quarta-feira, 19 de março de 2008

O “Pensar Madeira” está ao alcance de todos os madeirenses, todos com acesso aos diferentes graus de ensino, à cultura, à saúde, à política. O tempo em que os ricos eram dados como os inteligentes e os pobres os atrasados mentais, como se a riqueza dotasse capacidades e a pobreza aniquilasse a mente, “morreu” a partir do momento em que a Madeira passou a ter Governo próprio, com os eleitores a votar livremente na escolha dos governantes



O Dr. Alberto João Jardim mantém o desejo de deixar a presidência do Governo em 2011. Têm os madeirenses que aceitar esta decisão que é feita de livre e espontânea vontade. Nunca, em tempo algum, um governante fez tanto pela Madeira que também em muito engrandece Portugal. Tenho a certeza que os madeirenses e portugueses (os de boa fé!) não ignoram o boom de desenvolvimento integral registado na ilha e que não têm dificuldades em mostrar a nudez desta verdade credível e mensurável.
Só por “traição”, vaidades ou mediocridades, haverá quem se escuse a aceitar os factos, mesmo aceitando-se que os governos são constituídos por homens e que os homens também por vezes falham. Nos sucessivos mandatos do Dr. Alberto João Jardim a Madeira sempre se foi mudando por dentro e por fora. Podemos, hoje, descortinar um futuro liberto das “papas de milho”, das casas de colmo e piso de terra sem luz, água e telefone, onde habitavam numerosas famílias madeirenses.
É pura e reles a especulação sobre qualquer alteração que irá seguramente acontecer. O PSD Madeira tem quadros muito capazes de tomar o leme e manter o rumo do desenvolvimento que a Região tem e continuará a ter. Todos têm o direito de “Pensar Madeira” do futuro, com ou sem o Dr. Alberto João Jardim na chefia do Governo, na certeza de que a Autonomia vai continuar a florescer, a combater os profetas da desgraça e a lutar por posições mais independentes do poder central, por uma cada vez maior e verdadeira autonomia.
Quando o Dr. Alberto João Jardim chegou à presidência do Governo a Madeira era ainda uma colónia, arquipélago atrasado em todas as áreas, visto como uma ilha adjacente pobre, analfabeta, com uma economia de subsistência e a maioria da população a viver no “campo”. Poucos eram os portugueses continentais que vinham para cá trabalhar, mesmo que bem pagos, porque a ilha “era pobre e atrasada”. Antes do Dr. Alberto João Jardim tomar, por eleições democráticas, a presidência do Governo, a Madeira era a “ilha africana” mais próxima de Portugal continental, com carências de vária ordem por via do sistema colonial que os madeirenses estiveram sujeitos por mais de cinco séculos.
Quando se dá a mudança de regime, em 1974, começaram a aparecer na ilha uns tantos continentais com deliberadas intenções de “evangelizar” os madeirenses com os cânticos e encantos do iluminado comunismo. Alguns desses continentais chegaram à ilha e puseram-se logo em bicos de pé, ascendendo a postos sem estarem habilitados para tal e foram galgando espaço por via da boa fé e hospitalidade dos madeirenses. Foram os “novos invasores” da ilha na segunda metade do século XX. Alguns fracassaram na sua “evangelização” comunista, outros (outros onde se incluem também alguns madeirenses) tomaram a pele de camaleão, foram ficando, mas agora, depois de instalados na vida, “cospem no prato que serviu para os alimentar.” Outros, “mais sábios”, aprenderam a viver em consonância com os valores da sociedade madeirense.
Para melhor compreendermos as mudanças operadas na Região, nas últimas décadas, temos todos de “Pensar a Madeira” num todo, no antes e no depois. Foram os governos chefiados pelo Dr. Alberto João Jardim que puseram a Madeira no “comboio da Europa”, segunda região mais desenvolvida de Portugal. Os que hoje criticam a Madeira do presente são os vencidos pela dinâmica governativa regional. Sabem que são facilmente dispensáveis, que não fazem falta nenhuma, e que a juventude madeirense está cada dia mais forte, melhor preparada, para as “grandes mudanças” do futuro. A omissão da verdade é um dos maiores pecados da liberdade de expressão.
Como hoje se constata e nos revelam as novas tecnologias, o mundo é plano! Plano na comunicação, na proximidade e facilidade com que se chega de um lado a outro do hemisfério. O mundo está a rodar (a caminhar) a uma velocidade impressionante, pondo o presente no passado imediato e o futuro no presente. Esta dura realidade deita para o caixote do lixo as teses dos que ainda pensam no Portugal colonial, na Madeira do antigamente, nos senhorios e nos caseiros, na separação das classes sociais dos que iam para os colégios, liceus e escolas industriais.
O “Pensar Madeira” está ao alcance de todos os madeirenses, todos com acesso aos diferentes graus de ensino, à cultura, à saúde, à política. O tempo em que os ricos eram dados como os inteligentes e os pobres os atrasados mentais, como se a riqueza dotasse capacidades e a pobreza aniquilasse a mente, “morreu” a partir do momento em que a Madeira passou a ter Governo próprio, com os eleitores a votar livremente na escolha dos governantes.
Desde o primeiro acto eleitoral democrático que os madeirenses votam na confiança e na credibilidade dos candidatos. O Dr. Alberto João Jardim foi o verdadeiro arquitecto e obreiro de uma Madeira moderna que surpreende a própria República. Sem secretismos, e confiantes como até agora, vamos continuar a “Pensar Madeira”, mantendo fidelidade à Sua doutrina.

13.03.2008

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