terça-feira, 24 de junho de 2008

quinta-feira, 15 de maio de 2008

As fumaças do primeiro-ministro

As fumaças do primeiro-ministro são físicas mas têm também muito de metafísico, como outras fumaças que deixam rastos de fumo e são feitas longe das vistas. O comportamento do Eng. José Sócrates para com os madeirenses é uma fumaça doentia, uma jactância prenhe de ódio, mantendo um autoritarismo de rei de plebe que despreza como forma de satisfazer o seu ego


É só fumaça! Fato e gravata, sapatos a luzir, um toque senhorial, e lá chega o homem de carro preto, motorista às ordens, guarda-costas e todos os tempos de antena que quiser.
Quando o primeiro-ministro entende fumar a bordo de um avião fretado à TAP (empresa que pertence ao Estado) está a cometer um atentado à lei que o próprio aprovou e a transmitir aos portugueses uma imagem de banalização do poder governamental. Nada mais negativo do que obrigar os outros a cumprir aquilo que os próprios levianamente e irresponsavelmente transgridem. A lei é lei ou Portugal é um dos países onde tudo é permitido. Importa lá o “falso” pagamento da multa por ter fumado onde sabia que não podia, importa lá a esfarrapada desculpa pelo negativo acto, importa é ver como se comporta o primeiro-ministro de um país com níveis de educação e cultura muito pobres.
Que moral tem o primeiro-ministro e todo este governo socialista de falar aos portugueses em educação, solidariedade, segurança e justiça quando diz e impõe leis que não cumpre. São tantos os “vazios” do primeiro-ministro a não terem justificação. Ficou tristemente célebre a licenciatura em engenharia do aluno José Sócrates que ainda hoje paira a dúvida da sua autenticidade. O desenlace foi o encerramento da universidade Independente onde, com arquivos misteriosamente desaparecidos, a licenciatura foi obtida. São situações ridículas que não se passam em nenhum país civilizado.
Um país que tem um chefe de governo e ministros que têm comportamentos intoleráveis não podem merecer credibilidade dos cidadãos. O “jamé” do aeroporto entrou no “anedotório” nacional, a licenciatura em engenharia foi um falatório nacional de gozo e agora são as fumaças a bordo do avião. Em classe executiva, com tudo à borla, a ser alvo de todas as atenções, o primeiro-ministro José Sócrates, que tem andado a dar uma de atleta, acha por bem não acatar a proibição de não fumar a bordo dos aviões. Imagine-se o que aconteceria a outro passageiro que tivesse a mesma falta de educação que teve o primeiro-ministro. O que lhe teria acontecido a bordo ou à chegada ao aeroporto?
As fumaças do Eng. José Sócrates levam-nos para outras nuvens doentias e escuras que andam a povoar a nação portuguesa desde que chegou ao governo “de bandeja” transportada pelo então presidente da República. Jorge Sampaio (PS) que dissolveu o parlamento, pôs em cheque o primeiro-ministro Santana Lopes (PSD), convocou eleições e escancarou as portas à vitória fácil a José Sócrates (PS). Tudo feito à medida.
Pouco tempo após ter tomado posse começámos a constatar que José Sócrates não cumpria com as promessas que fez durante a campanha eleitoral. Desde logo prometeu baixar os impostos e o que fez foi agravar a carga tributiva, prometeu o referendo ao tratado europeu e acabou por dar o dito por não dito, entre outras promessas que levaram os eleitores a acreditar em mudanças.
As fumaças não são de agora e já apresentam muitas manchas e bastante escuras. O país continuar a patinar e a União Europeia tem feito notar que Portugal não vai para a frente com remendos governamentais. Temos das economias mais fracas, um dos piores índices de qualificação profissional, mais de meio milhão de desempregados, das mais ténues qualidades de vida e poder de compra, com um ensino desfasado ante as necessidades e um futuro com muitas incógnitas. Portugal não tem um governo à altura da realidade do presente e sem planos de investimentos com futuro. Que país temos hoje e que país teremos daqui por 10/20 e mais anos?
As fumaças do primeiro-ministro são físicas mas têm também muito de metafísico, como outras fumaças que deixam rastos de fumo e são feitas longe das vistas. O comportamento do Eng. José Sócrates para com os madeirenses é uma fumaça doentia, uma jactância prenhe de ódio, mantendo um autoritarismo de rei de plebe que despreza como forma de satisfazer o seu ego. Qualquer psicanalista não teria dificuldade em fazer um diagnóstico apreensivo sobre tais comportamentos humanos. Esconde-se no pensamento mas não consegue evitar a visibilidade dos actos.
Como diz o povo: é só fumaça! Fato e gravata, sapatos a luzir, um toque senhorial, e lá chega o homem de carro preto, motorista às ordens, guarda-costas e todos os tempos de antena que quiser. É a caricatura do Chico esperto e do Zé ninguém português.
E anda o governo a gastar milhões de euros em campanhas contra o consumo do tabaco. Que dizem as tabaqueiras que muito contestam a lei do tabaco? E os fumadores que estão sujeitos a pesadas multas se violarem a lei que o governo aprovou?

16.05.2008

Passo em frente

A mentalidade colonial não se apagou, foram muitos séculos de exploração portuguesa, impondo e assumindo superioridades arbitrárias, governando à distância e exercendo diferentes formas de escravatura consoante o andar dos tempos. Mais autonomia para a Madeira é como se estivéssemos a planear um atentado contra Portugal!



Quem lê certa imprensa corre o risco de ficar com informação manipulada, complexa, alarmista e doentia. Não há nada de positivo (…) e se há não se publica. Prefere-se o fruto podre no meio de toneladas de frutos bons. É a regressão da informação pejada de contradições e oportunismos. Para alguma comunicação social do país o mal vem de todos os lados, tudo é falcatrua, ilusão, mentira. Os fundamentos ficam pela rama e ninguém vai procurar saber se de facto o estado empobrece e os políticos enriquecem. Portugal é um país de culpados, desculpados, coitadinhos, espertos saloios, políticos de terceira e governantes corruptos.
Alguma imprensa do continente (per)segue os acontecimentos ocorridos na Madeira como abutres que picam a carcaça já apodrecida. Rebuscam assuntos como a independência, o défice democrático, o off-shore, a flama, os anos quentes da revolução e até as malvadas bombas como actos terroristas. Tudo serve para manobrar a opinião pública nacional contra os madeirenses. Agora, passados mais de três décadas, veio uma revista de um semanário editado em Lisboa recontar e plagiar os actos bombistas ocorridos na Madeira que inclusive atingiram um avião militar português cuja carcaça ainda hoje permanece na Água de Pena.
A reportagem (ultrapassadíssima) é publicada e clinicamente ilustrada numa altura em que se perfilam os candidatos à presidência do PSD-nacional, com o presidente do Governo Regional da Madeira a receber inequívocos apoios das principais distritais (cidades) do país, Lisboa e Porto.
Antes que seja tomada a decisão pessoal de entrar ou não na corrida para a liderança do maior partido da oposição, o Dr. Alberto João Jardim vê surgir na praça pública publicações deprimentes que visam pôr em xeque o patriotismo dos madeirenses. Como se as bombas que rebentaram no Funchal tivessem idêntica violência mortal que tiveram as bombas que rebentaram em Lisboa e arredores ou com os actos terroristas perpetrados pelas Forças Populares do 25 de Abril ou com a ameaça de encher o Campo Pequeno com portugueses indefesos e ai fuzilá-los, à boa maneira hitleriana.
Desde que seja para pôr em causa o patriotismo português dos madeirenses tudo é válido, ao ponto de até ser dado ênfase a caras-e-factos que à data não eram conhecidos ou então faziam parte de outros pelotões. No meio de tantas “bombas” que vão rebentando diariamente por todo o país, em todas as áreas da governação, as bombas que rebentaram na região há mais de 30 anos é que são notícia.
Que se pretende ao fazer renascer factos do passado em contextos distintos? Mas parece que volta a ser feito um teste à “colonização” continental e vale a pena dar alguma atenção. As palavras de elogios à Madeira dos presidentes do Parlamento e da República, Jaime Gama e Cavaco Silva, respectivamente, fizeram ressurgir, por parte da oposição o terrorismo verbal contra os madeirenses e passaram a ser encaradas como de malvadas!
A mentalidade colonial não se apagou, foram muitos séculos de exploração portuguesa, impondo e assumindo superioridades arbitrárias, governando à distância e exercendo diferentes formas de escravatura consoante o andar dos tempos. Mais autonomia para a Madeira é como se estivéssemos a planear um atentado contra Portugal! O Dr. Alberto João Jardim inquieta a classe política continental, esteja no governo ou não. Esta é a realidade.
Desde que o nome do Dr. Alberto João Jardim foi citado como opção digna para a presidência do PSD-nacional e como potencial candidato às eleições legislativas de 2009, começaram a sair da toca uns tantos quantos políticos de alcova que antes preferem perder do que dar a mão à palmatória. O poder conquista-se no terreno e não apenas nas intenções delineadas nos gabinetes. O país precisa de governantes incomodados com o sistema, que rompem com os preconceitos do politicamente correcto, que sejam livres de pensar e agir em função do país.
A “central de informação” socialista e o governo liderado pelo Eng. José Sócrates estão a capitalizar as divisões internas dos social-democratas reforçando posições para os próximos actos eleitorais. E tudo serve para fazer passar ao lado as divisões que existem no partido do governo e das falhas governamentais. Já se esqueceram que o PS foi o único partido que até agora apresentou dois candidatos à presidência da República (Manuel Alegre e Mário Soares), obtendo como resposta do eleitorado uma confrangedora derrota socialista.
Há que sair da teia e avançar para novos horizontes. Há que dar passos em frente, respeitar os portugueses de todas as idades e classes sociais, criar condições para que todos possam participar na recuperação da economia nacional. Uma nação que não reconhece os seus governantes não pode estar motivada. A notícia não pode deixar dúvidas. Mal dos governantes que prometem o que não conseguem nem sabem fazer. O antes acompanha sempre o depois.

02.05.2008

terça-feira, 13 de maio de 2008

Candidat

O Dr. Alberto João Jardim sem se ter pronunciado se é candidata ou não, tem sido, nas últimas semanas, atacado com calúnias destinadas a lançar descrédito junto da opinião pública continental. É a oposição a reconhecer que a candidatura do Dr. Alberto João Jardim vai muito além do cargo de líder do PSD-nacional o que faz criar reacções de desconforto no PS como nos outros partidos



Sabe-se, sem reticências, que uma candidatura do Dr. Alberto João Jardim à presidência do PSD-nacional corre sempre o risco de sair vitoriosa. As manifestações são mais que muitas para se crer em tal desfecho.
Nem as sondagens fazem dissipar a vontade dos sociais-democratas com direito a voto no congresso, o espírito interno não é influenciável, como não são perturbadores os golpes de maldade, os atropelos, as calúnias e mentiras contra o Governo Regional. Em verdade, ao presidente do PSD-nacional são exigidos pontos de referência para que se façam sérias reflexões.
O Dr. Alberto João Jardim tem uma vida política vitoriosa, foi um dos mais tenazes lutadores pela democracia nos tempos caóticos logo a seguir a Abril 74, enfrentou e combateu o assalto do comunismo ao poder, apôs-se com veemência aos excessos desregrados do socialismo que iam levando Portugal para a bancarrota e deu ao PSD o maior número de vitórias eleitorais consecutivas que o partido regista em toda a sua história.
Por tudo isto, a carga política negativa dos comunistas e dos socialistas sobre o Dr. Alberto João Jardim assume um cariz de ódio! Há que combater quem nos combateu. Os comunistas e os socialistas têm-se sido cilindrados na Madeira, única região do país onde nunca assumiram o poder. Os comunistas estiveram no poder nos primeiros governos a seguir à mudança de regime (quem não se recorda das nacionalizações arbitrárias feitas a mando do primeiro-ministro comunista Vasco Gonçalves).
Na Madeira tanto o PS como o PCP nunca passaram de partidos claramente minoritários. Não admira, portanto, que no Continente PS e PCP tudo façam para denegrir a imagem do Dr. Alberto João Jardim, com recurso a todos os meios para que não surja na liderança do PSD-nacional.
O que também sabemos, como sabem todos os portugueses, é que ser presidente do PSD é ser candidato-ganhador de eleições. Não conseguindo tal desiderato está condenado a ser um líder sem estofo para ocupar o cargo. Não cabe no PSD um presidente de romantismo político, presunçoso ou pertencendo a uma casta dos que sabem tudo no seu circulo fechado.
O PSD é, desde a primeira hora, um partido de governo que governa, mobilizador e dinamizador, aberto à sociedade, que tem o aval de milhões de portugueses. Quando estamos a eleger o presidente do PSD estamos a votar no próximo chefe de governo. Não há outra leitura admissível.
Repare-se que toda a oposição parece aceitar de bom agrado as candidaturas já a anunciadas à presidência do PSD-nacional e não tem havido, até agora, reparos críticos de relevância. Pelo contrário, o Dr. Alberto João Jardim sem se ter pronunciado se se candidata ou não, tem sido, nas últimas semanas, atacado com calúnias destinadas a lançar descrédito junto da opinião pública continental. É a oposição a reconhecer que a candidatura do Dr. Alberto João Jardim vai muito além do cargo de líder do PSD-nacional o que faz criar reacções de desconforto no PS como nos outros partidos.
Os “velhos do Restelo” estão bem instalados nas poltronas da política que se faz no Continente. Não querem sair do pedestal. Estão-se nas tintas para um Portugal que continua a ser um país adiado. Dizem que a culpa é dos governos estruturalmente frágeis para sustentarem e enfrentarem os desafios que sopram de todos os quadrantes nacionais e internacionais. Mas não querem que haja mudança de fundo.
Dizem que os governantes são politicamente instáveis e sem capacidade para encontrarem soluções que venham resolver os problemas que há muito entravam o desenvolvimento do país, com promessas que não cumprem, implementando-se estratégias que resultam em fracassos que em muito penalizam os cidadãos. A estabilidade política e governamental é coisa que não vimos em Portugal desde a mudança de regime. Ao contrário do que existe na Madeira.
Claro que, uma eventual saída do Dr. Alberto João Jardim para o Continente será sempre uma “perda” parcial para a Madeira. Se no Continente tem as bases a seu lado, principal suporte que dão as vitórias eleitorais e não os tais barões cujos votos não dão para eleger uma autarquia local, na Madeira tem os madeirenses a seu lado, conforme comprovam as vitórias esmagadoras em todas as eleições. Há todas as razões para o compasso de espera, maduramente.

09.05.2008

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Candidato ganhador

O Dr. Alberto João Jardim sem se ter pronunciado se é candidata ou não, tem sido, nas últimas semanas, atacado com calúnias destinadas a lançar descrédito junto da opinião pública continental. É a oposição a reconhecer que a candidatura do Dr. Alberto João Jardim vai muito além do cargo de líder do PSD-nacional o que faz criar reacções de desconforto no PS como nos outros partidos



Sabe-se, sem reticências, que uma candidatura do Dr. Alberto João Jardim à presidência do PSD-nacional corre sempre o risco de sair vitoriosa. As manifestações são mais que muitas para se crer em tal desfecho.
Nem as sondagens fazem dissipar a vontade dos sociais-democratas com direito a voto no congresso, o espírito interno não é influenciável, como não são perturbadores os golpes de maldade, os atropelos, as calúnias e mentiras contra o Governo Regional. Em verdade, ao presidente do PSD-nacional são exigidos pontos de referência para que se façam sérias reflexões.
O Dr. Alberto João Jardim tem uma vida política vitoriosa, foi um dos mais tenazes lutadores pela democracia nos tempos caóticos logo a seguir a Abril 74, enfrentou e combateu o assalto do comunismo ao poder, apôs-se com veemência aos excessos desregrados do socialismo que iam levando Portugal para a bancarrota e deu ao PSD o maior número de vitórias eleitorais consecutivas que o partido regista em toda a sua história.
Por tudo isto, a carga política negativa dos comunistas e dos socialistas sobre o Dr. Alberto João Jardim assume um cariz de ódio! Há que combater quem nos combateu. Os comunistas e os socialistas têm-se sido cilindrados na Madeira, única região do país onde nunca assumiram o poder. Os comunistas estiveram no poder nos primeiros governos a seguir à mudança de regime (quem não se recorda das nacionalizações arbitrárias feitas a mando do primeiro-ministro comunista Vasco Gonçalves).
Na Madeira tanto o PS como o PCP nunca passaram de partidos claramente minoritários. Não admira, portanto, que no Continente PS e PCP tudo façam para denegrir a imagem do Dr. Alberto João Jardim, com recurso a todos os meios para que não surja na liderança do PSD-nacional.
O que também sabemos, como sabem todos os portugueses, é que ser presidente do PSD é ser candidato-ganhador de eleições. Não conseguindo tal desiderato está condenado a ser um líder sem estofo para ocupar o cargo. Não cabe no PSD um presidente de romantismo político, presunçoso ou pertencendo a uma casta dos que sabem tudo no seu circulo fechado.
O PSD é, desde a primeira hora, um partido de governo que governa, mobilizador e dinamizador, aberto à sociedade, que tem o aval de milhões de portugueses. Quando estamos a eleger o presidente do PSD estamos a votar no próximo chefe de governo. Não há outra leitura admissível.
Repare-se que toda a oposição parece aceitar de bom agrado as candidaturas já a anunciadas à presidência do PSD-nacional e não tem havido, até agora, reparos críticos de relevância. Pelo contrário, o Dr. Alberto João Jardim sem se ter pronunciado se se candidata ou não, tem sido, nas últimas semanas, atacado com calúnias destinadas a lançar descrédito junto da opinião pública continental. É a oposição a reconhecer que a candidatura do Dr. Alberto João Jardim vai muito além do cargo de líder do PSD-nacional o que faz criar reacções de desconforto no PS como nos outros partidos.
Os “velhos do Restelo” estão bem instalados nas poltronas da política que se faz no Continente. Não querem sair do pedestal. Estão-se nas tintas para um Portugal que continua a ser um país adiado. Dizem que a culpa é dos governos estruturalmente frágeis para sustentarem e enfrentarem os desafios que sopram de todos os quadrantes nacionais e internacionais. Mas não querem que haja mudança de fundo.
Dizem que os governantes são politicamente instáveis e sem capacidade para encontrarem soluções que venham resolver os problemas que há muito entravam o desenvolvimento do país, com promessas que não cumprem, implementando-se estratégias que resultam em fracassos que em muito penalizam os cidadãos. A estabilidade política e governamental é coisa que não vimos em Portugal desde a mudança de regime. Ao contrário do que existe na Madeira.
Claro que, uma eventual saída do Dr. Alberto João Jardim para o Continente será sempre uma “perda” parcial para a Madeira. Se no Continente tem as bases a seu lado, principal suporte que dão as vitórias eleitorais e não os tais barões cujos votos não dão para eleger uma autarquia local, na Madeira tem os madeirenses a seu lado, conforme comprovam as vitórias esmagadoras em todas as eleições. Há todas as razões para o compasso de espera, maduramente.

09.05.2008

Da Região ao País

Salta à vista que são os derrotados da política e os “intelectuais” mal sucedidos na sociedade portuguesa que passam a vida a contestar aquilo que de positivo a maioria constata com factos concretos. Portugal não tem, no Continente nem nos Açores, nesta fase, um político com a experiência que tem o Dr. Alberto João Jardim


O mais importante nesta altura é saber se o próximo líder do PSD terá carisma, idoneidade, seja pragmático, tenha qualidades de sacrifício e trabalho feito. Que seja capaz de ir para o terreno, falar com lealdade e mobilizar os portugueses. Não conhecemos tão de perto os que perfilam a candidatura à liderança do partido a nível nacional mas conhecemos bem a capacidade do Dr. Alberto João Jardim.
Temos para nós que o PSD nacional, para ganhar os próximos actos eleitorais, terá que ter uma mensagem vencedora. Traçar um rumo em direcção ao objectivo, por muitos escolhos que possam aparecer, nunca abdicando de seguir em frente. Os portugueses estão desiludidos com a política, com o governo socialista, mas também não lhes têm sido dadas alternativas consistentes.
Aos partidos da oposição não basta contestar. O poder não se alcança apenas pela crítica e denúncias dos erros de quem governa, os eleitores querem saber quem estará em condições de melhor governar o país e que programa apresenta. Não há continental que, sem estar acorrentado aos partidos políticos ou tenha antipatias pessoais, faça críticas negativas à obra do PSD no governo madeirense. Nem é preciso recorrer aos elogios ao progresso da Madeira feitos pelos dois mais altos magistrados da nação, Dr. Jaime Gama e Prof. Cavaco Silva, presidentes da Assembleia da República e Chefe de Estado, respectivamente.
A Madeira tem sido várias vezes citada, inclusive pelos detractores da governação regional, como um dos melhores exemplos de desenvolvimento de uma região. Sem minas de ouro ou prata, sem subsolo petrolífero ou outras riquezas naturais, a Madeira é das regiões com um dos melhores rácios de crescimento sócio-económico. Nem os cortes financeiros do Orçamento de Estado nem a descida dos montantes da União Europeia têm impedido que as obras constantes no programa do Governo Regional estejam a avançar. Isto vem demonstrar que não são apenas com milhões que se fazem grandes obras. A gestão por objectivos desenvolve-se de acordo com as prioridades e correcções que vão sendo feitas mas nunca paralisam.
Não há dúvida que muitas foram as obras feitas na Madeira e no Porto Santo antes que as verbas estivessem a cem por cento disponibilizadas. Mas fez-se e pouparam-se milhões. Se o Governo Regional, nalgumas obras, ficasse à espera da autorização e garantia financeira do Governo central para iniciá-las, o custo seria muito superior. Um exemplo: Nos finais dos anos 70, as obras para ampliação do aeroporto da Madeira foram orçadas em cerca de 26 milhões de contos. O Governo central não considerou prioritário e foi adiando durante cerca de 20 anos. Quando o Governo da República decidiu avançar com as obras, o custo subiu em flecha para cerca de 110 milhões de contos.
Falam na dívida da região mas não falam da dívida do país. Falam do desenvolvimento da Madeira mas não falam do desenvolvimento do Continente. Quando entendem fazer contas vão buscar os cadernos contabilísticos da região, dos investimentos feitos, mas não divulgam os défices de obras nem sempre bem sucedidas noutras partes do país. Não falam que Portugal tem uma elevada dívida financeira ao estrangeiro. A riqueza produzida em Portugal é das mais reduzidas da Europa, os salários dos portugueses são dos mais baixos e as políticas de emprego, segurança social, educação/ensino, juventude e terceira idade, andam aos solavancos. O governo socialista prometeu 250 mil postos de trabalho e o que vimos é o desemprego a aumentar para cerca de meio milhão de trabalhadores. São milhares de empresas a fechar ano após ano. Faz-se o discurso da recuperação económica quando na prática os portugueses desesperam.
Salta à vista que são os derrotados da política e os “intelectuais” mal sucedidos na sociedade portuguesa que passam a vida a contestar aquilo que de positivo a maioria constata com factos concretos. Portugal não tem, no Continente nem nos Açores, nesta fase, um político com a experiência que tem o Dr. Alberto João Jardim. Porém, o projecto futuro par a Madeira passa pela sua continuidade à frente do Governo Regional. Os madeirenses querem-no.
Mais autonomia ou independência serão os madeirenses a decidir. Um Referendo ajudaria a clarificar. Não basta dizer que a Madeira tem uma cultura portuguesa (que cultura?), e que tem quase seis séculos de administração portuguesa. Quem diz que a Madeira não seria capaz de governar-se sem Portugal anda à margem do que se passa no mundo, dos novos países que estão a surgir em todos os continentes. Em que região da Europa vamos encontrar o principal palácio feito residência do representante da República? É aceitável?
Uma eventual ida do Dr. Alberto João Jardim para o Continente sem dúvida que a Madeira ficaria a perder e Portugal ficaria a ganhar! É um dar ao país da experiência e do sucesso político e governamental que teve na região. Quem pode apresentar um currículo idêntico?

25.04.2008

Se nos calássemos

Se nos calássemos poderíamos ser considerados politicamente correctos, povo educado por aceitarmos o que nos impõem, mas os resultados finais não seriam os mesmos e não passaríamos de um povo subjugado


Conforme se vê, os madeirenses sabem separar o trigo do joio, sabem ser hospitaleiros, e mostraram uma vez mais ao Chefe de Estado e ao País que o ser português na insularidade não é o mesmo que o ser português no território continental. A “guerra” entre as ilhas e o Continente prevalece desde os primeiros anos do povoamento e só quem aqui nasceu e aqui vive estará em condições de compreender a história dos factos.
Se nos calássemos poderíamos ser considerados politicamente correctos, povo educado por aceitarmos o que nos impõem, mas os resultados finais não seriam os mesmos e não passaríamos de um povo subjugado. As reivindicações que o Governo Regional faz junto do Governo da República são para bem da Madeira e consequentemente em prol de Portugal. Bom seria para Portugal que todas as regiões portuguesas tivessem conseguido atingir um nível de desenvolvimento como o que a Madeira alcançou. O país no seu todo recebeu apoios comunitários, todas as regiões beneficiaram dos fundos europeus, sendo injusto não considerar a Madeira como das regiões que melhor soube planificar e projectar o desenvolvimento em função das suas capacidades.
O Presidente da República sabe das dificuldades existentes, conhece os problemas da Madeira, como conhece as vicissitudes com que se debate Portugal no seu todo, mas não deixa de reconhecer que o desenvolvimento da Madeira teve e tem muito a ver com a perspicácia, visão e coragem do Governo Regional e do seu líder, Dr. Alberto João Jardim. O Prof. Cavaco Silva não se deixou levar pelas campanhas contra a Região por quem inchado de vaidade tudo fez (e continua a fazer) para denegrir a imagem da Madeira no exterior.
O Chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, e o Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, acabam por ratificar o projecto político-governamental da Madeira moderna e desenvolvida, contrariando as posições insistentemente assumidas pelos partidos e políticos da Oposição.
São as mais altas figuras do Estado a darem parabéns pela obra feita e em curso, regozijando-se em nome de Portugal, deitando por terra as teses de todos aqueles que teimam em desconsiderar o que era o atraso do arquipélago e o que é a “Madeira Nova” no presente.
Para a grande maioria dos madeirenses e porto-santenses, bem como para muitos portugueses do Continente, dos Açores, das Comunidades, de muitos estrangeiros e de instituições nacionais e europeias, o salto quantitativo e qualitativo registado na sociedade madeirense tem sido claramente reconhecido.
As vitórias eleitorais do PSD, por percentagens esmagadoras, são globalmente esclarecedoras. Lamenta-se é que não haja nos partidos da Oposição quem seja capaz de analisar estes factos e tomá-los como referências para criar e apresentar projectos alternativos.
Se hoje houvesse eleições na Região, nesta data, bastava as opiniões das duas principais figuras do Estado para o PSD alcançar mais uma retumbante vitória. Os que teimam em manter “guerras” contra a Madeira são os mesmos que criticam o atraso de Portugal mas que não vão além do maldizer. São os anãozinhos da política, mas como escreveu Séneca: “um anão no cimo duma montanha, nem por isso é maior”.
Se nos calássemos, quando nos queriam impedir de ir em frente, não passaríamos de portugueses de segunda linha, como foram os madeirenses tratados durante mais de cinco séculos pelos governos da metrópole. Se nos calássemos quando os comunistas e os socialistas madeirenses queriam tomar o poder, a Região estaria muito provavelmente no patamar de um qualquer tipo de sociedade ao estilo Cubano ou a enfrentar as injustiças sociais e económicas de muitas regiões dos países do Leste que foram governadas sob a ideologia política do comunismo e do socialismo.
Se nos calássemos, a Região Autónoma da Madeira não seria hoje, a segunda região mais desenvolvida de Portugal e uma das regiões mais desenvolvidas da Europa.

18.04.2008

quinta-feira, 10 de abril de 2008

A visita do Presidente

Os governos e os chefes de Estado têm ou não orgulho da Madeira do presente, com o notável progresso alcançado nos últimos 30 anos, ou não aceitam o desenvolvimento registado como um bem para o país no seu todo? É chegado o momento de encarar de frente a realidade, de colocar tudo sobre a mesa, pondo termo a um chorrilho de disparates que alguns governantes e políticos andam levianamente a dizer da praça pública.



O Prof. Aníbal Cavaco Silva vai estar na Região na próxima semana, naquela que é a sua primeira visita como Chefe de Estado. Já cá esteve algumas vezes, quer quando foi Primeiro-Ministro, quer como conferencista em eventos relacionados com a actividade económica-financeira. Ouvimo-lo tecer elogios à política de desenvolvimento seguida nesta Região Autónoma como também vimo-lo dançar o bailhinho da Madeira, como também o sentimos acorrentar legítimos anseios de toda uma população no que concerne ao alargamento das competências autonómicas. Sempre nos deixou a imagem de um homem pragmático, decidido, sensível às mudanças que ocorrem pelo mundo e atento aos ecos do Portugal humano.
As suas origens algarvias, mescladas e consolidadas de mar, turismo, pescas, agricultura, e com as vicissitudes de todas as regiões distantes da capital do país, terão tido especial influência na sua formação e terão sido decisivas para a carreira política e de governante que tem vindo a cimentar.
Sendo um homem frontal e inteligente gostaríamos de vê-lo abordar, sem tibiezas, matérias como: descolonização; globalização; descentralização; o atraso português na Europa comunitária; a justiça; o índice gritante de pobreza no país; a fundação de novos países em todo o mundo (que não apenas o Kosovo) e o que representa a Região Autónoma da Madeira para Portugal, nos tempos de hoje, em que, no quadrojurídico europeu não existem Estados Unitários.
Se aprovaria a realização de um Referendo sobre o futuro da Madeira, com votos apenas dos madeirenses naturais, residentes e nas comunidades. Em questão: Autonomia; Federação ou Independência? Sem medos.
Estamos no século XXI e é preciso que se acabe com os tabus da hipocrisia, do fingimento, da falsa propaganda continental contra os madeirenses. Urge pôr fim a campanhas politiqueiras que vão ao ponto de questionar o portuguesismo dos madeirenses, com insinuações graves como a de no Continente andarem a dizer que os madeirenses vivem à custa dos continentais.
O que é a Madeira para Portugal? O que representa a Madeira para Portugal? O Estatuto Político e Administrativo da Região, aprovado por unanimidade e aclamação na Assembleia da República é posto em causa e tornado inepto pelo Tribunal Constitucional, Órgão que mereceu, esta semana, os maiores elogios por parte do Presidente da República Não se pode viver na dúvida, no “parecer-ser”, corroendo a verdade dos factos. Os governos e os chefes de Estado têm ou não orgulho da Madeira do presente, com o notável progresso alcançado nos últimos 30 anos, ou não aceitam o desenvolvimento registado como um bem para o país no seu todo? É chegado o momento de encarar de frente a realidade, de colocar tudo sobre a mesa, pondo termo a um chorrilho de disparates que alguns governantes e políticos andam levianamente a dizer da praça pública.
O Prof. Aníbal Cavaco Silva sabe o que era a economia da Madeira antes de Abril de 1974, como funcionavam os poderes nesta Região e o atraso em relação ao Continente, e sabe como foi sendo conduzido o processo de desenvolvimento por parte do Governo Regional sob a liderança do Dr. Alberto João Jardim, tal como sabe hoje situar a Região no todo nacional e europeu. O arquipélago transformou-se em três décadas como da “noite para o dia”, venceu os piores patamares de pobreza, do analfabetismo, da sobrevivência económica, da colónia doentia e de uma sociedade governada sob regras rígidas e impositivas do governo central.
Os madeirenses fizeram mais por Portugal em 30 anos do que Portugal fez pelos madeirenses em mais de cinco séculos. Como economista e ex-membro do Banco de Portugal, o Prof. Aníbal Cavaco Silva sabe o que representaram as reservas (depósitos nos bancos) dos madeirenses residentes e emigrantes para as “contas públicas” de Portugal no período da grande instabilidade financeira que por pouco o país não caiu na bancarrota. A Madeira foi, de algum modo, o “mealheiro” de recurso que contribuiu para que Portugal se libertasse das “garras” do FMI. Numa fase de grande alarido comunista com todas as tentativas possíveis e imaginárias para apoderar-se do poder.
O Professor sabe o porquê das campanhas orquestradas no Continente contra a Madeira? E sabe que os madeirenses sempre estiveram na primeira linha de combate contra os inimigos de Portugal. Como sabe que já não há espaço para alimentar polémicas entre a Madeira e o Continente, que a autonomia e a liberdade são bens adquiridos e quando não se consegue chegar ao bom senso, reconhecer com gratidão, há que tomar decisões.
É doentio ouvir políticos e governantes continentais ora criticarem os madeirenses com os piores epítetos ora a tecerem os mais rasgados elogios. O povo madeirense merece respeito, sabe o que quer, e por isso não pode continuar a admitir “ataques de terrorismo verbal” contra a Madeira.
A visita do Presidente da República, com todo o seu staff, merece que seja dada atenção ao posicionamento e relacionamento entre a Região e o Continente, a todos os níveis. A “paz podre” enfraquece e deixa rastos doentios. Ou somos ou não somos!

11.04.2008

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A verdade foi dita

É óbvio que ninguém gosta de perder nas urnas, em eleições democráticas. Mas é um erro de palmatória não admitir ou não querer reconhecer que a obra feita na Região nos últimos 30 anos foi notável a todos os níveis. O mérito tem sido inegavelmente da governação do PSD e do demérito de toda a oposição, nomeadamente do PS que está longe de ser uma alternativa, como longe continua toda a restante oposição



O Dr. Jaime Gama ao reconhecer e a enaltecer publicamente o progresso da Região Autónoma e a elogiar a liderança política do Dr. Alberto João Jardim fez sair da toca uns fortuitos furões há muito desacreditados. Os seus “kamaradas” socialistas e da restante oposição estavam à espera que o Dr. Jaime Gama voltasse a cometer os erros do passado para então, se assim fosse, continuar a ser um grande democrata, um herói da resistência, um notável defensor dos direitos humanos, etc. e tal. Mas não foi o que os “kamardas” queriam que acontecesse. Logo, voltou-se o feitiço contra os feiticeiros da desgraça e nós madeirenses, não esquecendo o passado, até não damos grande importância.
Quem mais se agarrou à tábua foram os socialistas que parecem ter sofrido um duro golpe. Querem a desgraça, por isso a fomentam e cultivam. Têm a ousadia de vir dizer que são por estas e por outras afirmações, como as proferidas pelo Dr. Jaime Gama, que o PS na Madeira tem acumulado derrotas eleitorais.
Para o PSD e para o Governo Regional o que disse agora o Dr. Jaime Gama sobre o desenvolvimento da Região é corolário do que a esmagadora maioria dos madeirenses há muito conhecem. O anterior líder do PS-Madeira desafiou o Dr. Alberto João Jardim a provocar eleições antecipadas, o resultado foi o que se viu. Uma vitória esmagadora do PSD e uma derrota avassaladora do PS.
Importa, aqui e agora, pela oportunidade que se coloca, recorrer ao que sempre se diz nestas situações. Errar é próprio do homem como também o homem tem sempre oportunidade de corrigir as interpretações e acusações feitas. Em várias ocasiões, o Dr. Mário Soares, quer como líder do PS ou como primeiro-ministro ou presidente da República, uma vez melhor esclarecido e documentado, afirmou que só não muda quem tem mentalidade de burro.
O Dr. Jaime Gama, açoriano, actual presidente da Assembleia da República, antigo ministro do governo socialista e fundador do PS, não passou de um momento para outro de “besta a bestial”. É um político com currículo, traquejado, democrata, e mostrou ter humildade para rectificar a opinião deturpada que tinha da Madeira e dos madeirenses. Fez o que eventualmente devia ter feito há mais tempo. Reconhecer que as informações que lhes foram transmitidas sobre a Madeira foram maliciosas e desonestas.
No fundo, nunca levamos muito a sério os epítetos que o Dr. Jaime Gama quis atribuir ao Dr. Alberto João Jardim, cuja comparação foi grosseira e absurda, como também nunca levamos muito a sério as opiniões daqueles que, derrotados nos actos eleitorais, lançavam desabrida e loucamente campanhas de falta de democracia na Região, só porque a maioria dos eleitores optaram, em voto democrático e secreto, votar no PSD e na política liderada pelo Dr. Alberto João Jardim.
É óbvio que ninguém gosta de perder nas urnas, em eleições democráticas. Mas é um erro de palmatória não admitir ou não querer reconhecer que a obra feita na Região nos últimos 30 anos foi notável a todos os níveis. O mérito tem sido inegavelmente da governação do PSD e do demérito de toda a oposição, nomeadamente do PS que está longe de ser uma alternativa, como longe continua toda a restante oposição.
Podemos não gostar mas já não podemos esconder a realidade. Só um cego e mudo não vê nem ouve o desenvolvimento que a Madeira e Porto Santo apresentam por via de uma governação social-democrata, com estratégias políticas bem sucedidas. Certamente que os participantes no congresso de todas as Juntas de Freguesia (ANAFRE), onde o Dr. Jaime Gama fez tais referências de reconhecimento à Madeira e ao Governo Regional, na pessoa do Dr. Alberto João Jardim, não ficaram surpreendidos porque puderam constatar essa realidade durante os dias que estiveram na Região.
Já no que se refere ao posicionamento do poder local em Portugal não se poderá ter tão elogiosas e auspiciosas opiniões.
Na hierarquia do poder, as Juntas de Freguesia constituem a base dos pilares da governação, em função da sua directa relação com os cidadãos, mas não são (no Portugal continental) devidamente reconhecidas. As suas atribuições e competências são vastas e têm um papel inquestionável na estabilidade das comunidades mas não lhes é reconhecido o muito que fazem em prol do país. O governo não tem autoridade moral para não conceder melhores condições económico-financeira às Juntas de Freguesia quando, se diz e com razão, serem estas instituições credoras do Estado pelo muito que fazem.
No congresso nacional das Juntas de Freguesia muitas verdades foram ditas e só esperamos é que tenham eco e sejam aceites como realidades sérias e conscientes.

04.04.2008

segunda-feira, 31 de março de 2008

Confusões no ensino

É óbvio que a opinião pública dá mais atenção ao “flash” sensac óbvio que a opinião pública dá mais atenção aionalista, da aluna que agrediu a prÉofessora, do que as causas que estão na origem do intolerável procedimento. Faz falta, sim senhor, umas “réguadas” para aqueles alunos, já crescidinhos, que entendem ter uma má conduta nas salas de aula e no interior dos estabelecimentos escolares


A reacção do governo da República à estrondosa manifestação dos professores não podia ser mais cirúrgica e malévola. Primeiro aceitar sem comentar, depois preparar a melhor resposta e por fim projectar nos mass-media a incapacidade dos docentes, atribuir-lhes responsabilidade do abandono escolar e na indisciplina nas salas de aula. Num “jogo-duplo”, sem dar a cara, o governo pôs a comunicação social a fazer o serviço sujo e as reivindicações dos professores passaram para segundo plano. Ou melhor.
O governo da República, em poucos dias, voltou o odioso contra os professores. Uma perceptível contra-informação foi posta a circular pondo em causa as pretensões dos professores que levaram a cabo a maior manifestação de protesto dos últimos anos em Portugal. O eco dos cerca de 100 mil professores manifestantes foi habilmente desvirtuado e o governo conseguiu, num assomo de virtuosa deturpação, voltar a opinião pública menos informada contra os docentes. As maleitas da educação passaram para a violência nas escolas com os professores a serem desobedecidos e maltratados por alunos que deviam ser submetidos a medidas coercivas severas.
As posições inverteram-se, aparecendo uns iluminados a criticar a classe docente e a elogiar as medidas irredutíveis da ministra da Educação. A comunicação social, aliada do governo, não tem poupando nas últimas semanas os professores, acusando-os, inclusive, de serem uns funcionários públicos privilegiados em relação aos outros trabalhadores da administração pública. É por estas e por outras que Portugal não passa de uma pais pobremente manobrado e incapaz de subir na emancipação dos países mais desenvolvidos da Europa.
É óbvio que a opinião pública dá mais atenção ao “flash” sensacionalista, da aluna que agrediu a professora, do que as causas que estão na origem do intolerável procedimento. Faz falta, sim senhor, umas “reguadas” para aqueles alunos, já crescidinhos, que entendem ter uma má conduta nas salas de aula e no interior dos estabelecimentos escolares.
Acabe-se com os atenuantes para aqueles estudantes que, com boa ou má educação no seio familiar ou na comunidade onde vivem, não cumprem as regras estabelecidas. As eventuais falhas no seio familiar e na sociedade não podem ser aceites como justificação da má criação.
Certamente vamos encontrar pelo país fora muitos jovens, em idade escolar, que gostariam de estudar e não podem frequentar a aulas por falta de condições económicas dos pais. O ensino gratuito não é sumamente de “borla” tem custos, e por vezes bastante altos, para as famílias.
Acabe-se, de uma vez por todas, com o levantar e arquivar de processos, com sermões moralistas, cujos reflexos, em grande medida, estão a projectar-se no aumento da violência e da toxicodependência na sociedade portuguesa.
Em matéria de Educação, como noutras áreas, os governos socialistas têm acumulado fracassos atrás de fracassos. Um professor conta uma eventual anedota sobre a licenciatura do primeiro-ministro José Sócrates e logo é suspenso e alvo de um processo disciplinar. Foi preciso levar o país a falar da grotesca anedota para o governo voltar atrás e arquivar o processo injustificável. Numa manifestação de estudantes frente ao ministério da Educação, um aluno mostra o rabo, ao léu, e nada lhe acontece, quando devia ser severamente punido, tanto mais que era estudante universitário. O antigo primeiro-ministro socialista, António Guterres, elegeu a educação como a principal paixão do seu governo. Foi um fiasco. Podiam ter vindo aprender à Região Autónoma da Madeira.
Anda o governo socialista a atirar as responsabilidades do insucesso escolar para cima dos professores como se estes fossem os culpados pela ineficácia dos planos e programas de ensino, do regime educativo instituído, da legislação e do exageradíssimo quadro de cursos ministrados. Os professores cumprem programas previamente determinados, muitas vezes discordando da sua validação formativa, mas há que cumprir. Depois é ver o número de jovens licenciados a aumentar no quadro dos cerca de meio milhão de desempregados e o governo socialista a dizer que é melhor ter licenciados do que analfabetos no desemprego.
Como se não bastasse, o governo vem triunfalmente dizer que Portugal é o país da Europa com a melhor qualificação profissional. Que até temos no país dezenas de profissionais qualificados, pasme-se, à espera de emprego. Pois é; dá-se canudos, passa-se certificados, fazem-se cursos de formação (duvidosa) e com o diploma na mão somos os mais qualificados. Para fazer o quê? Com que produtividade?

28.03.2008

Páscoa é verdade

Ninguém estará, hoje, em condições para afirmar peremptoriamente que sem o pluralismo da informação a Madeira teria ou não seguido o rumo do comunismo-socialismo. À data das revoluções de massas, manejadas pelos comunistas-socialistas, apenas o JM deu a cara, colocou-se à frente, defendeu intransigentemente os valores da democracia. Se tal não tem acontecido estaríamos, muito provavelmente, com a Madeira num modelo albanês ou cubano.


Não há comparações mas há sempre algo que se pode ligar sem desvirtuar a essência dos factos. A Páscoa traz-nos o valor da Ressurreição, o sentir do possível, do nunca terminado. Uma reflexão sobre o muito que nos rodeia, com lealdade e sem ódios, com verdade. Não se constrói um mundo melhor destruindo o bem. Talvez, hoje, neste pensar pascal, seja de abordar um tema que nos é muito grato. Os mass media e a política.
Chega a ser doentio o posicionamento dalguma comunicação social e de alguns comentaristas ou pseudo-analistas políticos sobre a Autonomia e o modelo de governação seguido na Madeira. Há liberdade de expressão para que cada um diga o que pensa, mas há quem insista em confundir liberdade com libertinagem, seriedade com maldade. Expressam-se com raiva, revoltados, obcecados por uma visão catastrófica supostamente alimentada por um imaginário doentio.
A comunicação social é no presente, no sucesso e no fracasso, muito daquilo que foi feito no passado. Aqueles que arvoram-se, no presente, como os grandes artífices da história deviam ter a humildade de reconhecer que sem o muito, com muito pouco, que foi feito no passado não seriam o que hoje são nem estariam onde hoje estão. O Jornal da Madeira foi irrefutavelmente o grande baluarte na defesa da democracia contra as tentativas do comunismo-socialismo em tomar as rédeas do poder na ilha. O Dr. Alberto João Jardim liderou, enquanto director do JM, antes de ingressar nas funções governativas, o projecto mais arrojado e de sucesso editorial que alguma vez houve na Região e quiçá no País.
A Comunicação Social em Portugal vive hoje num oásis e há projectos jornalísticos que pouco atenção dão às questões de fundo que movimentam e envolvem o País na Europa e no Mundo. A Madeira tem três jornais-diários, dois dos quais gratuitos, o que faz com que haja espaço para a pluralidade mas também uma maior responsabilidade na informação. Ninguém estará, hoje, em condições para afirmar peremptoriamente que sem o pluralismo da informação a Madeira teria ou não seguido o rumo do comunismo-socialismo. À data das revoluções de massas, manejadas pelos comunistas-socialistas, apenas o JM deu a cara, colocou-se à frente, defendeu intransigentemente os valores da democracia. Se tal não tem acontecido estaríamos, muito provavelmente, com a Madeira num modelo albanês ou cubano.
Pelo menos tenham respeito pelo que foi feito no passado. Pelos antecessores. Ou então, se entendem que o passado foi nada, tomem a iniciativa com projectos novos idealizados segundo os vossos conceitos de democracia, governação, economia e afins. A comunicação social não pode ser um refúgio para decalcar frustrações. Ter mais jornais, mais estações de rádio e mais canais de televisão não quer dizer que haja mais e melhor informação. Pelo que se lê, ouve e vê, a comunicação social em Portugal está a atravessar uma fase menos boa, está em crise, reconheça-se.
A SIC-notícias, por exemplo, levou aos estúdios alguns comentaristas para falarem sobre os 30 anos de governo do Dr. Alberto João Jardim. Aquilo que devia ser, a bem da informação isenta, um opinar directo sobre os efeitos da boa ou má governação e dos seus reflexos na vida da Região Autónoma, foi aproveitado para um combate contra a pessoa do Dr. Alberto João Jardim e contra os madeirenses. Comparar o presidente do Governo Regional, que sempre foi eleito democraticamente, com o presidente de Cuba, que assumiu o poder pela força das armas e nunca foi eleito, é estar a mentir com o beneplácito de um órgão da comunicação social. E isto é grave. É doentio.
Foi confrangedor ouvir alguns opinar sobre a Madeira como se a ilha vivesse num caos social, habitada pelas pessoas mais pobres e mais analfabetas. Para tais trogloditas do Continente tudo na ilha é miséria e os madeirenses um povo sem liberdade de pensar. Deu-se voz a pessoas que revelaram uma gritante ignorância sobre a Madeira, o Porto Santo, as Comunidades Madeirenses no Mundo, o que era a ilha há 30 anos e o que é nestes primeiros anos do século XXI. A cegueira é tanta que tais figuras insinuam que tudo quanto a Madeira fez de novo foi um desperdício.
Parece haver um fascínio pela maldade sobre tudo quanto seja português fora do rectângulo que leva a que alguns continentais falem estupidamente e negativamente da Região Autónoma da Madeira e muitos dos quais não conhecem a Região no presente nem a conheceram no passado. Preferem ser enganados pelas promessas do governo (veja-se as estrondosas manifestações de protestos nas ruas de Lisboa e por todo o Continente), por uma administração sombria e perdulária, aceitando o triste fado e agarrados ao velho e triturante argumento da crise como se a vida estivesse traçada para a negatividade.
Portugal está atolado numa sociedade descrente e em crise, com a economia a afundar-se e as famílias em graves dificuldades financeiras. Por muitas mudanças que sejam feitas já é difícil acreditar num governo incumpridor. Não se governa um país de costas voltadas para os cidadãos.
É tempo de viver a Páscoa e caminhar em frente. Sempre a pensar num amanhã melhor sem esquecer o passado que nos fez estar aqui!

21.03.2008

quarta-feira, 19 de março de 2008

O “Pensar Madeira” está ao alcance de todos os madeirenses, todos com acesso aos diferentes graus de ensino, à cultura, à saúde, à política. O tempo em que os ricos eram dados como os inteligentes e os pobres os atrasados mentais, como se a riqueza dotasse capacidades e a pobreza aniquilasse a mente, “morreu” a partir do momento em que a Madeira passou a ter Governo próprio, com os eleitores a votar livremente na escolha dos governantes



O Dr. Alberto João Jardim mantém o desejo de deixar a presidência do Governo em 2011. Têm os madeirenses que aceitar esta decisão que é feita de livre e espontânea vontade. Nunca, em tempo algum, um governante fez tanto pela Madeira que também em muito engrandece Portugal. Tenho a certeza que os madeirenses e portugueses (os de boa fé!) não ignoram o boom de desenvolvimento integral registado na ilha e que não têm dificuldades em mostrar a nudez desta verdade credível e mensurável.
Só por “traição”, vaidades ou mediocridades, haverá quem se escuse a aceitar os factos, mesmo aceitando-se que os governos são constituídos por homens e que os homens também por vezes falham. Nos sucessivos mandatos do Dr. Alberto João Jardim a Madeira sempre se foi mudando por dentro e por fora. Podemos, hoje, descortinar um futuro liberto das “papas de milho”, das casas de colmo e piso de terra sem luz, água e telefone, onde habitavam numerosas famílias madeirenses.
É pura e reles a especulação sobre qualquer alteração que irá seguramente acontecer. O PSD Madeira tem quadros muito capazes de tomar o leme e manter o rumo do desenvolvimento que a Região tem e continuará a ter. Todos têm o direito de “Pensar Madeira” do futuro, com ou sem o Dr. Alberto João Jardim na chefia do Governo, na certeza de que a Autonomia vai continuar a florescer, a combater os profetas da desgraça e a lutar por posições mais independentes do poder central, por uma cada vez maior e verdadeira autonomia.
Quando o Dr. Alberto João Jardim chegou à presidência do Governo a Madeira era ainda uma colónia, arquipélago atrasado em todas as áreas, visto como uma ilha adjacente pobre, analfabeta, com uma economia de subsistência e a maioria da população a viver no “campo”. Poucos eram os portugueses continentais que vinham para cá trabalhar, mesmo que bem pagos, porque a ilha “era pobre e atrasada”. Antes do Dr. Alberto João Jardim tomar, por eleições democráticas, a presidência do Governo, a Madeira era a “ilha africana” mais próxima de Portugal continental, com carências de vária ordem por via do sistema colonial que os madeirenses estiveram sujeitos por mais de cinco séculos.
Quando se dá a mudança de regime, em 1974, começaram a aparecer na ilha uns tantos continentais com deliberadas intenções de “evangelizar” os madeirenses com os cânticos e encantos do iluminado comunismo. Alguns desses continentais chegaram à ilha e puseram-se logo em bicos de pé, ascendendo a postos sem estarem habilitados para tal e foram galgando espaço por via da boa fé e hospitalidade dos madeirenses. Foram os “novos invasores” da ilha na segunda metade do século XX. Alguns fracassaram na sua “evangelização” comunista, outros (outros onde se incluem também alguns madeirenses) tomaram a pele de camaleão, foram ficando, mas agora, depois de instalados na vida, “cospem no prato que serviu para os alimentar.” Outros, “mais sábios”, aprenderam a viver em consonância com os valores da sociedade madeirense.
Para melhor compreendermos as mudanças operadas na Região, nas últimas décadas, temos todos de “Pensar a Madeira” num todo, no antes e no depois. Foram os governos chefiados pelo Dr. Alberto João Jardim que puseram a Madeira no “comboio da Europa”, segunda região mais desenvolvida de Portugal. Os que hoje criticam a Madeira do presente são os vencidos pela dinâmica governativa regional. Sabem que são facilmente dispensáveis, que não fazem falta nenhuma, e que a juventude madeirense está cada dia mais forte, melhor preparada, para as “grandes mudanças” do futuro. A omissão da verdade é um dos maiores pecados da liberdade de expressão.
Como hoje se constata e nos revelam as novas tecnologias, o mundo é plano! Plano na comunicação, na proximidade e facilidade com que se chega de um lado a outro do hemisfério. O mundo está a rodar (a caminhar) a uma velocidade impressionante, pondo o presente no passado imediato e o futuro no presente. Esta dura realidade deita para o caixote do lixo as teses dos que ainda pensam no Portugal colonial, na Madeira do antigamente, nos senhorios e nos caseiros, na separação das classes sociais dos que iam para os colégios, liceus e escolas industriais.
O “Pensar Madeira” está ao alcance de todos os madeirenses, todos com acesso aos diferentes graus de ensino, à cultura, à saúde, à política. O tempo em que os ricos eram dados como os inteligentes e os pobres os atrasados mentais, como se a riqueza dotasse capacidades e a pobreza aniquilasse a mente, “morreu” a partir do momento em que a Madeira passou a ter Governo próprio, com os eleitores a votar livremente na escolha dos governantes.
Desde o primeiro acto eleitoral democrático que os madeirenses votam na confiança e na credibilidade dos candidatos. O Dr. Alberto João Jardim foi o verdadeiro arquitecto e obreiro de uma Madeira moderna que surpreende a própria República. Sem secretismos, e confiantes como até agora, vamos continuar a “Pensar Madeira”, mantendo fidelidade à Sua doutrina.

13.03.2008

www.opiniao-ponto-de-ordem.blogspot.com

quinta-feira, 6 de março de 2008

Rapar cêntimos e dar milhões

Não é com os milhões de euros dados, a fundo perdido, pelo governo português, que os problemas que há muito enfrentam os países africanos serão resolvidos. O problema africano tem outras dimensões e conotações que não se resolvem com ajudas financeiras(...)Cá dentro, o governo pratica a política da míngua, com reflexos na degradação da sociedade que se reflecte na crescente onda de insegurança que o país está a viver. Para fora, o governo faz o papel de figurão à custa do suor e do estômago vazio de milhares de portugueses.



O governo português anda a rapar todos os cêntimos aos portugueses e a dar milhões de euros a países estrangeiros. Cá dentro rapa-se tudo quanto existe, cobra-se e cria-se impostos, faz-se publicar legislação que afoga os contribuintes, para depois dar-se o aforro nacional, à custa de muitas e contestadas restrições, a governos estrangeiros a troco de nada.
Um representante do governo da República portuguesa foi esta semana a Bissau entregar dois milhões de euros ao governo da Guiné. Uma dádiva de Portugal a um ex-território português cujo gesto, face à situação precária das finanças nacionais, é digno de figurar no manual do bom escuteiro, mesmo quando existe a dicotomia catolicismo-islamismo. Uma acção para consumo externo subtraída do orçamento do Estado que é sustentado pelos contribuintes portugueses.
O que leva o governo a dar milhões de euros a ex-colónias portuguesas em África é que não sabemos. Ontem foi a Angola, Moçambique, hoje foi à Guiné-Bissau, amanhã a outros países, porquê? É por caridade, arrependimento pela má descolonização feita pelos socialistas, ou por razões que os portugueses não podem e ou nem devem conhecer? O governo PS diz que não há dinheiro para obras de primeira necessidade há muito reclamadas pelos portugueses no Continente e nas Regiões Autónomas e aparece, com ares de sobras, a apoiar financeiramente governos estrangeiros.
O governo socialista fecha centros de saúde, reduz serviços públicos de primeira necessidade, corta nas verbas (obrigatórias e de direito) do OE para a Madeira, diz não ter verbas para investir nas áreas cruciais da saúde, da segurança social, da habitação e do emprego, mas tira do OE milhões de euros para reforçar o orçamento de estados africanos. Em nome de quem e com que objectivo o governo da República tira dinheiro aos contribuintes para entregar a governos de países terceiros?
Desde que chegou ao governo, o PS tem apertado o cinto aos portugueses, ora congelando as carreiras profissionais e os legítimos aumentos salariais, ora aumentando os impostos e investindo na caça aos contribuintes. Anda o governo socialista a rapar todos os cêntimos aos portugueses, a pedir sacrifícios e a reduzir as despesas para que Portugal possa cumprir com o Plano de Equilíbrio financeiro determinado pela União Europeia e, pelas costas dos contribuintes portugueses, vai dando de mão beijada milhões de euros a governos de ex-territórios portugueses em África.
Será que este governo socialista desconhece as riquezas naturais de Angola e da Guiné-Bissau, entre outras ex-colónias portuguesas? Será que desconhece a riqueza acumulada dalguns governantes africanos e de como funciona a economia destes países? Uma nota breve: há cerca de quatro anos um presidente de uma ex-colónia portuguesa em África foi de visita ao Brasil. No momento em que deixava o hotel, no Rio de Janeiro, a esposa do “pobre” presidente deu cerca de 400 dólares de gorjeta ao rapaz que transportou as malas do hall do hotel para o automóvel! Sabe o governo socialista de Portugal quem são os homens mais ricos dos mais pobres países africanos?
Não é com os milhões de euros dados, a fundo perdido, pelo governo português, que os problemas que há muito enfrentam os países africanos serão resolvidos. O problema africano tem outras dimensões e conotações que não se resolvem com ajudas financeiras. Portugal tem muitas e reconhecidas necessidades e quaisquer que sejam os montantes de milhões de euros seria sempre bem aproveitado se investido em áreas de muita carência, de muita pobreza, que têm vindo a aumentar no país.
Cá dentro, o governo pratica a política da míngua, com reflexos na degradação da sociedade que se reflecte na crescente onda de insegurança que o país está a viver. Para fora, o governo faz o papel de figurão à custa do suor e do estômago vazio de milhares de portugueses.
São mais achas para que os portugueses tenham motivos para manifestarem o seu descontentamento à governação socialista. São mais razões para que os madeirenses venham a rejeitar este “patriótico” governo de Portugal.

07.03.2008

Um bilião para o Kosovo

A Madeira está numa situação de “aperto” do governo da República portuguesa tal como estava o Kosovo em relação ao governo da República Sérvia. Os governantes da República estão-se nas tintas para com a Madeira. José Sócrates, na qualidade de primeiro-ministro nunca veio à Região, o que só vem confirmar o desprezo que o governo socialista de Portugal tem para com os madeirenses e porto-santenses


A passagem da antiga província da Sérvia a Estado independente começa a estabelecer ligações inter-países e instituições internacionais compensadoras. A União Europeia aprovou recentemente a atribuição de um bilião de euros (um milhão de milhões de euros), a fundo perdido, como uma primeira tranche de ajudas destinadas à criação de infra-estruturas indispensáveis para que o Kosovo possa, o mais cedo possível, alcançar estabilidade e crescimento económico.
O estado degradado da economia kosovar, sob o domínio sérvio, foi um dos pontos mais focados pelos anti-independentistas do Kosovo invocando incapacidade para viver como Nação livre e democrática. Um dos argumentos dos que se oponham à independência do Kosovo era de que a ex-província sérvia não tinha riqueza própria, não dispunha de meios, tinha uma fraca economia e a sua sobrevivência dependia fortemente do governo da Sérvia. Os apoios que começam a chegar ao Kosovo (país independente desde 18 de Fevereiro deste ano) deitam por terra as teses dos “contras”.
Pelo que nos tem sido dado observar, não temos dúvidas que dentro de poucos anos o Kosovo será um dos países mais desenvolvidos do leste europeu e que não levará muitos anos para entrar no grupo dos Estados membros da Comunidade Europeia e da Zona Euro. Ao terem-se libertado da tutela sérvia, os kosovares têm agora todas as possibilidades de porem em andamento os projectos de desenvolvimento e de modernidade que sempre quiserem imprimir mas que o colonialismo imposto pela Sérvia sempre se opôs.
Temos que ser optimistas. Este “salto em frente” do Kosovo foi naturalmente aplaudido pelas principais potências europeias e mundiais, entre as quais, o Reino Unido, Alemanha, França. Itália e EUA. Portugal (até ontem) não se tinha pronunciado se é a favor ou contra o Kosovo independente, o que só vem provar que o governo socialista português não tem “independência própria” nem visão sobre as transformações que estão a ocorrer no plano das nações e da aldeia global. Fica a ideia que Portugal anda a reboque do que os outros países decidem. A Espanha, com outra dimensão, disse, desde logo, discordar com a independência do Kosovo. Tomou uma posição sem estar à espera do que outros possam vir a decidir. O governo português aguarda para decidir, encolhe-se, perde-se, não sabe que posição tomar, não tem opinião própria!
A Madeira não é o Kosovo, nem Chipre, nem Malta, nem outros países de “pequena-média” dimensão territorial, mas tem tanto ou mais condições para ser uma região verdadeiramente autónoma ou mesmo uma nação independente. Das poucas oportunidades dadas aos madeirenses, por via da Autonomia (embora limitada), a Região registou, apenas em três décadas, um desenvolvimento impar e impressionante. Muito se deve aos apoios provenientes da União Europeia mas muito mais podia ter sido feito se a Madeira não dependesse da filtração feita pelo governo da República.
O Kosovo, tal como Malta e Chipre, são alguns dos exemplos que podem ser referenciados quando se fala, com inteira justiça, numa maior autonomia ou mesmo de independência para a Madeira. Como afirmou, por mais de uma vez, o Dr. Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional, “A Madeira não vive à custa do Continente”. As campanhas feitas a partir de Lisboa contra Madeira, com comentários do mais baixo teor miserabilista para que os portugueses ficam com a ideia que a Madeira vive à custa do orçamento do país, é um atentado contra os madeirenses e que produz impacto junto dos menos esclarecidos. Se a Madeira não fosse uma “mais valia” para o Estado português, pelo que vimos com as independências das ex-colónias africanas, há muito se teria “livrado” da Madeira e do Porto Santo.
Os apoios que o Kosovo, como país, irá receber internacionalmente jamais receberia e se desenvolveria se continuasse a depender da governação sérvia. O governo kosovar já não precisa de expor à Sérvia os planos para o seu desenvolvimento, não fica à espera de aprovações de ministérios sérvios ou do presidente da República da Sérvia. Tudo será decidido pelo governo próprio, pelos kosovares, sem intromissões e intoleráveis adiamentos por parte da República sérvia.
A Madeira está numa situação de “aperto” do governo da República portuguesa tal como estava o Kosovo em relação ao governo da República Sérvia. Os governantes da República estão-se nas tintas para com a Madeira. José Sócrates, na qualidade de primeiro-ministro nunca veio à Região, o que só vem confirmar o desprezo que o governo socialista de Portugal tem para com os madeirenses e porto-santenses.
Já passaram muitos anos, séculos, para que não haja enganos sobre o que Portugal quer da Madeira: a posse de um território, no meio do atlântico, com uma autonomia limitada nos poderes e forçada às imposições colonialistas do governo. O Kosovo é mais um bom exemplo, tal como Malta e o Chipre, para o futuro da Madeira e do Porto Santo.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Estádio dos Barreiros

É chegada a hora do Governo Regional investir num projecto inovador para o estádio mais emblemático da Região e que faça jus à projecção que o futebol madeirense já alcançou no plano nacional e com participações em provas europeias (Taça UEFA)... O âmbito pluridimensional do desporto está hoje muito acima das paixões associativas e de clubes. Quem gosta de desporto quer ver sempre mais e melhores equipas, competição mais virtuosa e espectacular, estádios bem apetrechados e atletas de alto gabarito



Não há estádios de futebol que resistem meio século sem sofrerem profundas ou mesmo radicais intervenções nas suas componentes funcionais, tanto nas condições de treinos e de jogos como na acomodação para os espectadores e serviços de apoio envolventes. O Estádio os Barreiros está funcionalmente ultrapassado. Há muito que deixou de ser atractivo sobretudo para os adeptos do futebol. Por muito boa que seja a sua localização, boas acessibilidades, próxima da zona hoteleira e a pouca distância do centro da cidade do Funchal, o estádio dos Barreiros carece de modernidade que caracteriza os estádios construídos mais recentemente no continente português e pela Europa onde o futebol é rei.
Durante vários anos o Governo Regional concedeu avultados apoios aos clubes para construírem as suas “oficinas” de trabalho e dotarem-se dos meios necessários para puderem dispor das melhores condições para preparem as suas equipas. O treinar na terra e jogar na relva, de fazer a preparação física na avenida do Mar e no parque de Santa Catarina, foi penoso e desgastante para as equipas do Marítimo, União e Nacional nas primeiras épocas que competiram nos campeonatos nacionais de futebol. As três equipas apenas tinham o estádio dos Barreiros para jogar.
É chegada a hora do Governo Regional investir num projecto inovador para o estádio mais emblemático da Região e que faça jus à projecção que o futebol madeirense já alcançou no plano nacional e com participações em provas europeias (Taça UEFA). Um estádio dos Barreiros à medida da nossa população desportiva, adepta do futebol, e não megalómano como queira o Governo da República transformar o estádio dos Barreiros com capacidade para 35 mil espectadores, para jogos do Euro2004. Ainda bem que o Governo Regional não entrou na loucura do Governo da República e veja-se, hoje, o que se passa com os estádios de Leiria, Aveiro, Coimbra e Algarve. Estádios que custaram milhões aos cofres do Estado e estão praticamente às moscas.
O âmbito pluridimensional do desporto está hoje muito acima das paixões associativas e de clubes. Quem gosta de desporto quer ver sempre mais e melhores equipas, competição mais virtuosa e espectacular, estádios bem apetrechados e atletas de alto gabarito. Por muito que gostamos do nosso clube de bairro, da região ou do país, não abdicamos de ver os grandes jogos entre grandes equipas, sempre que nos é dada tal oportunidade, nomeadamente através da televisão.
Portugal tem excelentes estádios de futebol, tem bons praticantes, uma população que gosta de viver as grandes manifestações e emoções como bem se viu, por todo o país, quando do Euro2004. Temos currículo no desporto mundial, que não apenas no futebol. Falta-nos, todavia, o poder económico para que as nossas equipas e os nossos atletas possam ter bons suportes financeiros e os milhares de adeptos capacidade para serem sócios ou adquirirem bilhetes de ingresso e encherem os nossos estádios. Não podemos esconder as limitações de Portugal no confronto internacional e devemos ter orgulho dos feitos que, apesar de tudo, ainda vamos coleccionando.
Falando da Madeira, com pouco mais de 250 mil habitantes, devemos regozijar-nos do passado e presente do nosso desporto. É que não há, por essa Europa fora regiões com a dimensão da nossa ilha a competir em várias frentes desportivas quer na região, como no país, nos campeonatos europeus, mundiais e jogos olímpicos. A ilha é territorialmente pequena e fica a cerca de hora e meia de Portugal continental e a mais de duas horas do centro da Europa. Somos, por tudo quanto fazemos e temos feito no desporto, uma “região gigante” em comparação com os “grandes” do país, da Europa e do mundo. Consulte-se os dados e estabeleça-se realisticamente comparações. Sem bairrismo nem hipocrisias.
Este visível “boom” no desporto madeirense deve-se inquestionavelmente aos investimentos que o Governo Regional fez e continua a fazer nas infra-estruturas, nas mais diversas áreas desportivas. Novos pavilhões, novos campos relvados e sintéticos, novas piscinas, novos recintos para a prática do golfe e do ténis, proporcionado aos jovens e menos jovens a prática das mais diversas modalidades. Surgindo, em paralelo, notáveis empreendimentos como o complexo desportivo do Clube Desportivo Nacional, na Choupana, considerado como um dos melhores do país. Também o complexo desportivo do Clube de Futebol União, que tem vindo a crescer embora em marcha mais lenta, certamente que em breve estará concluído.
Criticar os investimentos feitos no desporto madeirense é ter o vírus do maldizer, é desconhecer a história e defender o regresso ao passado da terra batida.

Inigmática dúvida!

Se Portugal quer afundar-se cada vez mais, manter-se no fundo dos países mais pobres e subdesenvolvidos, pois que continue mas não tenham os seus rotativos governantes a pretensão colonial de arrastar para o fundo a Região Autónoma da Madeira e os seus habitantes residentes e na diáspora. Basta! Os madeirenses não querem um Portugal governado por quem não tem sensibilidade pelas questões nacionais, no seu todo.



Portugal está política e governamentalmente doente. Está com uma má governação, com uma, por vezes, enigmática presidência da República, não tem dinâmica partidária e tem uma fracassada política de oposição. Tem uma Assembleia da República egocentrista e um eleitorado que se deixa embalar facilmente pelas falsas promessas de políticos ou pseudo-políticos. Portugal é um país “governado” com base em falsas promessas, dos amigalhaços e dos desenrascas, com ministros jactantes que persistemente e teimosamente se contradizem e de outros que governam como se os portugueses fossem seres anormais.
Até aqueles que votaram no partido que veio a formar governo da República acabam por ficar desiludidos. Arrependidos. Pouco ou nada do que foi prometido aos eleitores é concretizado e, não poucas vezes, vêem agravado o custo de vida, a inflação, a perda do poder de compra e o aumento dos impostos. Uma vez no poder certos políticos portugueses esquecem os eleitores, não respeitam as promessas que fizeram e estão-se nas tintas para as greves justas, para o aumento do desemprego e para a quebra da qualidade de vida.
Não são, seguramente, os madeirenses que vão avalizar este desnorte governamental que Portugal está a seguir, infelizmente consentido pelo presidente da República. Ainda esta semana Cavaco Silva promulgou a lei de avaliação dos serviços e dos dirigentes da administração pública, mas admitiu que tinha algumas dúvidas sobre a referida lei. Como é possível um Chefe de Estado promulgar uma lei que o próprio reconhece existirem matéria susceptível de criar dúvidas, sabendo que a lei, uma vez por si assinada, entra em vigor com todos as dúvidas e certezas que possa conter.
O Portugal político e as suas principais cúpulas estão a viver bem longe do país real. A Madeira tem carradas de razão para protestar contra todas as políticas governamentais da República e das ambíguas posições do presidente da República. Se Portugal quer afundar-se cada vez mais, manter-se no fundo dos países mais pobres e subdesenvolvidos, pois que continue mas não tenham os seus rotativos governantes a pretensão colonial de arrastar para o fundo a Região Autónoma da Madeira e os seus habitantes residentes e na diáspora. Basta! Os madeirenses não querem um Portugal governado por quem não tem sensibilidade pelas questões nacionais, no seu todo. Só num país como Portugal, se ouve dizer que os titulares de cargos políticos solicitaram ao Tribunal Constitucional que os seus rendimentos fossem ocultados. Isto poderá querer dizer algo se passa de pouco correcto.
Há relativamente pouco tempo o “Correio da Manhã” dava a notícia que “o Secretário de Estado do Ambiente (do governo socialista) duplicou o salário a uma assessora técnica em menos de dois anos, de 1.500 para 3.000 euros. Segundo três despachos publicados em Diário da República, a assessora – contratada, em Maio de 2006, com uma remuneração de 1.500 euros – passou a auferir em Janeiro do ano passado (2007) 2.250 euros. Já este ano (2008) irá receber 3.000 euros. Ou seja, em menos de dois anos a assessora foi aumentada em 1.500 euros”.
È óbvio que estas e outras enigmáticas “barbaridades” devem estar a acontecer por outras bandas da República e fora do alcance dos portugueses que, como todos sabem, têm os salários e as pensões mais baixas da Europa. Com excepções. A Estradas de Portugal não esteve com cerimónias e achou por bem triplicar o salário do presidente da empresa pública, obviamente com o aval do governo. Como também é inexplicável saber-se, pela comunicação social, que a reforma (recente) de cinco ex-gestores do BCP ascendeu a 70 milhões de euros, qualquer coisa como, em média, 14 milhões de euros para cada um.
O país está doente. Um dos mais carismáticos socialistas, Manuel Alegre, não tem preconceitos em falar num “buraco negro” no seu partido (PS). É este partido que governa Portugal e que está no poder com votos de maioria. Como é possível? A livre opção de voto em Portugal parece estar longe de ser interpretada à luz da democracia. Vota-se em partidos e em pessoas que os portugueses não conhecem de lado nenhum e que de um momento para outro surgem à frente de ministérios e da governação do país.
Com governos destes que podemos esperar no amanhã? Até quando o presidente da República irá promulgar leis sobre as quais mantém dúvidas?...enigmática dúvida!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Pobre socialismo

Quando hoje vemos as estatísticas da União Europeia dizerem que Portugal foi o Estado membro que menos cresceu, quedando-se, há vários anos, como dos países mais pobres da Comunidade Europeia, devia ser orgulho português saber-se que a Madeira foi das regiões da ultraperiferia europeia que mais evoluiu e que melhor soube investir os fundos comunitários



Não há, como se sabe, um ainda generalizado sentimento independentista na Madeira. Mas há, como se sabe (…) um verdadeiro sentimento de revolta contra os governos da República que, de tempos em tempos, agravam a prepotência e desconsideração com que sempre agem para com os madeirenses. Entre o Continente e as Regiões Autónomas (ilhas no Atlântico) existem diferenças que devem ser assumidas com identificações próprias e atitudes distintas.
O ser português, por si só, pouco representa num universo físico e social com peculiaridades próprias. Está provado que Portugal continental (governo) fracassa sempre que entende governar o “todo” nacional como se o todo fosse igual: a independência dos ex-territórios portugueses no continente africano é disso exemplo. O governo português falhou na governação das suas ex-colónias por entender que a “letra de lei” no Continente tinha de ter a mesma “força de lei” nos territórios situados em áreas geográficas diferentes e a milhares de milhas de Lisboa.
A Madeira não é a “mesma moeda” que o Continente, nem o Funchal é Lisboa. Entenda-se. A própria evolução sócio-política madeirense deve ser equacionada e perspectivada em concordância com uma mentalidade que pode, em muitos aspectos, não perfilhar com a mentalidade de quem nasceu e vive no Continente. Mais de 90 por cento dos portugueses do Continente não conhecem a Madeira e aqueles continentais que conhecem a ilha, na sua grande maioria, foi por curtos períodos de férias.
Até a consagração da Autonomia, por via da mudança do regime em 1974, eram muito poucos os continentais que residiam ou que manifestavam desejo em trabalhar e fixar-se na Madeira. Os próprios madeirenses, sempre que surgia oportunidade de emigrar, pegavam nas malas e embarcavam nos navios que os levavam para países então quase desconhecidos como África do Sul, Venezuela, Austrália e outros, numa situação vista como de “fuga à miséria”.
Da ilha que os continentais dantes rejeitavam – vir para a Madeira – passou a ser uma Região com muito interesse em todos os capítulos. O número de continentais a trabalhar e a residir na Madeira e no Porto Santo cresceu em flecha nos últimos vinte anos. E quem quiser pesquisar o porquê desta “invasão continental” na Madeira vai rapidamente concluir que o que terá pesado (e assim continua) assenta na qualidade de vida, no bem-estar social, na segurança, na estabilidade governamental e, nos últimos anos, no europeísmo que os madeirenses souberam conquistar.
A Madeira - do ponto em que então se encontrava ao ponto onde hoje se encontra – foi a parcela do território português que mais se desenvolveu nos últimos trinta anos. E mais a Madeira não evoluiu porque foi bloqueada, nalgumas iniciativas e projectos de desenvolvimento, pelo governo da República, em Lisboa. Quando hoje vemos as estatísticas da União Europeia dizerem que Portugal foi o Estado membro que menos cresceu, quedando-se, há vários anos, como dos países mais pobres da Comunidade Europeia, devia ser orgulho português saber-se que a Madeira foi das regiões da ultraperiferia europeia que mais evoluiu e que melhor soube investir os fundos comunitários.
O simples equacionar destes dois dados – Portugal pouco evoluiu; Madeira a região que mais evoluiu – transpondo-se para outros patamares concluiríamos que a Madeira teve maior desenvolvimento que Portugal. Aquilo que devia ser orgulho para os governos de Portugal torna-se num pesadelo para os governantes em Lisboa ao ponto de tudo fazerem para que a Madeira fique asfixiada e impedida de manter o seu índice internacional de desenvolvimento. Só por desconhecimento ou pobreza intelectual estas questões são empurradas para o generalismo da independência como se está fosse uma tirania para Portugal e um empobrecimento para os madeirenses.
O que sempre dizemos e defendemos é que quem deve decidir os destinos da Madeira devem ser os madeirenses. Quem cá nasceu, quem cá vive, quem cá trabalha, quem aqui nasceu e daqui partiu para outros países (comunidades). Sempre defendemos a criação de novas Nações, novos Estados, dentro dos direitos e deveres da democracia.
Vejo, também, que o único modo de aproximar e alcançar ou não esta meta reside num Referendo, cujo resultado deve ser soberano. A esmagadora maioria dos madeirenses é quem deve decidir o futuro da Madeira. A própria história deu-nos imensos exemplos durante o século XX, nomeadamente após terminada a II guerra mundial, finais dos anos 40, com a “criação” de novas nações. Num mundo cada dia mais global a medição dos países deixou de ser feita pelo tamanho e sua localização. Todos são países do mundo em mudanças!

01.02.2008

Rombos irreparáveis

Quando hoje vemos as estatísticas da União Europeia dizerem que Portugal foi o Estado membro que menos cresceu, quedando-se, há vários anos, como dos países mais pobres da Comunidade Europeia, devia ser orgulho português saber-se que a Madeira foi das regiões da ultraperiferia europeia que mais evoluiu e que melhor soube investir os fundos comunitários



Não há, como se sabe, um ainda generalizado sentimento independentista na Madeira. Mas há, como se sabe (…) um verdadeiro sentimento de revolta contra os governos da República que, de tempos em tempos, agravam a prepotência e desconsideração com que sempre agem para com os madeirenses. Entre o Continente e as Regiões Autónomas (ilhas no Atlântico) existem diferenças que devem ser assumidas com identificações próprias e atitudes distintas.
O ser português, por si só, pouco representa num universo físico e social com peculiaridades próprias. Está provado que Portugal continental (governo) fracassa sempre que entende governar o “todo” nacional como se o todo fosse igual: a independência dos ex-territórios portugueses no continente africano é disso exemplo. O governo português falhou na governação das suas ex-colónias por entender que a “letra de lei” no Continente tinha de ter a mesma “força de lei” nos territórios situados em áreas geográficas diferentes e a milhares de milhas de Lisboa.
A Madeira não é a “mesma moeda” que o Continente, nem o Funchal é Lisboa. Entenda-se. A própria evolução sócio-política madeirense deve ser equacionada e perspectivada em concordância com uma mentalidade que pode, em muitos aspectos, não perfilhar com a mentalidade de quem nasceu e vive no Continente. Mais de 90 por cento dos portugueses do Continente não conhecem a Madeira e aqueles continentais que conhecem a ilha, na sua grande maioria, foi por curtos períodos de férias.
Até a consagração da Autonomia, por via da mudança do regime em 1974, eram muito poucos os continentais que residiam ou que manifestavam desejo em trabalhar e fixar-se na Madeira. Os próprios madeirenses, sempre que surgia oportunidade de emigrar, pegavam nas malas e embarcavam nos navios que os levavam para países então quase desconhecidos como África do Sul, Venezuela, Austrália e outros, numa situação vista como de “fuga à miséria”.
Da ilha que os continentais dantes rejeitavam – vir para a Madeira – passou a ser uma Região com muito interesse em todos os capítulos. O número de continentais a trabalhar e a residir na Madeira e no Porto Santo cresceu em flecha nos últimos vinte anos. E quem quiser pesquisar o porquê desta “invasão continental” na Madeira vai rapidamente concluir que o que terá pesado (e assim continua) assenta na qualidade de vida, no bem-estar social, na segurança, na estabilidade governamental e, nos últimos anos, no europeísmo que os madeirenses souberam conquistar.
A Madeira - do ponto em que então se encontrava ao ponto onde hoje se encontra – foi a parcela do território português que mais se desenvolveu nos últimos trinta anos. E mais a Madeira não evoluiu porque foi bloqueada, nalgumas iniciativas e projectos de desenvolvimento, pelo governo da República, em Lisboa. Quando hoje vemos as estatísticas da União Europeia dizerem que Portugal foi o Estado membro que menos cresceu, quedando-se, há vários anos, como dos países mais pobres da Comunidade Europeia, devia ser orgulho português saber-se que a Madeira foi das regiões da ultraperiferia europeia que mais evoluiu e que melhor soube investir os fundos comunitários.
O simples equacionar destes dois dados – Portugal pouco evoluiu; Madeira a região que mais evoluiu – transpondo-se para outros patamares concluiríamos que a Madeira teve maior desenvolvimento que Portugal. Aquilo que devia ser orgulho para os governos de Portugal torna-se num pesadelo para os governantes em Lisboa ao ponto de tudo fazerem para que a Madeira fique asfixiada e impedida de manter o seu índice internacional de desenvolvimento. Só por desconhecimento ou pobreza intelectual estas questões são empurradas para o generalismo da independência como se está fosse uma tirania para Portugal e um empobrecimento para os madeirenses.
O que sempre dizemos e defendemos é que quem deve decidir os destinos da Madeira devem ser os madeirenses. Quem cá nasceu, quem cá vive, quem cá trabalha, quem aqui nasceu e daqui partiu para outros países (comunidades). Sempre defendemos a criação de novas Nações, novos Estados, dentro dos direitos e deveres da democracia.
Vejo, também, que o único modo de aproximar e alcançar ou não esta meta reside num Referendo, cujo resultado deve ser soberano. A esmagadora maioria dos madeirenses é quem deve decidir o futuro da Madeira. A própria história deu-nos imensos exemplos durante o século XX, nomeadamente após terminada a II guerra mundial, finais dos anos 40, com a “criação” de novas nações. Num mundo cada dia mais global a medição dos países deixou de ser feita pelo tamanho e sua localização. Todos são países do mundo em mudanças!

01.02.2008

Identidade Madeirense

Quando hoje vemos as estatísticas da União Europeia dizerem que Portugal foi o Estado membro que menos cresceu, quedando-se, há vários anos, como dos países mais pobres da Comunidade Europeia, devia ser orgulho português saber-se que a Madeira foi das regiões da ultraperiferia europeia que mais evoluiu e que melhor soube investir os fundos comunitários



Não há, como se sabe, um ainda generalizado sentimento independentista na Madeira. Mas há, como se sabe (…) um verdadeiro sentimento de revolta contra os governos da República que, de tempos em tempos, agravam a prepotência e desconsideração com que sempre agem para com os madeirenses. Entre o Continente e as Regiões Autónomas (ilhas no Atlântico) existem diferenças que devem ser assumidas com identificações próprias e atitudes distintas.
O ser português, por si só, pouco representa num universo físico e social com peculiaridades próprias. Está provado que Portugal continental (governo) fracassa sempre que entende governar o “todo” nacional como se o todo fosse igual: a independência dos ex-territórios portugueses no continente africano é disso exemplo. O governo português falhou na governação das suas ex-colónias por entender que a “letra de lei” no Continente tinha de ter a mesma “força de lei” nos territórios situados em áreas geográficas diferentes e a milhares de milhas de Lisboa.
A Madeira não é a “mesma moeda” que o Continente, nem o Funchal é Lisboa. Entenda-se. A própria evolução sócio-política madeirense deve ser equacionada e perspectivada em concordância com uma mentalidade que pode, em muitos aspectos, não perfilhar com a mentalidade de quem nasceu e vive no Continente. Mais de 90 por cento dos portugueses do Continente não conhecem a Madeira e aqueles continentais que conhecem a ilha, na sua grande maioria, foi por curtos períodos de férias.
Até a consagração da Autonomia, por via da mudança do regime em 1974, eram muito poucos os continentais que residiam ou que manifestavam desejo em trabalhar e fixar-se na Madeira. Os próprios madeirenses, sempre que surgia oportunidade de emigrar, pegavam nas malas e embarcavam nos navios que os levavam para países então quase desconhecidos como África do Sul, Venezuela, Austrália e outros, numa situação vista como de “fuga à miséria”.
Da ilha que os continentais dantes rejeitavam – vir para a Madeira – passou a ser uma Região com muito interesse em todos os capítulos. O número de continentais a trabalhar e a residir na Madeira e no Porto Santo cresceu em flecha nos últimos vinte anos. E quem quiser pesquisar o porquê desta “invasão continental” na Madeira vai rapidamente concluir que o que terá pesado (e assim continua) assenta na qualidade de vida, no bem-estar social, na segurança, na estabilidade governamental e, nos últimos anos, no europeísmo que os madeirenses souberam conquistar.
A Madeira - do ponto em que então se encontrava ao ponto onde hoje se encontra – foi a parcela do território português que mais se desenvolveu nos últimos trinta anos. E mais a Madeira não evoluiu porque foi bloqueada, nalgumas iniciativas e projectos de desenvolvimento, pelo governo da República, em Lisboa. Quando hoje vemos as estatísticas da União Europeia dizerem que Portugal foi o Estado membro que menos cresceu, quedando-se, há vários anos, como dos países mais pobres da Comunidade Europeia, devia ser orgulho português saber-se que a Madeira foi das regiões da ultraperiferia europeia que mais evoluiu e que melhor soube investir os fundos comunitários.
O simples equacionar destes dois dados – Portugal pouco evoluiu; Madeira a região que mais evoluiu – transpondo-se para outros patamares concluiríamos que a Madeira teve maior desenvolvimento que Portugal. Aquilo que devia ser orgulho para os governos de Portugal torna-se num pesadelo para os governantes em Lisboa ao ponto de tudo fazerem para que a Madeira fique asfixiada e impedida de manter o seu índice internacional de desenvolvimento. Só por desconhecimento ou pobreza intelectual estas questões são empurradas para o generalismo da independência como se está fosse uma tirania para Portugal e um empobrecimento para os madeirenses.
O que sempre dizemos e defendemos é que quem deve decidir os destinos da Madeira devem ser os madeirenses. Quem cá nasceu, quem cá vive, quem cá trabalha, quem aqui nasceu e daqui partiu para outros países (comunidades). Sempre defendemos a criação de novas Nações, novos Estados, dentro dos direitos e deveres da democracia.
Vejo, também, que o único modo de aproximar e alcançar ou não esta meta reside num Referendo, cujo resultado deve ser soberano. A esmagadora maioria dos madeirenses é quem deve decidir o futuro da Madeira. A própria história deu-nos imensos exemplos durante o século XX, nomeadamente após terminada a II guerra mundial, finais dos anos 40, com a “criação” de novas nações. Num mundo cada dia mais global a medição dos países deixou de ser feita pelo tamanho e sua localização. Todos são países do mundo em mudanças!

01.02.2008

Falar ao País

A mensagem de ano novo do senhor Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, nada de novo revelou para além daquilo que já era do conhecimento dos portugueses. Um ano de 2007 que ficou muito aquém do prometido pelo Governo socialista sobre o qual o Chefe de Estado se limitou a fazer reparos nalgumas áreas e a passar ao lado de muitas outras áreas que puseram o país a marcar passo. Uma mensagem que soou a muito pouco, não deixou válidos auspícios e defraudou expectativas. Nem sabemos se foram muitos ou poucos os portugueses a ouvir o presidente neste “falar ao País”.
Com tanto vazio de conteúdo quando Portugal atravessa uma crise cada dia mais profunda, vendo-se os responsáveis pela governação às avessas e a tomarem decisões muitas das quais sem terem em atenção os reflexos negativos que caem sobre as populações, a mensagem ficou longe daquilo que seria importante abordar com firmeza. O Chefe de Estado falou com extrema prudência, rodeou tudo quanto pode, evitou levantar polémica ou criar hostilidades, optando por dar “nota positiva” ao Governo para que este pudesse passar de ano. Por defeito de profissão académica (Cavaco Silva é professor), terá seguido o princípio do “falso porreirismo” em que todos os alunos têm direito e passar de ano, mesmo com disciplinas cambadas ou chumbadas. Mensagens que visam satisfazer tudo e todos só desiludem.
Para quem ainda estava à espera de uma mensagem a falar de um “novo Portugal” decepcionou-se. As verdadeiras causas foram postas de lado e foram mais as observações simples do que as chamadas de atenção com firmeza. Nem a citação dos vencimentos faraónicos praticados por alguns gestores de bancos e empresas com tutela privada como pública vieram revelar algo de novo. Pelo contrário, o Chefe de Estado deixou passar políticas seguidas pelo Governo que têm sugado ao Orçamento do Estado muitos milhões. Como deixou passar os usos e abusos do Governo da República sobre os cortes financeiros à Madeira assim como as atitudes totalitárias contra os madeirenses. Atitudes que nos fazem recordar que o agora Chefe de Estado foi, para a Madeira, o pior Chefe de Governo da República que os madeirenses conheceram no pós 25 de Abril.
Portugal não é só Lisboa e o Prof. Cavaco Silva, enquanto Presidente da República, deve atender a todos os portugueses, estejam no Continente, nas Regiões Autónomas e nas Comunidades de emigrantes. É fastidioso ouvir um Presidente ou um governante da República falar dos portugueses e em nome dos portugueses quando não os conhecem, nunca os viram e nem sabem o que fazem pelo País. Durante o anterior regime o Chefe de Estado e o Presidente do Conselho de Ministros eram acusados de falarem em nome dos portugueses sem os conhecerem. Estava o País numa ditadura. Intolerável é que parecidos procedimentos surgem agora no regime democrático.
Portugal tem esta sina do fado que aceita os males como ironia do destino e fica bem alinhar pelo lado dos que fazem das derrotas eufóricas vitórias. O Chefe de Estado e o Primeiro Ministro de Portugal têm mostrado até agora serem “fadistas” em fado castiço e em fado gingão, em nada os diferencia da social democracia ao socialismo marxista. Vivem em sintonia: um faz e o outro aprova; um decreta e outro assina por baixo. Procedendo assim quase que seria dispensável haver um governo e um presidente. Uma só figura dava para governar o País e sempre se pouparia alguns milhões.
Portugal está a seguir por um caminho tortuoso e cheio de buracos. A governação socialista em 2007 foi notoriamente desastrosa. A “nota alta” dada pela condução da presidência europeia é manifestamente por delicadeza e simpatia. Não custa nada dar umas palmadinhas nas costas ao “pequenino” Portugal, já que os seus governantes fizeram o que os grandes da Europa mandaram fazer e tiveram verbas à disposição para darem boas recepções. Foi tão em grande a presidência portuguesa da União Europeia que o culminar, ou seja, a passagem de testemunho para Eslovénia não podia ser mais perfeita: o velho Cais da Cidade do Funchal, com pouca gente a assistir, uns passos de dança nómada e o brilho fingidor nos olhos dos intervenientes. Foi a cena do ano Europeu. Para toda aquela “palhaçada” não precisavam vir para o cais da Cidade do Funchal. Faziam em Lisboa e de certeza teriam muito mais gente a assistir.
Portugal afunda-se e não se aprofunda no que de mais precisam os portugueses. Se o Governo falha o Presidente da República dá-lhe a cobertura necessária. Governo e Chefe de Estado parecem ignorar o crescimento da pobreza que se alastra, o meio milhão de desempregados, o crescente aumento do número de empresas na falência e aparecimento de novos bairros de lata. Na sua mensagem de ano novo o Prof. Cavaco Silva preferiu falar dos vencimentos chorudos dalguns gestores esquecendo os salários de miséria que são praticados no País.
Uma oportunidade perdida na mensagem de ano novo. “Falar ao País” sem nada ou pouco dizer, a fazer-se repetir, é pactuar com o deixar-se ficar. Ainda ficam surpreendidos por o Governo Regional e os madeirenses discordarem da actuação do poder central. É o fado português!

03.01.2008

Os menos Mais e os mais Menos

Portugal vai entrar em 2008 com as mesmas crises e as mesmas canseiras políticas que se arrastam há mais de três décadas. Os menos vão continuar a ser os Mais (com mais poder, mais riqueza e mais intervenção, independentemente da capacidade), os mais vão continuar a ser os Menos (nas hierarquias do poder, nas lides económicas e na política, por muita idoneidade que possam ter). As excepções (porque também existem) são em número muito inferior na subtracção Mais-Menos. O retrato social e económico de Portugal, à entrada do oitavo ano do século XXI, é de um país não desenvolvido mas em vias de desenvolvimento.
Os menos vão continuar a ser os Mais, os auto-Mais, os mandões de um Portugal que a Europa não considera como país desenvolvido, que as grandes referências para os europeus e outros povos estrangeiros continuam a ser o futebol (primeiro Eusébio, depois Figo e agora o madeirense Cristiano Ronaldo), o Fado e Santuário de Nossa Senhora de Fátima. Os ingleses consideram Portugal um destino turístico barato, com um povo hospitaleiro, onde há sol, praia e paisagens. Os hotéis portugueses, com relevo para as unidades hoteleiras madeirenses, são dos melhores da Europa em acomodações, na qualidade do serviço prestado e em preços.
Todo este melhor não tem, todavia, o retorno que mais desejaríamos. Os hoteleiros portugueses passam o ano a lamentar os níveis de ocupação das suas unidades, com as tais excepções, os empregados da hotelaria fazem contas ao apertado salário (o mais baixo da Europa), o sector hoteleiro está sempre a depender de terceiros. Portugal vende serviços e pouco mais e quando a concorrência resolve baixar os preços por idênticos serviços o negócio bate no fundo. O actual governo português considera Portugal “um paraíso” e por isso convida os países asiáticos a investirem em Portugal por reconhecer que o país tem os mais baixos salários da EU.
Pensava-se (e os governantes apressaram-se a fazer prognósticos) que com a guerra no Iraque e a instabilidade no Médio Oriente (cuja hotelaria sofreu um rombo histórico, passando do oitenta para menos do oito), bem como com o 11 de Setembro nos EUA, a Europa, e de um modo particular as ilhas mais próximas do centro da Europa, seria grandemente beneficiada com a opção dos turistas por serem regiões estáveis. Foram vaticínios falhados.
O crescimento do turismo português faz-se por convulsões. Ainda assim, fora este sector, pouco mais se vê noutros sectores económicos. Não há investimento português multiplicador, os grandes grupos empresariais estão a sair do país, o número de empresas na falência não pára de aumentar e Portugal chega a Dezembro de 2007 com mais de meio milhão de desempregados. Portugal é o país da União Europeia que nos últimos anos mais pobreza tem registado, com mais famílias a sobreviver e não a viver, com os governantes a olhar para o umbigo quando o caos social está bem à vista. Donde vem a violência, a insegurança, os aumentos do consumo da droga e da prostituição?
É neste quadro social que os responsáveis “fecham os olhos” que Portugal vai assistindo a uma sociedade mais vulnerável, corrompida e agressiva. Chegamos ao fim de 2007 com um balanço pouco ou nada animador, pouco ou nada auspicioso para 2008. Nem as mensagens que vão desde Sua Santidade o Papa aos governantes políticos, desde os lideres da economia mundial aos “donos” da alta finança, dos mais badalados nos mass media aos anónimos de todo o universo, todos, sem excepção, a pronunciar um Feliz Natal e Próspero Ano Novo conseguem tirar de cima das costas o fardo de dificuldades que os portugueses suportam quando comparados com os povos de outros países que entraram para União Europeia quando era constituída apenas por doze países (hoje 27). Todos se manifestaram a favor da paz no mundo, ao combate à pobreza e aos excluídos, à solidariedade e a uma humanização que seja fraterna e saudavelmente aceite e partilhada por todos. Paroles!
Na prática, o que vemos é que as sociedades parecem estar cada dia mais doentes, doentiamente egoístas, destruindo-se em picardias e fomentadoras de ingratidão. Os homens refugiam-se em coisas do nada, os políticos trocam galhardetes como se a política fosse um jogo de futebol sem regras, os governantes governam com defesas argumentadas sem convicção e os que fazem (ou estão) oposição aos governos agarram-se a todas as fissuras para apresentá-las como deficiências da governação.
O mais é reduzido ao Menos e o menos é promovido ao Mais. Criou-se nas sociedades actuais o gosto pelo pecado, pelo mal feito, pela aldrabice, pela mentira e pelo oportunismo, abrindo alas para a passagem e subida aos pontos mais altos dos que fazem mais ruído ou dos que se movimentam como répteis traiçoeiros. Como escreveu Pierre Daninos: “as lemas estão sempre presentes mesmo quando não as vemos nem se dá pelo rasto que deixam à sua passagem”. As lemas deixam rasto mas há outra lesmas que fazem mais estragos, destroem muito mais, e passam mais despercebidos que a mais pequena das minhocas.
Os governantes portugueses andam há mais de três décadas a falar ao povo que faça poupança, que aperte o cinto, que os impostos têm que aumentar, os vencimentos não podem subir, as carreiras têm de ser congeladas e os anos de trabalho vão ser mais prolongados. Tudo em nome das dificuldades financeiras que o país atravessa…há 30 anos! Paradoxalmente, há dinheiro para obras duvidosas (no timing e na necessidade), há dinheiro para dar a países africanos, há dinheiro para desvarios governamentais, só não há dinheiro para investir nas áreas que possam contribuir para tirar os portugueses do fosso em que os governantes os colocaram em nome da democracia.
Enquanto os menos continuarem a ser os Mais do poder e enquanto não se pedir responsabilidades efectivas aos governantes (gestores dos bens públicos) não podemos esperar por um Portugal melhor. Não é pessimismo, não. É o somatório da idade, da experiência vivida, de uma realidade palpável. 2008 não será diferente.

27.12.2007