sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Desalojados

Delapida-se o património Nacional em favor de um país estrangeiro enquanto que, a Região Autónoma da Madeira, parcela ainda Portuguesa, é traiçoeiramente penalizada a coberto de atitudes revanchistas que põem em causa o cumprimento de objectivos desenvolvimentistas da Região e a própria coesão nacional


Faz na próxima segunda-feira (1 de Janeiro) trinta anos que era noticiado, pela primeira vez, que mais de 400 mil desalojados das ex-colónias tinham regressado a Portugal. Mais tarde o número aumentou para 500 mil e houve quem afirmasse que o total de retornados do ultramar ultrapassava os 600 mil. Pessoas que foram obrigadas a deixar tudo quanto tinham em Angola, Moçambique e Guiné Bissau, nomeadamente nestas três ex-províncias portuguesas, para salvar a vida que estava a ser duramente ameaçada.
A questão da descolonização tem sido tratada aos mais diversos níveis e narrada por militares, políticos, escritores e por quem nunca terá posto os pés em qualquer um destes territórios. São tantos os escritos que perdemos a conta e seu conteúdo. A África portuguesa, entre aspas, foi para alguns um paraíso de riqueza e de bem estar enquanto que para outros foi um inferno que levou à morte jovens militares inocentes na guerra contra guerrilheiros treinados e habituados a viver na dureza do clima e das matas traiçoeiras.
Recentemente veio à baila, uma vez mais, o acidente aéreo que matou Sá Carneiro, Amaro da Costa e os demais acompanhantes que faziam viagem na mesma avioneta que saiu de Lisboa em direcção ao Porto. O mistério do acidente continua, apesar do autor confesso da bomba que fez explodir o aparelho estar vivo e tenha dado uma entrevista, há poucas semanas, a uma revista editada em Lisboa.
Neste caso, parece ter havido pressa em concluir o processo ou demorou-se o tempo suficiente para que fossem vencidos todos os prazos possíveis de retomar as investigações. O caso está dado definitivamente por concluído sem se saber quem esteve por detrás do atentado.
A questão do atentado que matou Sá Carneiro e a questão da descolonização do ex-ultramar português, têm ligações enquanto actos não devidamente esclarecidos. Houve pressa comprometedora em desmobilizar as forças militares portuguesas destacadas e de dar, por qualquer preço, a independência a Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, sem cuidar devidamente os interesses do Estado, das pessoas e respectivos bens (a exemplo do que fizeram outros países colonizadores), como houve pressa em anular o poder social e político que Sá Carneiro claramente possuía. Por detrás dos actos estiveram inequivocamente razões políticas e ideológicas.
Quem esteve directamente ligado à assinatura dos acordos para a independência das ex-províncias portuguesas em África foram figuras proeminentes do partido socialista. Foi, na sua base, o partido socialista quem “deu” de livre arbítrio a independência dos territórios aos líderes dos movimentos guerrilheiros que combatiam contra Portugal.
Os socialistas portugueses nunca negaram a sua aproximação aos líderes dos grupos terroristas na luta pela independência e que lutaram contra Portugal, destruindo bens, cometendo crimes selváticos em populações indefesas, com matanças à catana que as fotos da época revelam.
Mário Soares e seu filho João Soares tiveram grande afinidade com Jonas Savimbi, líder da Unita, brutalmente morto pelos militares do MPLA, partido que está no governo de Angola. Almeida Santos e outros socialistas nunca esconderam as boas relações com o líder da Frelimo, Samora Machel, que esteve à frente do governo de Moçambique até que veio a morrer num acidente de aviação, também cuja causa nunca foi claramente esclarecida. Jonas Savimbi e a Unita bem como Samora Machel e a Frelimo lutaram contra Portugal, foram inimigos de Portugal. Não estamos em condições de afirmar que os socialistas mencionados lutaram ou conspiraram contra o seu próprio país, apenas das afinidades que tinham com inimigos de Portugal.
Recentemente, por ocasião da visita a Moçambique, o primeiro-ministo/secretário- geral do partido socialista, perante a incredibilidade da maioria dos portugueses, “ofereceu” àquele novel país parte importante e emblemática do património do Estado português que ainda restava em Africa, a barragem de Cabora Bassa. Delapida-se o património Nacional em favor de um país estrangeiro enquanto que, a Região Autónoma da Madeira, parcela ainda Portuguesa, é traiçoeiramente penalizada a coberto de atitudes revanchistas que põem em causa o cumprimento de objectivos desenvolvimentistas da Região e a própria coesão nacional.
As novas gerações estão a passar à margem desta crua realidade e os livros, muitos deles escritos por escribas com interesses desconhecidos, narram aquilo que a linha de orientação lhes é favorável ou pedida. Faz bem afirmar que Portugal tinha que sair de África e deixar os territórios para os africanos, que já não fazia sentido a presença portuguesa naqueles territórios quando outras potências já tinham dado a independência às suas colónias. Estes argumentos fazem sentido como também o de acabar com o envio de jovens militares para uma guerra que todos sabiam que nunca Portugal sairia totalmente vencedor. Tudo isto faz sentido. Só que as independências, não tendo sido “preparadas” em situação política anterior, tudo teria sido bem diferente e legítimo com o advento do regime democrático.
O que os livros não contam é que nestes territórios ex-portugueses já morreram, em situação de guerra, muito mais africanos, depois que foi concedida a independência, do que durante os catorze anos de guerra contra Portugal e talvez durante os cerca de 500 anos de colonização portuguesa bem como as condições sociais e de vida se degradaram de forma cruel e aviltante.
O socialista José Sócrates durante a visita que fez este ano a Luanda referiu que agora existe um “novo” Portugal e uma “nova” Angola mas seria bom saber qual o verdadeiro sentido dos vocábulos “novo e nova.”
O passado não se limpa com a passagem de uma esponja. Isso é falso e é fugir às responsabilidades. Sempre defendemos a transparência em tudo aquilo que aos portugueses diz respeito e é mau andarem a esconder a verdade dos factos às novas gerações.
Portugal (embora nunca tendo sido um bom administrador no sentido dos gerais interesses da Nação), foi uma potência mundial que teve territórios na Ásia, na América do Sul e em África, mas tudo perdeu. Alguém contou a verdade dos factos, com objectividade, em poucas linhas e sem rodeios?
Passados 30 anos ainda é grande a dor sentida por muitos desalojados portugueses das ex-colónias.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Um mau governo

As reformas que o governo tem feito são socialmente injustas. A pobreza está a aumentar e 2007 agravará a situação. Governos que governam virados para dentro, para si próprios, empobrecem qualquer país. É o que o mau governo PS está a fazer. Infelizmente


As reformas que o país precisa no ensino, na saúde, na justiça e noutras áreas fundamentais não são feitas, há sempre um adiar de programas eleitorais e promessas por cumprir. Para reformar questões fundamentais que vão pôr em causa o funcionamento de Instituições, Regiões e Autarquias, já há pressa em legislar.
A actuação do governo está a ser nivelada por baixo, fazendo-se notar através de intervenções e decisões contraditórias, voltando as costas às grandes causas para se preocupar com as bagatelas. A Comissão Europeia voltou esta semana a pôr em causa o cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) por parte de Portugal.
Há partidos que não sabem estar no governo ou não sabem governar com maiorias absolutas, exemplo do PS, tomando como seu o destino do país. Podem os socialistas estarem convencidos que estão a governar bem. Até pode parecer, aos mais incautos, que estão a dar o seu melhor, graças á volumosa verba orçamentada para “promoção”, mas o que está à vista é que o país está mais dividido, mais endividado e a perder confiança.
Desde que o governo tomou posse (Maio de 2005) já encerram mais empresas no Continente que em igual período anterior, menos multinacionais se instalram no país e mais empresas de topo encerram as fábricas em Portugal o foram instalar-se noutros países entre os quais em Espanha onde a mão de obra é mais cara.
Este Natal é dos mais penosos para os cerca de 500 mil desempregados em Portugal e para milhares de pequenas e médias empresas que estão à beira da falência. O governo faz vista grossa às pequenas e médias economias pondo em causa milhares de postos de trabalho. Um governo que dá prioridade a um TVG, a um novo Aeroporto na OTA, a uma nova ponte sobre o Tejo, com custos financeiros que davam para modernizar o tecido empresarial de norte a sul do país, é um governo que governa de gabinetes, longe do país tal como é.
Os portugueses são vítimas das opções que tomam quando são chamados a votar. E no entanto temos os melhores trabalhadores do mundo, com uma forte capacidade de trabalho, educação e disciplina, mesmo por parte dos que não tiveram condições para irem mais além nos estudos nem acesso aos cursos técnico-profissionais.
Os jovens e os trabalhadores portugueses não cometem os disparates que cometem uma significativa percentagem dos cidadãos ingleses, alemães, franceses, holandeses e outros que são responsáveis por actos de alguma bestialidade com desrespeito pelos governos e forças policiais, praticando manifestações de violência, consumidores de excesso de álcool e de drogas. Somos um povo inteligente, respeitador, educado e que não se deixa facilmente levar pelas provocações gratuitas.
Os portugueses madeirenses têm demonstrado ser um povo superior porque a insularidade, as contrariedades, os revanchismos e as vinganças obriga-os a temperar bem as ideias e as decisões. É muito mais fácil viver no Continente que nas ilhas, particularmente nas principais cidades, onde há de tudo e o custo dos bens essenciais é mais baixo.
O desenvolvimento que a Madeira e o Porto Santo atingiram, nestes últimos 30 anos, é surpreendente para os portugueses do Continente e dos Açores como para os estrangeiros. Foram precisos apoios financeiros comunitários e do OE mas por muito fundos comunitários que fossem disponibilizados se não tem havido uma planificação de projectos prioritários a Região estaria como estão os Açores e outras regiões com atrasos incompreensíveis quando receberam mais verbas que a Madeira.
É por isso que os madeirenses condenam as decisões do governo socialista da República por considerar que esta Região não precisa de se desenvolver mais e decide aumentar as verbas para os Açores e diminuir para a Madeira. Como se os madeirenses sejam culpados pelo atraso dos Açores que receberam os mais apoios financeiros que a Madeira, desde que Portugal entrou para a União Europeia a 1 de Janeiro de 1986.
Um governo que confunde deveres de Estado com questões partidárias e não demonstra capacidade para fomentar o desenvolvimento global do país é um mau governo.
E não estamos a falar daquelas áreas que o governo evita abordar e que é um flagelo social, como seja a pobreza que faz de Portugal um dos países mais pobre da União Europeia, dos baixos salários e do emprego precário, dos mais ricos e dos pobres mais pobres.
As reformas que o governo tem feito são socialmente injustas. A pobreza está a aumentar e 2007 agravará a situação. Governos que governam virados para dentro, para si próprios, empobrecem qualquer país. É o que o mau governo PS está a fazer. Infelizmente.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

PS-Madeira nunca esteve no Poder Autárquico ?

Alguns socialistas continentais, entre governantes, autarcas e deputados, desconheciam que os socialistas da Madeira já estiveram no poder de duas das principais Câmaras Municipais da Região, Porto Santo e Machico, e de algumas Juntas de Freguesia.




Os socialistas do Continente desconhecem que os socialistas da Madeira e do Porto Santo também já estiveram no poder e que só não foram mais além porque não foram suficientemente capazes de mobilizar o eleitorado que os elegeu. Dito isto, ficámos surpreendidos quando há dias lemos na imprensa continental a notícia de que os socialistas madeirenses nunca estiveram no poder político nesta Região Autónoma, não apenas no Governo como nas Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia.
Elogiavam a caminhada vitoriosa que os socialistas açorianos fizeram a nível dos quatro poderes e citavam como tal a Assembleia Legislativa Regional, o Governo Regional, algumas Câmaras e algumas Juntas de Freguesia. Os poderes a que chegaram os socialistas açorianos. Alguns socialistas continentais, entre governantes, autarcas e deputados, desconheciam que os socialistas da Madeira já estiveram no poder de duas das principais Câmaras Municipais da Região, Porto Santo e Machico, e de algumas Juntas de Freguesia.
Os socialistas continentais elogiam os seus kamaradas açorianos e ignoram os kamaradas madeirenses. Começa-se a perceber o facto de nunca os governos socialistas terem convidado para o governo, para cargos de ministros e para outras funções governamentais, socialistas da Madeira, quando vários socialistas dos Açores já ocuparam diversas pastas nos governos socialistas da República. Bernardo Trindade, actual secretário de Estado do Turismo, é das poucas excepções que o PS-Madeira “deu” à República.
Aqui chegados, o PS nacional parece não dar muita atenção ao PS-Madeira e esta indiferença vem desde os primeiros anos da democracia, quando alguns líderes socialistas vinham à Madeira falar em nome dos socialistas locais como se estes não soubessem falar com melhor conhecimento das situações regionais. Ficou célebre a acusação de Mário Soares (lisboeta) e Jaime Gama (açoriano) de que havia défice democrático na Madeira quando afinal havia mais partidos da oposição na Assembleia Legislativa Regional do que na Assembleia da República.
Os socialistas continentais sentiam-se como que enganados pelas informações que lhes prestavam os seus kamaradas da Madeira e caíam no ridículo sem darem por isso. Ainda na última festa do PS na Fonte do Bispo a “vedeta” da festa socialista dos madeirenses foi um socialista do continente, tendo a comunicação social da região e nacional posto em destaque a intervenção do socialista que veio de fora. Precisamente o inverso do que sempre tem acontecido com as festas do PSD, no Chão da Lagoa, que com ou sem convidados políticos vindos do Continente, a “vedeta” é madeirense.
Foi Mário Soares, antes de ser primeiro-ministro e presidente da República, quem disse que as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia são os poderes que melhor preparam os políticos para mais altos poderes. Jorge Sampaio passou de presidente da Câmara de Lisboa para a presidência da República. Os presidentes das Autarquias (Câmaras e Juntas de Freguesia) têm a oportunidade de contactar mais de perto com as populações o que lhes permite criar uma ligação que pesa na decisão da votação.
Regra geral, os presidentes de Câmaras e de Juntas de Freguesia permanecem no poder durante vários anos e só deixam o cargo por razões pessoais ou outras razões (felizmente poucas) menos lícitas. Mesmo assim, como foi o caso Felgueiras, o eleitorado votou na “sua” presidente, quando todas as previsões lhe davam a derrota.
Em Machico e no Porto Santo os socialistas tiveram o poder e tempo mais que suficiente para darem provas da sua competência ao eleitorado. Tiveram tudo para continuarem a merecer a confiança das populações dos concelhos de Machico e do Porto Santo, mas falharam nos compromissos assumidos, não foram capazes de reconhecer as falhas que cometeram e, pior ainda, foi a tentativa de culpar o governo pelos seus fracassos no poder autárquico, como se o governo impusesse regras na gestão camarária. Se tal acontecesse tinham provas que a ser verdadeiras seria compreendidas e aceites pelas populações de Machico e do Porto Santo. O que tiveram foi um “chumbo” eleitoral nas eleições seguintes.
Quanto um partido não consegue governar bem no poder autárquico, a tal Escola para mais altos poderes, como pode estar preparado para assumir mais altas funções? Nada abonatório também é a desconsideração, por desconhecimento, dos socialistas continentais quando dizem que o PS-Madeira nunca esteve em nenhum poder político nesta Região Autónoma. Há que promover o PS-Madeira no Continente, tal como faz o PS-Açores, para evitar tantos equívocos socialistas. Dinheiro para promoção do governo PS não falta pois no orçamento do Estado consta uma quantia de sete milhões de euros para “promoção”.

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Carrascos da Autonomia

O que o governo socialista da República está a fazer contra os Madeirenses só tem identificação com o que fez o governo do Estado Novo que impôs limites à emancipação dos madeirenses, prepotência que obrigou milhares de madeirenses à emigração para poderem sobreviver


Os madeirenses nunca foram tão maltratados pelo governo da República como estão agora a ser. Depois do 25 de Abril de 1974, nunca os madeirenses foram tão desconsiderados e acusados por terem contribuindo para que Portugal fosse um país mais desenvolvido como é agora. O governo socialista da República está comportar-se com ingratidão para com tudo o que os madeirenses fizeram em prol do país.
Sempre que um governante socialista ou um político socialista fala sobre a Madeira parece estar a ver ódio no progresso, revolta contra os madeirenses, invejando o que os Madeirenses fizeram na região que foi, durante séculos, das regiões mais atrasadas de Portugal e hoje se encontra entre as mais evoluídas da Europa.
A ingratidão do governo da República, do partido socialista, está a deixar mágoas nos Madeirenses que sabem, melhor do que ninguém, o que era a ilha e como viviam as famílias madeirenses. O partido socialista tornou-se no principal inimigo dos Madeirenses e o governo da República a muralha para bloquear e impedir que o governo Regional possa cumprir o seu programa e a atingir as metas de desenvolvimento sufragas pelos eleitores madeirenses.
A ingratidão e a estupidez podem ser também atitudes de cobardia como podem ser tácticas para levar os outros a pensar que o mal não tem culpados. Se os homens são boçais e não conseguem ver para além do umbigo, têm pelo poder um pedestal de prepotência inflexível. O que temos visto no governo da República representa o poder da boçalidade, das ideias fixas, apoiado por cérebros que nunca foram capazes de ver a Região e o País tal como são. Políticos e governantes deste jaez, onde se incluem os deputados nacionais pela Madeira, há por ai aos pontapés, como se diz na gíria. Tanta arrogância e tanta ignorância juntas só vimos na democracia portuguesa nos anos da desgovernação, do exercício do poder pelos governos provisórios, dos anos mais conturbados da política, da massificação apressada do comunismo e do socialismo e do período negro do gonçalvismo.
Está à vista de todos a vergonhosa prepotência que o governo da República está a ter para com o governo Regional da Madeira. Não é apenas a imposição da Lei das Finanças Regionais que penaliza intencionalmente os Madeirenses, não são os cortes no Orçamento do Estado em matéria de transferência para a Madeira, nem é puramente uma questão financeira. O que o governo da República está a fazer é a tentar levar os Madeirenses contra os Madeirenses, a dividir para reinar, é provocar uma guerrilha de desgaste no PSD da Madeira, no Presidente do Governo Regional da Madeira e no seio dos Madeirenses. Enganam-se os que assim procedem porque o povo Madeirense não é estúpido e por isso o Partido Socialista está isolado. É de realçar e enaltecer a atitude assumida pelos Partidos da Oposição na Madeira, que apesar da enorme distância que no plano ideológico os separa do Partido Social Democrata, tomaram uma postura condigna colocando, em primeiro plano, a defesa dos interesses da Madeira e dos Madeirenses.
Não vemos das cúpulas da governação do País, incluindo o presidente da República, um único gesto de solidariedade para com os madeirenses, antes mostram-se adversários e até deliram com as dificuldades impostas, a meio de um mandato de quatro anos, ao governo Regional da Madeira. São canalhices que estão a magoar os Madeirenses residentes e nas comunidades.
Esta boçalidade dos socialistas funcionou em Lisboa quando o anterior Presidente da República permitiu o esvaziamento do governo chefiado por Santana Lopes para dar o “golpe” da dissolução da Assembleia e levar o PS ao poder.
O que o governo socialista da República está a fazer contra os Madeirenses só tem identificação com o que fez o governo do Estado Novo que impôs limites à emancipação dos madeirenses, prepotência que obrigou milhares de madeirenses à emigração para poderem sobreviver. A “chaga” que hoje existe na emigração, não só na comunidade madeirense como na continental e na açoriana, deve-se à perseguição que o Estado Novo moveu tal como faz agora o governo socialista aos madeirenses.
Acontece que estamos noutra época, na era das novas tecnologias que nos colocam em permanente contacto com o mundo, o que nos permite dizer que mesmo sob a ingratidão do governo da República, que se vem assumindo como verdadeiro carrasco da Autonomia, a atitude dos Madeirenses não será de submissão, como os socialistas pretendem, travando o desenvolvimento da Região para que os madeirenses voltem a ter um nível de vida semelhante às regiões mais atrasadas de Portugal.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Governo e PS “disparam” sobre a Madeira

Entende o governo da República e o Partido Socialista que a Madeira já progrediu muito em relação às outras regiões e por isso tem que afrouxar o seu crescimento. Não conhecemos país algum em que o governo central se oponha ao desenvolvimento das suas regiões. Em Portugal, país dos mais atrasados da União Europeia, isso acontece e com a gravidade de ser o próprio governo central a manifestar-se publicamente contra o crescimento de uma sua região



A política portuguesa precisa de uma profunda reformulação para que não venha a acontecer os tristes episódios do Estado Novo que governou miseravelmente Portugal durante quase meio século. O poder não tem idade de exercício mas há quem em pouco tempo, e por vilania, tome decisões velhas e de represália na tentativa de destruir uns e favorecer outros.
Em cerca de dois anos na governação do país, o PS já assinou mais sanções contra desenvolvimento e contra a sociedade no seu todo que pôs na primeira linha manifestações e greves como há muito não se via. São poucos nenhuns os sectores sociais e profissionais que não estejam em desacordo com o governo chefiado por José Sócrates.
Desde os funcionários públicos, professores, médicos, forças policiais, banqueiros, empresários, com todos, o governo tem criado um mal estar. Este governo socialista procura atingir alvos sem olhar às consequências, actuando ao estilo do “mando e posso” tal como procedem os governos do poder absoluto. Não conhecemos a verdadeira base ideológica dos ministros e do primeiro-ministro, assim como dos secretários de Estado e de todos aqueles que fazem parte do aparelho socialista, mas ficamos com a sensação que há muita ideologia próxima da acção comunista totalitária.
As posições do PS e do governo sobre a Lei das Finanças Regionais, (já aprovada só com os votos do PS onde se incluem, miseravelmente, os dos deputados pela Madeira), e mais objectivamente sobre a Madeira, os madeirenses, e mais descaradamente sobre o presidente do Governo Regional, vão muito além dos aspectos financeiros, do PIB ou de questões inerentes à solidariedade nacional. É descaradamente os interesses eleitorais do Partido Socialista a se sobreporem aos interesses do Estado. O governo abriu frontalmente uma “guerra” à Madeira e impôs a sua lei como bem quis e entendeu.
É visível a loucura do PS e do governo da República em colocar a Madeira e os madeirenses como os mais gastadores dos dinheiros públicos. Faz intencional arruaça contra os madeirenses, mentindo sempre que fala sobre a Madeira, vestindo a pele de cordeiro com pena dos outros portugueses de outras regiões do Continente e dos Açores.
Não explica o porquê do atraso numas regiões e o porque do desenvolvimento noutras regiões. Prefere o governo e o partido socialista bombardear a Madeira e os madeirenses só porque nesta Região foi onde Portugal mais se desenvolveu, mais infra-estruturas concretizou e mais rapidamente conseguiu sair do trauma miserabilista que o país herdou do antigo regime.
A Madeira era das regiões mais pobres à entrada para a democracia, porventura com a maior taxa de analfabetismo do país, com a maior percentagem de emigrantes, com enormes atrasos na rede viária, nas comunicações, nos transportes, nos elementos primários como a água, luz e telefone na casa das pessoas, com um parques escolar velho e degradado, sem rede de saúde e uma economia globalmente atrasada.
Foi preciso começar pelo princípio, abrir estradas, avançar para as vias rápidas, investir fortemente na habitação, criar as bases primárias que a região não tinha porque o governo da República nunca se preocupou com os madeirenses. As casas de colmo, as grutas feitas habitações, a colonia, o escravizante trabalho agrícola, a luz a petróleo, a lenha nas lareiras, a enorme falta de emprego e consequente pobreza financeira. Os madeirenses foram durante séculos um povo espezinhado pelo governo da República.
Agora que as obras prioritárias obras estão feitas, que começa a haver condições para o Governo Regional avançar para a fase seguinte, de investimento nas novas tecnologias, no apoio ao sector privado e no crescimento da economia, criando mais indústria, mais postos de trabalho e dotando a região com os meios destinados a um melhor rendimento às famílias, aparece o governo da República e o PS colocar barreiras para que os madeirenses não possam avançar mais, até que as outras regiões mais atrasadas concluem as infra-estruturas e tudo aquilo que a Madeira deu prioridade e conseguiu concretizar, em grande parte com a ajuda dos fundos comunitários.
Entende o governo da República e o Partido Socialista que a Madeira já progrediu muito em relação às outras regiões e por isso tem que afrouxar o seu crescimento. Não conhecemos país algum em que o governo central se oponha ao desenvolvimento das suas regiões. Em Portugal, país dos mais atrasados da União Europeia, isso acontece e com a gravidade de ser o próprio governo central a manifestar-se publicamente contra o crescimento de uma sua região.
É tempo de começar a traçar fileiras e enfrentar os ataques que o governo da República, do PS, estão a fazer à Madeira e aos madeirenses. Não podemos admitir que nos queiram voltar a considerar “portugueses de segunda” como aconteceu durante mais de 500 anos.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Inimigos de Portugal

O primeiro ministro Eng. José Sócrates mal tomou posse passou a comportar-se, odiosamente, como um lutador sem luvas para um combate sem regras para derrubar o presidente do governo Regional da Madeira, Dr. Alberto João Jardim. Como não consegue através de actos eleitorais, livres e democráticos, decide mandar o governo da República recorrer a todos os meios possíveis e ilegais para reduzir o envio de verbas a que a região tem direito por via do Orçamento do Estado, e transformar a Lei das Finanças Regionais em arma apontada contra os madeirenses




Portugal é um país de governantes pequeninos no seio da Europa e no espaço mundial. Temos portugueses que são inimigos e traidores de Portugal, nivelam a sua acção política e governamental pela mediocridade, mentem nas campanhas eleitorais e fazem do poder um palco de vinganças contra aqueles que lutaram para que Portugal fosse e seja sempre um país mais desenvolvido.
Há quem diga que esta revolta contra o progresso português vem dos tempos de D. Afonso Henriques (que, no dizer do povo batia na mãe, e que, segundo insuspeitos historiadores era, afinal, filho legítimo de Egas Moniz, porquanto o verdadeiro futuro rei morrera no berço.!), prolongou-se por toda a monarquia até 1910, continuou em desordem na I República e foi metido a ferros durante o Estado Novo, por cerca de 47 anos. Quando se dá a queda do regime e se abriam caminhos para a democracia (com cravos vermelhos na ponta das armas automáticas G3), os portugueses acreditaram que Portugal deixaria finalmente de ser displicente, indolente e ingénuo.
Enganamo-nos. Enganaram-se os pouco mais de dez milhões de portugueses. A primeira grande “facada pelas costas” na democracia foi dada pelos socialistas e comunistas portugueses com a entrega dos territórios portugueses em África a bandos de guerrilheiros armados pela URSS, China e Cuba. Foram os momentos mais dramáticos e negros da história de Portugal, a mais velha nação da Europa, com mais de 800 anos.
A África, por teimosia do regime salazarista e de outras forças interessadas na exploração dos territórios africanos, foi a pior das emboscadas em que Portugal caiu nos séculos mais recentes. Forças internacionais socialistas e comunistas, com braços estendidos a Portugal continental, armaram ciladas à governação portuguesa, montaram emboscadas em todas as frentes, pondo como ponto de honra a queda do regime e, pelo que se veio a constatar, pouco ou nenhum o interesse pela melhoria da qualidade de vida dos portugueses e dos povos africanos.
Quando vimos o primeiro Ministro José Sócrates e secretário geral do partido socialista a correr desportivamente, rodeado de guarda-costas, na marginal de Luanda, lembramo-nos daqueles milhares de portugueses que foram espoliados dos seus bens em plena cidade de Luanda, atacados mortalmente e obrigados a fugir para o Continente e Ilhas, em fuga à matança de portugueses inocentes.
Foi exactamente o partido de Sócrates, em sintonia com os partidos comunistas que tudo fez para que Angola e as outras províncias portuguesas africanas fossem para as mãos de bandoleiros. Mais de 400 mil retornados, vidas destruídas, massacre sem precedentes na história de Portugal. O partido Socialista tem de facto muitas culpas naquilo que é hoje os antigos territórios portugueses em África, estados pobres e onde se morre à fome em regiões com ilimitada riqueza.
A Madeira, apesar de ter motivos para reivindicar a independência, tem-se mantido fiel a Portugal. E foi na Madeira, como testemunham os que conheceram a ilha antes de 1974 e depois desta data, que Portugal mais se terá desenvolvido, em todas as áreas. A ilha pobre, atrasada e a séculos de distância do Continente e da Europa, tornou-se em 30 anos a região que mais cresceu e se desenvolveu em Portugal e na Europa comunitária.
Chegados a 2006, os madeirenses são castigados pelo governo socialista da República pelo progresso que conseguiram alcançar em prol de Portugal. Que tamanha ingratidão, que revoltante traição. Os madeirenses não podem cruzar os braços perante um governo socialista que mostra ter “raiva” do progresso da região, dos efeitos notáveis do investimento, de uma região que depois de ter construído os primeiros alicerces se prepara agora para criar uma maior sustentabilidade e uma ainda melhor qualidade de vida para todos.
O primeiro ministro Eng. José Sócrates mal tomou posse como primeiro-ministro passou a comportar-se, odiosamente, como um lutador sem luvas para um combate sem regras para derrubar o presidente do governo Regional da Madeira, Dr.Alberto João Jardim. Como não consegue através de actos eleitorais, livres e democráticos, decide mandar o governo da República recorrer a todos os meios possíveis e ilegais para reduzir o envio de verbas a que a região tem direito por via do Orçamento do Estado, e transformar a Lei das Finanças Regionais em arma apontada contra os madeirenses.
São estes portugueses (como o Eng. José Sócrates) que nós dizemos que são inimigos de Portugal. O desenvolvimento da Madeira é progresso português. Se quer o governo do Eng. José Sócrates se ver livre da Madeira e dos madeirenses, que seja honesto e correcto com os portugueses desta Região Autónoma. Não seja traidor para com os madeirenses. A indignidade tem limites.

NB: Para o senhor Carlos César, socialista e presidente do governo Regional dos Açores:
A riqueza de uma nação está no seu povo e a sua identificação na sua riqueza linguística e dialéctica. Os falares do povo é o que de mais genuíno existe e deve ser mantido e enaltecido. Digo-lhe, apenas, que foi infeliz com a pobre imitação degradante que quis dar com a semilha. Veja no dicionário como se pronuncia e o seu significado. Deixou os madeirenses contra si, não contra os açorianos. Oiça a sua voz e veja-se ao espelho.

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Governo socialista quer a Madeira fora de Portugal

Deixemos o “pó assentar” e as ondas acalmar. Não é o fantasma da FLAMA a enfrentar as “fragatas” e os enferrujados “canhões” socialistas. As armas do século XXI são bem diferentes e a Madeira saberá defender-se, com mais ou menos assomo, das provocações miseráveis e agressivas que o governo socialista está a fazer, nesta altura, aos madeirenses e porto-santenses.



Para os governos socialistas, de forma mais expressiva para o actual governo socialista, a Madeira não deve permanecer como território português. O governo socialista, pelos actos e posições que toma está a considerar a Região Autónoma da Madeira como as “Ilhas Malditas” para Portugal. Querem, a toda a força, que a Madeira passe para a autodeterminação ou independência, para que Portugal fique do Minho ao Algarve até os Açores somente sob as ordens totalitárias do socialismo.
Os cortes no Orçamento do Estado para a Madeira e simultaneamente os reforços financeiros para os Açores e para o Algarve são pequenas gotas do desejo socialista em livrar-se desta Região que é social-democrata em plena democracia. Vir o governo socialista pagar as deslocações dos transportes aéreos das equipas desportivas do Continente à Madeira. incluindo os “milionários” clubes Benfica, Porto e Sporting, e obrigar as equipas da Madeira a pagar as passagens aéreas sempre que se deslocam ao Continente para participarem nos campeonatos nacionais, está o governo da República socialista a montar baterias de revolta e a empurrar os madeirenses para a luta contra medidas figurativamente xenófobas e de vexame nacional.
Não nos surpreenderam, sinceramente, os resultados da recente sondagem sobre se os portugueses queriam que Portugal integrasse o território espanhol e que Espanha passasse a ser o único país da península ibérica. Foi grande a percentagem dos portugueses a quererem que Portugal pertencesse a Espanha. Isto acontece quando à frente da República portuguesa está o partido socialista, com uma governação de promessas por cumprir, com falsas expectativas, fortemente contestado a todos os níveis, e a revelar uma mediocridade governativa que está a desiludir os próprios eleitores que acreditaram e votaram neste governo socialista.
São muitas as indicações que nos levam a interpretar que o governo socialista quer a Madeira fora de Portugal. Não dizem abertamente, mas querem livrar-se dos madeirenses e porto-santenses. A pouco e pouco vão cortanto nas receitas, vão reduzido nas transferências financeiras, vão fechando o cerco legislativo e constitucional, deitam para o caixote do lixo toda a iniciativa do Governo Regional e da Assembleia Regional que visa melhorar a qualidade de vida dos madeirenses. O governo socialista da República entende que uma obra feita na Madeira não tem nada a ver com Portugal.
Quer o governo socialista que os movimentos independentistas voltem a pegar nas “armas” contra as ideologias da governação central. Desenterram a FLAMA (Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira) que teve o mérito de barrar a entrada do comunismo na Madeira e em Portugal. A cobardia não se paga com palavras mansas mas com acções no terreno.
Se os madeirenses quisessem ser independentes da República de Portugal há muito tinham conseguido e por razões muito mais esclarecedoras, justificáveis e sustentáveis que Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné, Angola, Moçambique e o massacrado Timor. A Madeira foi, depois da conquista de Ceuta, em 1415, hoje província espanhola, frente ao rochedo de Gibraltar, a segunda terra onde chegaram os navegadores portugueses, em 1418, ao Porto Santo e em 1419, à Madeira. Mas antes dos portugueses, estiveram nestas ilhas atlânticas navegadores genoveses (italianos), por alturas de 1335, quando ainda os portugueses não tinham iniciado o caminho para a descoberta de “novos mundos”.
Os governos socialistas são politicamente fracos, com uma gestão medíocre, partidariamente vingativos, e têm sido das piores governações que Portugal tem tido em regime democrático. Foram os socialistas que entregaram, com alguma leviandade, as ex-províncias portugueses em África e Timor a “bandos armados”, apoiados pela extinta URSS, por Cuba e pela China, onde o comunismo tinha os seus cérebros da destruição.
Os milhares de mortes, desalojados e retornados foram obra miserável com apoio dos socialistas. Ainda hoje o governo socialista de Portugal “morre de amores” pelos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) do que pela Madeira e por muitas províncias do interior de Portugal Continental. O governo socialista tira ( não me é permitido usar outro adjectivo mais adequado) à Madeira para entregar, de mão beijada, a Moçambique a barragem de Cabora Bassa que “era” património de toda a nação portuguesa.
Os “meninos” que hoje falam do antes e depois da chegada da democracia não sabem o que dizem, falam pelo que lêem nos livros e por aquilo que ouvem dizer, mas quem viveu no antigo regime e na democracia tem outros alicerces para se pronunciar.
Não se pode admitir que um governo da República faça uma governação em função da cor partidária. Nem também que um presidente da República permita que o governo da República governe com “dois pesos e duas medidas”. Bastaria que a Madeira tivesse um governo Regional socialista para receber mais dinheiro do Orçamento do Estado e de ter mais apoios a outros níveis tal como está a ter o governo socialista dos Açores. Isto é a clara evidência que o governo socialista quer ver a Madeira fora de Portugal.
Deixemos o “pó assentar” e as ondas acalmar. Não é o fantasma da FLAMA a enfrentar as “fragatas” e os enferrujados “canhões” socialistas. As armas do século XXI são bem diferentes e a Madeira saberá defender-se, com mais ou menos assomo, das provocações miseráveis e agressivas que o governo socialista está a fazer, nesta altura, aos madeirenses e porto-santenses.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Repensar o futebol profissional

Quando as primeiras equipas da Madeira entraram nos campeonatos nacionais de futebol, e já lá vão mais de 30 anos, o governo não gastou dinheiro algum. Durante alguns anos os clubes continuaram a competir nos “nacionais” de futebol sem subsídios oficiais mas, mesmo assim, durante alguns anos, os clubes da Região deram boas provas, com equipas constituídas maioritáriamente por futebolistas madeirenses.





O Governo Regional pede a toda a administração pública, ao sector privado e todos os madeirenses para que tenham em atenção às alterações que vão ter que ser feitas devido à redução de verbas determinadas pelo Orçamento do Estado, da responsabilidade do Governo socialista, e também da diminuição de verbas transferidas pela União Europeia, no período 2007-2013.
A Região Autónoma não vai entrar em colapso financeiro mas todos os madeirenses já perceberam que o corte financeiro feito pelo governo da República vai obrigar o governo Regional a ter que reduzir nalgumas despesas e manter prioridade nos investimentos da área social. Esta é a consciência de todos mesmo daqueles que sempre estiveram contra o progresso da Madeira.
Os clubes (principalmente os que têm futebol profissional), associações e outras colectividades desportivas têm que saber ganhar autonomia económica e financeira, de encontrar alternativas para manterem e aumentarem a sua participação em provas oficiais e continuarem a ser competitivas.
Há cerca de dez anos escrevemos que “os clubes madeirenses, com futebol profissional, andam financeiramente com a ‘corda-ao-pescoço’ e já se provou que não é (só) com os subsídios oficiais que vão conseguir sair da falência técnica em que se encontram”. Dez anos depois, os clubes continuam a viver com dificuldades financeiras, sem receitas próprias para fazer face às despesas correntes e outras que estão a assumir.
Para salvar os clubes de caírem na bancarrota a solução passa (na nossa perspectiva) pela necessidade de uma união de esforços traduzida pela criação de um “Clube Único”, “Representativo”, ou que se queira chamar. Esta é a saída mais racional e mais responsável de todos aqueles que gostam do futebol e querem ver a Madeira a lutar pelos lugares cimeiros da Liga profissional e com uma regularidade substantiva nas provas da UEFA. A referida união de esforços não obriga necessariamente a fusão dos clubes nem se impõe que o eventual “Clube Único” tenha que começar, desde a sua fundação, pela competição mais alta do futebol profissional português. Tempo é dinheiro e temos tempo para lançar os alicerces, começar por baixo, fazer o percurso de acordo com a lei federativa, até chegarmos onde a Madeira deve chegar.
A carreira do “Clube Único” pode levar 5 a 7 anos até chegar à Liga profissional, mas é com esta coerência e sem exageros e perdas irrecuperáveis que podemos colocar o futebol madeirense no patamar mais alta do futebol nacional, mesmo considerando os imprevistos em que o futebol é fértil.
Mantendo-se o actual figurino e os actuais subsídios oficiais, torna-se legítimo perguntar aos Clubes que projectos têm de auto-sustentabilidade para os próximos dez anos e com que meios financeiros pretendem continuar a participar nas competições nacionais sem os subsídios oficiais, pelo menos nos moldes actuais.
Terá o Governo “obrigação” alguma de manter subsídios aos clubes mesmo quando estes não correspondem com resultados desportivos e se continua a verificar que a aposta na formação de atletas madeirenses é quase nula se atentarmos na constituição das equipas ?
Evidentemente que os clubes são livres de optar por aquilo que melhor entendem ser a defesa dos seus interesses, agora não podem é continuar à espera de subsídios para determinarem o rumo a tomar. Espera-se que os responsáveis pelos clubes tenham pleno conhecimento da nova fase de contenção de despesas que está a entrar em vigor. A gratidão não é “passar uma esponja” por tudo quanto os clubes receberam.
O “Clube Único” é no fundo um desejo de todos aqueles que gostam do futebol, até daqueles que têm paixões clubísticas como nós. Como ninguém tem dúvidas que qualquer que fosse o eventual consulta (Referendo) sobre o “Clube Único” este sairia, sem dúvida, vitorioso.
Já sabemos que as reacções contrárias serão muitas, mas as reacções favoráveis (dos que não pensam com os pés), serão esmagadoramente muito mais. O “Clube Único” não é, de modo algum, um meio para pôr fim aos actuais clubes com toda a sua história e património que possuem. Os clubes possuem já os seus complexos ou campos desportivos ( graças ao Governo Regional) e provas para competir consoante as suas capacidades financeiras próprias, como acontece com muitos outros clubes que estão a competir na Liga do futebol profissional em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Inglaterra e em muitos outros países.
O Governo Regional não pode continuar a subsidiar clubes, associações e outras colectividades desportivas, quando se vê confrontado com a redução de verbas do Estado e da União Europeia. Os clubes têm que ser autónomos na sua gestão, sem terem que gastar dinheiro oficial, encontrando meios para obterem receitas a fim de cobrirem as despesas que tem que assumir. Nesta configuração, seria também uma boa oportunidade para saber se aqueles que hoje correm e investem tanto na promoção da sua própria imagem para serem presidentes de clubes, continuariam, com propósitos tão firmes a liderar os clubes.
Por fim, este eventual “corte” que o Governo Regional possa vir a dar nos “dinheiros” atribuídos aos clubes até não deve ser visto como de invulgar.
Quando as primeiras equipas da Madeira entraram nos campeonatos nacionais de futebol, e já lá vão mais de 30 anos, o governo não gastou dinheiro algum. Durante alguns anos os clubes continuaram a competir nos “nacionais” de futebol sem subsídios oficiais mas, mesmo assim, durante alguns anos, os clubes da Região deram boas provas, com equipas constituídas maioritáriamente por futebolistas madeirenses.
A memória é relativamente recente. O “Clube Único” não visa acabar com os actuais clubes, antes pelo contrário, incentiva-os a lutar para serem cada vez mais fortes e mais competitivos.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

As garotadas e os três “SSS” socialistas

As querelas entre o governo socialista no país e o governo social-democrata na Região ajudam a perceber as posições agarotadas dos meninos de fraldas. Zangados por nunca terem ganho eleições na Madeira, os meninos socialistas recorrem a tudo quanto está ao seu alcance para enfraquecer os madeirenses. Atiram-se contra o presidente do governo Regional, líder do PSD-M, como cães raivosos e famintos



Discípulos de Soares estão a regressar à cena política a reboque de Sócrates que por sua vez chegou a Primeiro-Ministro ao colo de Sampaio. Os três esses da fortuna partidária fazem sair da toca uns oportunistas saltimbancos, moços de recados, que tanto trabalham para o partido como mudam o palavreado idiota para alimentar um doentio egocentrismo. Ninguém os quer, poucos reconhecem o valor que dizem ter, mas há sempre uma alma caridosa que lhes dá a mão, quando caíram no desemprego e o partido socialista os deitou pela porta fora.
O partido socialista e os governos socialistas sempre foram refúgio e palco promocional para pessoas que de partidários do socialismo pouco ou nada têm. Foi o único partido em Portugal que até à data concorreu com dois políticos à eleição para a Presidência da República, Soares e Alegre. Soares apoiado pelo partido, mas não pela maioria dos socialistas filiados, Alegre apresentou-se independente, sem apoio do partido, mas acabou que obter mais votos que Soares.
É este, em parte, o espelho do partido que é governo em Portugal. Não nos levem a mal, mas há muita garotada a entrar e a sair do partido socialista. Há uns que fazem a “via sacra” sempre como ideólogos do partido e até conseguem saltar de tacho para tacho sem terem dado provas de competência. Escrevem com recurso às metáforas, movimentam-se na ambiguidade, e cheios de ódio vão atacando cobardemente pessoas que não conhecem, nem de perto nem de longe.
Passados mais de três décadas o partido socialista vive da “importância” de meninos com fraldas à data de 25 de Abril de 1974. A cada momento, deixam escapar a mentalidade tacanha que têm, reagem como putos zangados por ninguém os reconhecer e por nunca terem saboreado o gosto das vitórias eleitorais.
Alguns deles traíram a entidade patronal, foram postos na rua, o partido socialista deu-lhes a mão, mas não os suportou por muito tempo e foram postos a andar. O partido socialista cedo chegou à conclusão que os “garotos” afinal tinham mais garganta que inteligência e não valiam o que diziam valer.
As querelas entre o governo socialista no país e o governo social-democrata na Região ajudam a perceber as posições agarotadas dos meninos de fraldas. Zangados por nunca terem ganho eleições na Madeira, os meninos socialistas recorrem a tudo quanto está ao seu alcance para enfraquecer os madeirenses. Atiram-se contra o presidente do governo Regional, líder do PSD-M, como cães raivosos e famintos.
A zanga dos meninos do PS não é propriamente contra o desenvolvimento que a Região registou nas três épocas de governação social-democrata em regime democrático, não é por ter sabido administrar, no tempo oportuno, as comparticipações de verbas comunitárias, não é contra o off-shore ou contra os famigerados 140 milhões de euros de capitalização, é descaradamente contra o Dr. Alberto João Jardim pelo facto de ter levado a Região a chegar a um patamar de crescimento e desenvolvimento superior ao do Continente e dos Açores.
Os meninos socialistas querem a toda a força que o líder do PSD-M se retire da política activa. Meninos que estão no governo e por outras bandas a fazer de conta. Ficavam satisfeitos se a Madeira estivesse atrás do Continente e dos Açores, fazia-lhes bem ao ego, e na pobreza generalizada, tinham oportunidade de escrever e fortalecer os tais doentios procedimentos. Continuem a cuspir na sopa, a olhar para o cimo da escada, desejosos de, a qualquer preço, atingirem o topo.
Deviam saber que das garotadas socialistas os sociais-democratas há muito estão vacinados.
Deste governo da República temos já a certeza que não irá concretizar o que muito prometeu em campanha eleitoral, e dos penduras do partido muito menos esperamos qualquer coisa de positivo.

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Deixá-los de “boca-aberta”

São nestes momentos, de “diabólica aliança” contra as conquistas autonómicas alcançadas pela Madeira que aparecem os “coveiros” e “abutres do sistema” que tentam chamar a si a liderança da confusão e, porque “mandam” nos vários meios da comunicação social, no meio de tanta ignorância, conseguem baralhar o que cada um pensa e sabe.


Temos ouvido nos últimos dias opiniões sobre as actuais relações entre os governos da Região e da República que são obras-primas da estupidez. Uns “líderes de opinião” que se limitam a comentar o que os outros dizem, a esgaravatar em terrenos que não conhecem, mostrando quanto há de desinteligência ou desinformação na sociedade em que vivemos.
Que o governo da República esteja a ser vilão, a provocar irritações e a tentar lançar a isca para a revolta, num quadro de má política partidária até não é descabido, sabendo-se de quem se trata. Compreende-se que toda a oposição política esteja contra o PSD da Madeira. Afinal já lá vão mais de 30 anos e nunca a aposição conseguiu vencer um único acto eleitoral na Região. A derrota dói e causa transtornos psicológicos.
Que os partidos compitam entre si para ver quem vai ganhar, até é saudável e faz parte da democracia. Já não é saudável é ver uns “opinadores” que aparecem na televisão e nas colunas de alguns jornais a debater factos sem estarem por dentro das causas e dos efeitos. Fazem-nos lembrar aqueles adeptos do futebol que assistem aos jogos na bancada e passam o tempo a dizer mal dos árbitros, dos treinadores e até dos jogadores.
Ao menos que tragam coisas novas para os debates, que tenham o cuidado de se informar o melhor possível, em vez de andarem a escarafunchar sobre questões que conhecem pouco ou mesmo nada.
Julgávamos que os bufos do sistema já tinham sido todos “enterrados”. Mas, pelos vistos, continuam e em maior quantidade, de boca-aberta, à imagem patética, sobre o que vai acontecendo. Não conseguem ver o triste espectáculo que dão ao tentarem dar uma de “quem sabe” quando pouco ou nada sabem. Vê-los na televisão então é de bradar aos céus.
A política, o voto democrático, a liberdade de expressão, a governação, o parlamentarismo, o poder local, a justiça, o ensino, a saúde, são áreas extremamente complicadas e levam muitos anos a saber lidar em determinações situações e momentos. Não é um cidadão qualquer (principalmente em Portugal que tem uma liberdade de imprensa e de expressão há poucos anos) que possa opinar sobres estas e outras áreas. Do futebol podemos dizer de tudo porque, neste caso, o tudo pouco ou nada vale.
A opinião precisa de uma base muito importante e que tem a ver com a idade e vida de cada um. Um cidadão de 20 anos tem uma opinião diferente de um que tem 30 anos, e assim sucessivamente. A “velhice”, como se dizia na gíria da tropa, é um “posto”! Pela experiência, pelas fases sociais e profissionais participadas, pelas mutações políticas e económicas. Deixem-me que vos diga que o “inferno” português tem muito a ver com a imaturidade da maioria dos nossos políticos. Chegam ao governo com o “sangue na guelra” e muitas vezes não dão valor ao que existe de bom e logo mudam tudo e todos sem olhar a custos e respeitar a opinião dos mais experientes.
Ainda esta semana ouvia um crítico comentário sobre a greve dos professores. Diziam que os professores já estão muito bem pagos em relação aos outros funcionários públicos e, por tal, não havia razão para fazerem greves. Claro que estas como possivelmente outras pessoas não compreenderam a causa da greve dos professores. O protesto está na carreia profissional e não na tabela salarial. O mesmo se fala da dívida pública, das verbas que são retiradas, da capitalização (que poucos sabem o que é!), das reformas e do trabalho. Não se sabe o que é mas fala-se, dá-se opinião nos jornais e na televisão.
São nestes momentos, de “diabólica aliança” contra as conquistas autonómicas alcançadas pela Madeira que aparecem os “coveiros” e “abutres do sistema” que tentam chamar a si a liderança da confusão e, porque “mandam” nos vários meios da comunicação social, no meio de tanta ignorância, conseguem baralhar o que cada um pensa e sabe. A maturidade e a experiência activamente participada durante anos, onde tudo está em mudança, dá aos políticos no activo um acumular de experiência que não havia nos primeiros anos da democracia.
Alguns ainda andam por ai de “boca-aberta”, pensando que conseguem fazer melhor. Não conseguem ver que nada têm para descobrir ou ensinar.. Não temos dúvidas, que a Região tem hoje condições para realizar uma manifestação pública monumental contra o governo da República, se à frente da iniciativa estiver o PSD-Madeira. Como não temos dúvidas que o PSD voltará a ganhar as próximas eleições na Região Autónoma. Deixando alguns experts de boca-aberta.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Um país pobre está na pobreza dos seus governantes

É o governo socialista quem mais tem esvaziado os cofres do Estado, em investimentos demagogos e sem proveito, quem mais tem criticado os sistemas da Segurança Social, do Ensino, da Saúde, das Finanças Públicas, da Cultura e em muitas outras áreas, mas ao mesmo tempo é quem mais tem falhado nos projectos que apresenta e defende e acabam por sugar milhões de euros sem proveito palpável para a qualidade de vida dos portugueses.


Há vários anos que os governantes da República andam a fazer o discurso do miserabilismo, da aflição financeira, da crise e das fracas receitas, preparando assim os portugueses para aceitarem, com resignação, o piorar das condições de vida. Com esta postura conseguem fazer passar para a opinião pública que se os governos da República mais não fazem é que mais não podem por falta exclusivamente de verbas. Conseguem ainda adormecer determinados direitos em matéria de progresso que o País precisa e que os portugueses não deixam de referir.
Este estilo de governação está na base da posição terceiro-mundista que Portugal ocupa na União Europeia mesmo em relação aos novos Estados-membros do leste europeu. Para os governantes da República portuguesa os outros são sempre melhores que os nossos, têm mais capacidade produtiva, geram mais receitas, têm melhor formação técnico-profissional.
Com este estilo pobretanas de governação o País vai ficando mais pobre, os portugueses menos ambiciosos e mais subalternizados, sem poder reivindicativo e acabam por aceitar as pobres boas-vontades de governantes que escondem a verdade, vivem à grande e quando saiam do governo, regra geral, estão mais ricos de quando entraram para o poder.
Os governos socialistas que se arvoram em peregrinos da democracia e dos que mais lutaram para a queda do antigo regime (onde e como?) estão a fazer precisamente, em muitas áreas, o que fez o antigo regime chefiado por Salazar. A acusação que os socialistas fizeram durante anos de que o anterior regime intoxicava os portugueses com o futebol, fado e Fátima (os tais três efes) estão os governos socialistas a fazer o mesmo ou pior e a desbaratar centenas de milhões de euros.
Quem trouxe o Euro2004 para Portugal foi o governo socialista, ao ter-se comprometido construir dez estádios de futebol que custaram os olhos da cara das verbas do Estado e que hoje estão praticamente abandonados. Quem tem “oferecido” ao desbarato, milhões de euros aos países que saíram do seio de Portugal, sem obter qualquer compartida para a Nação? Afinal quem “ganha” com toda esta bondade de alguns governantes sediados em Lisboa?
Jogam os governos socialistas com o discurso populacho, oportunista e de fácil consumo, enganador e falso face as prioridades do País de norte a sul e Regiões Autónomas.
Gastam (desbaratam) os governos da República milhões e milhões de euros em investimentos de fachada e sem proveito para os portugueses em geral mas têm o desplante de virem dizer que não há dinheiro para aquilo que é de mais essencial para a melhoria da qualidade de vida das populações.
É o governo socialista quem mais tem esvaziado os cofres do Estado, em investimentos demagogos e sem proveito, quem mais tem criticado os sistemas da Segurança Social, do Ensino, da Saúde, das Finanças Públicas, da Cultura e em muitas outras áreas, mas ao mesmo tempo é quem mais tem falhado nos projectos que apresenta e defende e acabam por sugar milhões de euros sem proveito palpável para a qualidade de vida dos portugueses.
Todos se recordam da paixão pelo ensino (educação) do então primeiro ministro António Guterres que quis “revolucionar” o sistema e levou-o a bater no fundo, com resultados negativos a todos os níveis, que ainda hoje o ensino está a padecer.
Não venham os senhores governantes da República insistir no discurso que o País está de tanga em matéria financeira. Não venham os socialistas dizer que o Estado da Nação pobre e na falência não permite levar por diante projectos para um melhor e mais racional desenvolvimento do País.
A Madeira, com maiores limitações financeiras e com um atraso abismal em relação ao Continente, aquando da mudança de regime, fez em 30 anos aquilo que o governo da República não fez em mais de 500 anos.
A Madeira é hoje um modelo de notável desenvolvimento das regiões europeias e ultraperiféricas e no entanto não deixa o governo Regional de empenhar-se por mais obras, mais progresso, melhor qualidade de vida para todos. O “milagre” da Madeira foi saber aproveitar até o ultimo cêntimo as ajudas comunitárias a que teve direito.
O sucesso da governação madeirense ( e não é por acaso que madeirenses e porto-santenses têm confiado o voto no PSD) esteve e está no trabalho sério, na obra feita e na atenção que é dada às questões fundamentais, mesmo admitindo-se que tenha havido alguma falha quando se torna necessário agir depressa para corrigir erros e carências de séculos. Só erra quem trabalha.
São os próprios portugueses do Continente e os estrangeiros a elogiar o progresso registado na Madeira e no Porto Santo.
Caso a Madeira não tivesse dado o salto em frente que deu e continua a dar, não teria hoje no seu território centenas de portugueses continentais que deixaram as suas terras e se fixaram na Região, trabalhando em várias áreas, tirando proveito do desenvolvimento, evoluindo com o evoluir da qualidade de vida que a Madeira regista por todos os sectores.
A Madeira e os Madeirenses que sempre souberam o que querem, também agora, que novos métodos de saque ou pirataria se aproximam, saberão como defender os seus legítimos interesses e conquistas alcançadas.
As desculpas para o atraso do País, sobretudo no Continente, tem muito a ver com as políticas pobretanas, egoístas e miseráveis dos governos da República. Portugal não tem governos nacionais que se envolvam na real problemática do País que é. Tem governos sediados em Lisboa que vão governando à distância, que pouco ou nada conhecem do que se passa pelo País fora. Um País pobre está na pobreza dos seus governantes.

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

O incompreensível futebol português

Com tanta demagogia e artificialismo as mentiras passam a verdades. Está demonstrado que o futebol em Portugal está excessivamente promovido como se fosse a salvação da Pátria. Se não houver ninguém a colocar um sinal vermelho neste desvario futebolístico, mais cedo ou mais tarde, a descrença e o choque serão bem mais violentos.



Exigimos muito pouco e queremos ter o que têm os outros países do futebol. Dinheiro, grandes clubes, super jogadores, estádios cheios e dirigentes com escola. Queremos mas não temos e o futebol português não passa de jogadas e de fintas espontâneas e superficiais, sem continuidade e sem alicerces. Tão fácil chega às vitórias como logo perde onde menos esperam os adeptos.
Portugal não tem bases nem condições financeiras e sociais para ter o futebol que quer ter. Faltam princípios e pilares que vão muito além do número de jogadores federados, dos campos relvados ou sintéticos assim como de uma necessária credibilidade.
O futebol português anda manco, sem ritmo próprio, incaracterístico, tal é a quantidade de jogadores contratados no exterior de inferior qualidade quando comparados aos futebolistas nacionais. Paulo Bento, treinador do Sporting, está a dar uma bofetada com luva branca a todos aqueles que dizem não haver jogadores com qualidade em Portugal e que por isso têm que contratar futebolistas no Brasil e noutros países.
Andamos a vários anos a viver num incompreensível futebol português. Os casos duvidosos são muitos, as incertezas pairam em todos os jogos com o gasto e ferido argumento de que todos os resultados são possíveis. Há sempre desculpas e atenuantes para os resultados negativos como há também resultados positivos que são enganadores.
Que seria de Portugal sem o falso milionário futebol? Um país sem nada para dizer, sem discussões que a nada conduzem, sem festas e sem motivos para debater o estado da Nação. O futebol nunca teve tanta relevância no nosso país como tem tido nos últimos anos.
Parece que a sociedade portuguesa gira à volta do futebol quando acontece precisamente o contrário. Cada vez menos espectadores nos jogos, os clubes cada vez mais endividados, as suspeitas de corrupção a crescerem e as receitas a ficarem muito aquém das despesas, mesmo quando surgem orçamentos a mostrarem lucro.
Como alguém dizia, um presidente de um clube com futebol profissional tem mais tempo de antena na comunicação social que o presidente da República, de um industrial ou comerciante empreendedor de mérito, de um pedagogo. Isto diz tudo! Por aqui se pode aquilatar da relatividade que os portugueses dão ao estado da Nação. Incrédulos devem estar aqueles que diziam que o antigo regime fazia do futebol, do fado e de Fátima o ópio do povo.
Tudo isto é um absurdo. Portugal não tem capacidade para ombrear com países como Espanha, Itália, Alemanha, Inglaterra e outros países onde o futebol é também a modalidade rainha. Mas pelo facto de conseguir alguns êxitos na competição internacional (a nível interno o futebol há muito que bateu no fundo) leva a que se faça pirâmides de vitória como se o país no seu todo ganhasse com isso ou conseguisse sair da envergonhada posição dos mais pobres países da União Europeia.
A quinta (coluna) do futebol alberga os mesmos dirigentes há vários anos, assumindo-se como insubstituíveis, patrões ou donos dos clubes, da federação, da Liga e das associações. Sem eles o futebol seria uma catástrofe. Fazem tantos “sacrifícios” para estarem à frente dos clubes mas na hora das eleições brigam como gatos assanhados, jogam com todas as cartas, para não perderem o tacho ou visibilidade na comunicação social ou algo semelhante. Veja-se as eleições (impugnadas) na Liga.
O futebol profissional em Portugal é uma mentira. Está podre. Apitos Dourados, corrupção, árbitros, dirigentes, gente sem beira nem eira sobem na sociedade à custa da fácil promoção que a comunicação social lhes dá. E nem se perde tempo a saber se há relações de causa e efeito. Não há corruptos sem corruptores.
Basta um golo, uma vitória, para que o estado da Nação passe do mal de que padece para o estado da exaltação momentânea e quase doentia. Portugal perde um título de campeão da Europa para a também pobre Grécia, quando jogava em casa e gastou cerca de dois mil milhões de euros com dez estádios de futebol, sete dos quais se encontram hoje praticamente às moscas.
Veio um técnico brasileiro, trazendo consigo uma equipa de marketing que fez do hino e da bandeira das quinas um vulgaríssimo “show de bola”, com tanta desfaçatez que nem deu para avaliar tamanha insensata vulgaridade. Milhares de portugueses levados na onda cinzenta do futebol, todos os dias a todas as horas nas ondas da rádio, da televisão, dos jornais e revistas, foram sendo arrastados para a loucura do acontecimento que acabou sem vitória. Com o extraordinário desplante de que perdemos mas fomos vencedores!
Portugal está com futebol a mais e cultura (educação, saúde, economia, qualificação profissional e noutras áreas) a menos. Não temos competitividade internacional naquelas áreas que fazem os países serem mais produtivos e mais desenvolvidos, com uma qualidade de vida superior. A bola rebenta por todos os gomos e nem dá tempo para se possa ver para onde foram parar os milhões de euros investidos em contratos de jogadores e treinadores estrangeiros. Por onde começa e acaba a corrupção.
Com tanta demagogia e artificialismo as mentiras passam a verdades. Está demonstrado que o futebol em Portugal está excessivamente promovido como se fosse a salvação da Pátria. Se não houver ninguém a colocar um sinal vermelho neste desvario futebolístico, mais cedo ou mais tarde, a descrença e o choque serão bem mais violentos.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Revolta dos derrotados contra os madeirenses vencedores

Na Região Autónoma, nos tempos que correm, não podemos dizer que há políticas de direita e de esquerda, o que há são delegações minúsculas de partidos nacionais onde imperam alguns traidores que funcionam como paus-mandados ao serviço das cúpulas dos partidos sediados em Lisboa



A frustração gera ódios e torna os derrotados ainda mais incompetentes. Desde que o actual governo socialista tomou posse, a Madeira foi tomada como o principal inimigo socialista e dai todas as batarias estarem apontadas contra os madeirenses. Certamente pelo facto do actual governo socialista ter chegado ao poder levado ao colo pelo anterior presidente da República, também ele socialista, não é reconhecida a obra feita nesta Região Autónoma nem as indiscutíveis vitórias eleitorais do PSD-M.
Estamos a assistir a uma revolta dos derrotados claramente contra os madeirenses vencedores, não apenas pelo facto de em todos os actos eleitorais os madeirenses terem votado na social democracia mas também porque o desenvolvimento que a Madeira alcançou deitou abaixo muitos dos colonizadores interesses que vinham do anterior regime.
Todos os partidos da oposição à política social democrata, desde a esquerda à direita, ou melhor da extrema esquerda à extrema direita, estão unidos contra o progresso da Madeira, mesmo sabendo que estão a defraudar os seus princípios ideológicos e a enganar os seus eleitores.
Na Região Autónoma, nos tempos que correm, não podemos dizer que há políticas de direita e de esquerda, o que há são delegações minúsculas de partidos nacionais onde imperam alguns traidores que funcionam como paus-mandados ao serviço das cúpulas dos partidos sediados em Lisboa. Quem ouve os líderes dos partidos PP, PS, PCP e BE, todos eles com fraca representação na Assembleia Regional, fica logo sintonizado com a unanimidade de revolta destes derrotistas dirigentes contra o povo madeirense vencedor.
Pode dizer-se que os madeirenses e porto-santenses já não ligam aos doentios ataques que a oposição vem fazendo há mais de trinta anos contra o desenvolvimento da Região, mas há momentos em que a “raiva” da oposição é tanta que apetece dizer basta!
A democracia não é um caixote de lixo para onde todos podem vomitar ódios das suas frustrações. A esquerda política portuguesa, apoiada pelos socialistas, é a principal culpada de o País estar a viver com uma Constituição amarrada à ideologia comunista e socialista, que emperra as mudanças que há muito se espera que sejam dadas na sociedade portuguesa.
Não devemos esquecer que o Partido Comunista (líder da esquerda política no nosso País e aliado número um do Partido Socialista português) votou contra a adesão de Portugal à União Europeia.
Passados vinte anos de integração do nosso País na Comunidade Europeia é mais do que evidente que os comunistas estão revoltados, derrotados em todas as frentes, porque nunca imaginaram que ao votarem contra a entrada de Portugal na Europa mais desenvolvida viessem a ter como resposta um progresso no País e especialmente na Região Autónoma da Madeira em que todos os indicadores credíveis enaltecem o extraordinário aproveitamento dos fundos comunitários e próprios. E muito menos pensaram que os países comunistas do leste da Europa viessem anos depois a aderir à União Europeia e a tecerem elogios às novas realidades do continente europeu.
Estas e outras frustrações deixam marcas difíceis de apagar. Como não conseguem superar as derrotas acumuladas, os comunistas vão mantendo a política do “falso charme” junto dos socialistas, deixando-se fotografar para a imagem pública, na tentativa de branquearem o erro político cometido.
Desta podridão política entre comunistas e socialistas nasce o ódio contra a Madeira e muito directamente contra o PSD que soma por vitórias todos os actos democráticos eleitorais até agora realizados a nível nacional e regional.
A revolta dos derrotados contra os madeirenses vencedores levou-os, para além da união de forças em torno de todos os partidos da oposição, à procura de mais aliados, sobretudo na área da comunicação social. E, nesta área, estão a conseguir aliados devido à perda de valores que o jornalismo português vem perdendo nos últimos tempos.
O governo socialista sempre fez um velado aproveitamento da comunicação social, não só da pública (RTP, RDP, etc.) como da privada. Aproveitam-se os socialistas e os comunistas do estado em que caiu o jornalismo em Portugal, pouco selectivo e muito auto-confiante, vulnerável. Dai as constantes informações e contra-informações, as notícias bombásticas por dá cá aquela palha, o repisar do menos bom e ignorar o que se fez e há de melhor. A notícia pobre favorece e defende os pobres, os menos capazes, tal como a arma dos derrotados da política está no maldizer por tudo e por nada.
Quando se começa a nivelar por cima, os derrotados da política e o “pobre jornalismo” entram em aflição, ficam desbaratados, não sabem que opções devem tomar. A política do deita abaixo e o jornalismo primário está ao alcance de qualquer um, as dificuldades começam quando o eleitorado e os leitores pedem mais responsabilidade e qualidade na política e na informação.

quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Portugal, “província” de Espanha

Há uns anos, a ainda Comunidade Económica Europeia - posteriormente tomou a designação de União Europeia - fez publicar um mapa dos 15 países que integravam a Comunidade. Semanas depois do mapa territorial ter sido distribuído pelos Estados membros verificou-se que o mapa de Portugal não estava inteiramente correcto. A Madeira era indicada no mapa como sendo região insular de Espanha, tal como são as ilhas Canárias.
Os responsáveis pela elaboração do novo mapa comunitário europeu, técnicos de gabinete seleccionados, exercendo funções no organismo máximo da Comissão Europeia, revelaram um desconhecimento inconcebível sobre os países e regiões. A ignorância foi, meses depois, rectificada, colocando-se a Madeira e Porto Santo no mapa de Portugal, ligação que vem desde 1418. Antes dos portugueses, por cá passaram os navegadores genoveses (italianos) e possivelmente outros povos, mas não consta que alguma vez tenham estado por estas ilhas navegadores espanhóis.
A Espanha sempre esteve muito próxima de Portugal. Os espanhóis sempre cobiçaram as terras lusitanas e durante cerca de 60 anos dominaram e governaram como bem entenderam o território português, Continente, Madeira, Açores e as colónias além mar. Foi em 1640 que Portugal conseguiu libertar-se do jugo espanhol.
As aproximações entre a Espanha e Portugal nunca deixaram de existir e com alguma cumplicidade política e económica. Durante a guerra civil em Espanha, nos anos 30 do século XX, foram muitos os espanhóis que se refugiaram em Portugal, inclusive a família e o actual Rei de Espanha. No anterior regime político português e espanhol, os chefes de governo de ambos os países eram amigos pessoais, Salazar e Franco.
Mais recentemente, as ligações entre os dois países têm vindo a tomar outros e mais íntimos rumos, em todas as áreas. Hoje, com alguma perplexidade, não custa nada ouvir-se dizer que Portugal é mais uma província de Espanha, tendo em atenção o provincianismo que grassa no Continente português submisso aos interesses espanhóis.
O governo da República portuguesa tem procedimentos que nos fazem lembrar a figura das regiões espanholas perante o poder central. O governo português é inclusive menos actuante, menos ambicioso e menos reivindicativo que os governos autónomos das regiões de Espanha, desde Bilbao a Barcelona.
A economia portuguesa actual é um prolongamento da economia espanhola. Os montes alentejanos e as grandes herdades em território continental português estão a ser comprados pelos espanhóis, assim como grande quantidade de património arquitectónico em avenidas da capital. A banca espanhola é quem dita leis na actividade bancária que opera em Portugal (Banco Santander, Banco Popular, Banco Bilbau Vizcaya Argentaria, etc.), o comércio espanhol (El Corte Inglés, Zara e outras marcas) está a crescer no Continente, na Madeira e Açores, como se isto fosse, entre aspas, uma província de Espanha.
A soma financeira de todos os bancos portugueses não atinge o montante financeiro de um dos maiores bancos espanhóis. O poder de compra - incluindo salários e regalias sociais usufruídas pela actividade profissional - é inferior no nosso País. Os tão falados combustíveis (gasolinas, gasóleos, etc.) são muito mais baratos em Espanha ao ponto de os portugueses que vivem próximo da fronteira irem abastecer os seus carros às estações de serviço espanholas e até as parturientes que vivem perto da raia já se deslocalizam para as clínicas em Espanha.
A habitação em Espanha é mais económica, tal como são os produtos de primeira necessidade (roupa, calçado, produtos alimentares, veículos e outros). O nível de vida em Espanha é superior ao de Portugal, em todos as áreas. Centenas de jovens estudantes portugueses estão a estudar nas universidades espanholas, onde mais facilmente têm acesso a todos os cursos e graus de licenciatura, nomeadamente na medicina.
Podíamos continuar a enumerar um sem número de outras diferenças que fazem ver um Portugal “província” de Espanha, sem melindres de nacionalidade ou de patriotismos. As diferenças são muitas e muito grandes. Na área política, por exemplo, não estamos a ver o primeiro Ministro de Espanha, Sapateiro, a correr pelas promanadas de Madrid e muito menos num país estrangeiro, como faz o actual primeiro Ministro de Portugal, Sócrates, a correr em Luanda e no calçado do Rio de Janeiro. Estas diferenças dão-nos imagens de quem é quem.
Uma coisa é certa. Os espanhóis nunca tiveram tanto domínio sobre a economia e as finanças portuguesas como têm agora. Nunca foram donos de tantas terras do Continente português como no presente e com tendência para serem cada vez mais os novos latifundiários em Portugal. Sem esquecer, com todas as letras, que o único prémio Nobel da Literatura, José Saramago, nascido em Portugal, foi viver para a ilha espanhola de Lanzarote.
Não sabemos se esta crescente cobiça dos espanhóis pela compra de terras portuguesas tem a ver com a globalização ou com a tendência para as “desmoralizações”. Nos últimos anos, a balança de transacções comerciais e de investimentos entre os dois países foi altamente positiva para Espanha e negativa para Portugal. A dependência nunca foi tão evidente. Será que ainda vamos assistir à desmoralização do Governo de Lisboa para Madrid?

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

O rosa-vermelho contra a Madeira

Se pretende o PS desgastar os madeirenses com campanhas de descrédito e colocar os continentais que desconhecem a Região contra os madeirenses, o efeito é completamente ao contrário. Os 30 anos de Autonomia falam por si.


O rosa-vermelho são as cores partidárias que nunca se desenvolveram no solo madeirense. Desabrocham com algum fulgor surpreendente que parece crescer e expandir-se em alguns locais da ilha mas logo ficam murchas, amareladas e acabam por desaparecer. Prometem muito e muito rapidamente ficam pelo caminho. Veja-se o que está a acontecer com o governo socialista.
Portugal não deveria ser olhado como um país qualquer e é urgente que se faça sentir aos portugueses o que é o País dentro e fora das suas fronteiras. Portugal está na Europa comunitária desde 1 de Janeiro de 1986, está no pelotão da frente que criou a moeda única (euro), e tem uma das mais antigas universidades do mundo.
Portugal não pode ser um País de pessimismos e de frustrações. De classes continentais, de centralismos e subjugado a políticas e ideologias falhadas. Portugal não é o que alguns governantes da República querem fazer crer nem a Madeira da Autonomia é um quintal enfeitado para receber os senhores do ainda poder imperial.
O que se está a passar na área do poder central e de alguns outros poderes é demasiado brejeiro para uma sociedade como a nossa. A irresponsabilidade tem custos elevados e é deprimente ver num qualquer jornal opiniões, com títulos em destaque, sobre pessoas que ocupam altos cargos por via de eleições livres e democráticas.
A liberdade de expressão foi usada pelos políticos de esquerda como uma bandeira que ensombrou as suas pretensões ao poder democrático. Em eleições livres e democráticas nunca os comunistas chegaram ao poder em Portugal. Nem os cor-de-rosa, nem os de cor dos cravos vermelhos, nem os que afirmavam que o País estava aprisionado pelo capitalismo da direita.
Como nunca conseguiram os seus intentos têm procurado, por todos os meios, enfraquecer os que sempre operaram com êxito político e governamental. A pressão do governo socialista sobre o governo Regional, do PSD, está a atingir limites de extrema perseguição.
O governo da República, do PS, quer acabar com a hegemonia e vitoriosa democracia que reina na Madeira desde as primeiras eleições livres. Desde a primeira hora democrática que os madeirenses se identificaram com a social democracia do PSD e nunca deixaram de dar a este partido da Região Autónoma vitórias nos sucessivos actos eleitorais, apesar de estar em concorrência, livre e democrática, com partidos de todos os quadrantes políticos e ideológicos.
Quando o actual governo socialista tenta impedir que as legítimas transferências financeiras do Orçamento de Estado cheguem à Madeira está a agir como se esta Região não fizesse parte de Portugal. Está o governo central a criar factos tendenciosos e a lançar a confusão junto dos portugueses que conhecem a Madeira apenas por aquilo que a comunicação social, ao serviço do partido socialista, vai transmitindo.
Sempre se soube que não foram os madeirenses a montar a primeira batalha da pretensa independência da Madeira mas sim portugueses do Continente. Foi assim, nos anos 30 do século passado, quando um grupo de continentais encabeçou a invasão do Palácio de São Lourenço e demitiu o governador civil e outros representantes da República e é agora o governo central a querer que a Madeira se torne independente.
Sempre entendemos que em democracia nada se impõe mas tudo se expressa de acordo com os seus ideais. Não será nunca com atitudes e campanhas orquestradas pelos socialistas para atingir negativamente os madeirenses que vamos deixar de agir e pensar sobre o futuro das ilhas. A Madeira será independente quando e se os madeirenses quiserem e nunca porque os socialistas, que nunca foram poder na Região Autónoma, querem que tal passo seja dado.
Se dúvidas existem por parte dos socialistas e de outras “sumidades” da República que façam um Referendo na Madeira sobre o que pretendem. Não façam um Referendo no Continente sobre o que querem e o que melhor seria para os madeirenses, como alguém já sugeriu. Do mesmo modo que não venham fazer à Região um Referendo sobre a descentralização do Continente, sobre um novo mapa das regiões de Portugal continental ou de outros interesses que apenas dizem respeito às populações locais.
Se pretende o PS desgastar os madeirenses com campanhas de descrédito e colocar os continentais que desconhecem a Região contra os madeirenses, o efeito é completamente ao contrário. Os 30 anos de Autonomia falam por si.

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

As exibicionais corridas de Sócrates

Corra, corra, senhor primeiro ministro. Não pare, nunca. Por cá ninguém nota a sua ausência dado que os ideólogos do partido, através do governo estão noutra corrida... atingir a meta do socialismo bacoco e primitivo do fim do século dezanove


O exibicionismo do actual primeiro Ministro português é francamente desolador. Esteve em Luanda e entendeu fazer uma corrida por uma promenade qualquer chamando a atenção dos angolanos que terão pensado que o “homem branco” não deve estar bom da tola. É que os governantes de Angola não precisam de vir para lugares públicos fazer as suas corridas quando há muitos outros e melhores lugares para correr e fazer exercícios.
Esteve no Rio de Janeiro e aproveitou a oportunidade para correr no calçadão, junto às praias de Copacabana e Ipanema, lugar onde milhares de brasileiros circulam durante todo o dia. Terão perguntado quem é este homem? O chefe do governo português! Deve ser gozação. Nenhum ministro vem para o calçadão correr, é arriscado e fica feio. Nem o presidente Lula da Silva arrisca a entrar nessa de atleta exibicionista
Que raio! Anibal Cavaco Silva, foi atleta federado da modalidade de atletismo, foi primeiro Ministro e é presidente de Portugal, nunca apareceu a correr na praça pública e sabemos que mantém uma actividade desportiva assídua. Se há governantes que podiam mostrar os seus dotes na praça pública, a correr, Cavaco Silva está na frente. Então por que diabo há-de Sócrates correr rodeado de um aparato de guarda-costas armados até os dentes?
Não, o primeiro Ministro português não está bem! Os angolanos e os brasileiros têm razão para questionar. Imagine-se que os chefes de governo de todos os países decidissem vir para a rua correr, seria o caos: forças de segurança em alerta máximo, trânsito interrompido, tensão a rodos, porque a corrida de um primeiro ministro não é uma corrida qualquer!
Além deste exibicionismo bacoco, Sócrates não tem necessidade de chamar a atenção das pessoas por intermédio de uma corrida. Quem gosta de correr e de fazer exercícios físicos tem onde fazer sem ter que atravessar as ruas e mostrar-se publicamente. Os próprios ginásios (e no Rio de Janeiro há muitos) estão equipados com tapetes rolantes que permitem não só o praticante controlar o andamento da corrida como a sua tensão e pulsação, bem como as calorias queimadas.
Esta mania de se mostrar é negativa. Milhões de portugueses gostavam de ter as disponibilidades que o primeiro ministro tem para efectuar as suas corridas, em locais muito mais saudáveis que junto a vias de tráfego automóvel. Mais presunçoso é o exibicionismo quando todos sabem que Sócrates é licenciado na área do ambiente, do oxigénio puro.
Vir para a rua correr quando ainda está em visita de carácter oficial é ainda mais bacoco. Ir a Angola e ao Brasil, em visita oficial, para umas jantaradas, visitar museus, fazer corridas e ter uns “bate-papos” sem sumo tem custos muito altos para o país. Para um país que, no dizer do governo, está financeiramente nas lonas.
Há tanta corrida por fazer na governação que custa ainda mais a entender as corridas ao ar livre do primeiro ministro. O governo anda a passo de caracol, toma medidas fáceis do manda e posso, não consegue acompanhar a passada da Europa comunitária, mas o primeiro ministro vai correndo por ai sem nunca cortar a meta.
Atrás de si há outros corredores, mais envergonhados, mais racionais e menos exibicionistas.
Atente-se à generalidade da comunicação social “posta” ao serviço do Partido Socialista, que não se cansa em incensar o Governo, apresenta um constante aumento de postos de trabalho como mérito do governo quando a realidade é a inversa e até, no caso dos incêndios que infelizmente assolam o País, qual mágico, “demonstra” que no corrente ano, afinal tudo tem corrido melhor por obra e graça do governo.
Fazem do posto que ocupam uma “voz de comando”, inflexíveis, mesmo quando o barco está a ir ao fundo. É o cinzentismo e o autoritarismo do socialismo e independentismo democrático. É bom de ver, até perder de vista.
Corra, corra, senhor primeiro ministro. Não pare, nunca. Por cá ninguém nota a sua ausência dado que os ideólogos do partido, através do governo estão noutra corrida... atingir a meta do socialismo bacoco e primitivo do fim do século dezanove.

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Irresponsabilidade socialista

A irresponsabilidade socialista está a ir longe de mais e aqueles que pensam que por via dos bloqueios e das emboscadas vão conseguir travar o desenvolvimento da Madeira e diminuir o portuguesismo dos madeirenses, estão redondamente enganados. Uma coisa é o ser madeirense a lutar pela região em todas as frentes outra coisa é a Pátria. Se o governo socialista quer separar a Madeira de Portugal que diga claramente em vez de andar com malabarismos de vilão atrevido e analfabeto.





Creio não ser o único a ver a falta de nível que grassa na política de esquerda e de direita em Portugal como me custa entender como é que os portugueses dão o voto a partidos e a políticos que mantém a matriz ideológica já ultrapassada em todos os países desenvolvidos ou em desenvolvimento Num mundo de profundas mudanças constantes, de renovadas e evoluídas estruturas sociais, onde o homem pode ser analfabeto mas tem ao seu alcance, no seu dia a dia, contacto com as novas realidades, deixar-se levar por quem faz da política falsos e perigosos cenários é incompreensível.
Não há em Portugal uma prática séria do socialismo democrático como vejo noutros países, não há um comunismo de novas ideias e de pensamento sério, nem uma direita defensora dos valores da Nação mestra da soberania. Vejo na esquerda e na direita uma manta de retalhos, a perder coloração.
Portugal tem um primeiro Ministro socialista que pode estar em Lisboa ou numa qualquer parte do mundo, que ninguém dá pela sua falta porque outros “ideólogos” é que mandam no governo. Pode andar nas caçadas africanas, a ver jogos de futebol, à conversa com amigos no café, a correr em Luanda ou a ver museus no Brasil, o tempo que quiser, que o país não nota a sua ausência. Aliás, este governo socialista não interessa ao país e deverá ser o pior dos piores governos socialistas que Portugal teve até agora.
Soares e Guterres foram primeiros-ministros indolentes e fazedores de promessas mas Sócrates consegue ser o mais preguiçoso dos três. Faça-se uma comparação entre os primeiros ministros socialistas e os primeiros ministros sociais democratas, como Cavaco Silva, Durão Barroso e até Santana Lopes, este atraiçoado e “abatido” pelo socialista Sampaio quando presidente da República, para melhor se compreender o fracasso e a irritabilidade socialista.
Soares “o fixe” governou pelas facilidades como se o país vivesse de uma hipotética riqueza de especiarias trazidas do oriente ou do ouro do Brasil, quando Portugal escorregava a pico para o último lugar da economia e qualidade de vida da Europa comunitária. A sua capa de solidariedade e de democrata caiu quando com 80 anos de idade concorre à presidência da República contra um seu próprio kamarada Manuel Alegre. Este sem o apoio do partido teve mais votos que o “velho” socialista que “conseguiu” construir uma enorme fortuna não obstante a sua “penosa” caminhada na via socialista.
Guterres, o menos mau de todos, ganhou votos pela facilidade com que fazia promessas e pela sua paixão que dedicou ao ensino que fracassou redondamente. Tanto prometeu que acabou por pouco ou nada fazer e quando as coisas começaram a aquecer não teve pejo em abandonar o governo. Tal como Soares, Gueterres era mediático, sempre na primeira fila, prometendo uma coisa e fazendo outra “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”.
Sócrates é o pior dos três primeiros ministros socialistas atrás referidos. Tem mais jeito para esgrimir na televisão, naquelas conversas fiadas que valem tanto como um tostão. Como é que chegou a primeiro ministro é um pergunta que fica sem resposta, ou então, foi pelo golpe que o seu kamarada Sampaio deu ao dissolver a Assembleia da República e destituir Santana Lopes de chefe do governo.
As ambiguidades socialistas não passam despercebidas e é por isso que nos custa entender como é que recebem votos para chegar ao poder em Portugal. Os socialistas sempre defenderam a igualdade entre homens e mulheres para a Assembleia da República e para todos os cargos políticos, mas agora aprovaram a lei da paridade que limita o número de mulheres deputadas e outros cargos políticos. Um governo com políticos que mentem não merece confiança. Devia demitir-se, ir embora, para não prejudicar ainda mais o país.
Este governo socialista está a fazer o enterro à economia nacional, a ficar parado ante o encerramento de fábricas e empresas que davam trabalho a centenas/milhares de portugueses. Este governo socialista não tem norte, não tem um plano nacional global, não consegue cumprir o que prometeu na campanha eleitoral e está a ser vergonhosamente adversário da Autonomia da Madeira.
A irresponsabilidade socialista está a ir longe de mais e aqueles que pensam que por via dos bloqueios e das emboscadas vão conseguir travar o desenvolvimento da Madeira e diminuir o portuguesismo dos madeirenses, estão redondamente enganados. Uma coisa é o ser madeirense a lutar pela região em todas as frentes outra coisa é a Pátria. Se o governo socialista quer separar a Madeira de Portugal que diga claramente em vez de andar com malabarismos de vilão atrevido e analfabeto.

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Governo de contrastes

Qual a interpretação a dar a um governo da República que publica o nome dos devedores ao fisco e à segurança social (dívidas ao governo) e não publica as dívidas que o mesmo governo da República tem e que ascendem a muitos milhões de euros?


Se para muitos o Prof. Anibal Cavaco Silva foi o melhor primeiro-ministro que Portugal teve depois 1974 até a presente data, o Dr. José Sócrates está a revelar-se como o pior primeiro-ministro pelas posições que vem tomando em pouco mais de ano e meio de um mandato eleito para quatro anos. Como diz o povo na sua humilde sabedoria e sensatez, o Dr. José Sócrates não tem jeito para o cargo, fala de mais e faz promessas avulsas. Diz e desdiz-se como se o cargo que ocupa fosse um jogo de xadrez com reis, rainhas, cavalos e peões ou uma batalha naval feita de papel.
Um primeiro-ministro que prometeu a não subida dos impostos para pouco tempo após de assumir funções subscrever a subida dos impostos, que garantiu um diálogo de consensos e que vê o país envolvido em greves a um ritmo nunca visto desde há trinta anos, incapaz de evitar a fuga para o estrangeiro de “cérebros nacionais”, que prometeu 150 mil novos postos de trabalho e que cada dia que passa vê subir a taxa de desemprego (mais de meio milhão de pessoas sem trabalho), não pode ser um primeiro-ministro para levar a sério.
A questão de que as “bordoadas” dos primeiros-ministros e dos ministros socialistas são causas directas da filosofia do socialismo de esquerda já não são aceites. O Dr. José Sócrates estudou pela cartilha da esquerda teorizada que vê no capitalismo o principal inimigo da democracia, da terra a quem trabalha e das igualdades sociais, económicas, culturais e de oportunidades. Ninguém tem nada a ver com as suas opções pessoais. O que se contesta é o estar a desconsiderar o que é Portugal no seu dia a dia, a dividir o país em vários países, dando a entender que não conhece o país e os portugueses.
É verdade que os seus antecessores socialistas também não fizeram melhor. O Dr. Mário Soares e o Eng. António Guterres também foram primeiros-ministros com a mesma habilidade sofista, defensores de causas e princípios empolgantes e contagiantes, até que o primeiro ia levando o país para a bancarrota (foi preciso uma intervenção do FMI) e o segundo abandonou o cargo de primeiro-ministro quando viu o país a descambar para a insolvência.
Todos devem estar recordados como é que o Dr. Mário Soares, o Eng. António Guterres e o Dr. José Sócrates chegaram a primeiro-ministro. Não foi por causas normais da política, mas sim por causas anormais e algumas das quais nunca foram bem esclarecidas. No caso mais recente, o PS chega ao poder porque o PS na presidência da República (com o Dr. Jorge Sampaio) resolveu dissolver (qual golpe de estado constitucional) a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas quando no governo estava em maioria a coligação PSD/PP. Isto é, foi o presidente da República (PS) quem deu de bandeja o poder ao governo ao PS, coadjuvado por uma comunicação social que mais parecia abutres a golpear o governo PSD/PP.
Para a comunicação ao serviço do regime, as falhas e as contestações ao actual governo PS não existem nem são fabricadas e as classes profissionais em greve não estão a mando de partidos políticos nem se deixam levar pela cantilena partidária.
Há milhares de socialistas a participar nas greves que vêem decorrendo e que continuam a decorrer por todo o país, apesar da tal comunicação social dita independente evitar dar destaques e colocar em parangonas como fazia com o anterior governo PSD/PP.
O primeiro-ministro Dr. José Sócrates, em matéria de informação, teve o mérito de montar uma “central de informação” que leva à sedução da comunicação social. Faz-nos lembrar aquela vergonhosa notícia de um jornal destacar uma suposta opinião de um leitor (no conteúdo do texto nada vem) que diz que o jornal A é melhor que o jornal B. Uma presunção dos arrogantes “o melhor sou eu”, o resto são os outros, quando sem os outros (passado e presente) o pseudo “melhor” nunca existiria. Pois bem, o actual governo da República também só sabe olhar para o umbigo e está convencido que o poder foi por ele conquistado.
É por isso que vemos um Portugal dividido em muitos “países”, a caminhar aos ziguezagues, em evoluções, convulsões e retrocessos, com políticas governamentais desastrosas e um egocentrismo doentio. O governo socialista vive das heranças que outros governos de outras áreas ideológicas construíram com todo o mérito. Basta que se consulte os relatórios efectivos oficiais dos governos constituídos por ministros de outros partidos e compará-los com os dos governos socialistas.
Os governos PS deixaram o poder a modos de “o último a sair que apague a luz”, os governos do PSD deixaram reservas sólidas para que a obra continuasse sem problemas.
Terminamos com uma pergunta: Qual a interpretação a dar a um governo da República que publica o nome dos devedores ao fisco e à segurança social (dívidas ao governo) e não publica as dívidas que o mesmo governo da República tem e que ascendem a muitos milhões de euros?
O governo da República deve a quem? Publiquem os nomes dos credores, tal como está a proceder em relação aos devedores. Em que país estamos?

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Festa da democracia e da Autonomia

No próximo domingo, a festa organizada pelos sociais democratas, no Chão da Lagoa, será vivida com a liberdade de expressão que une o povo madeirense, sem vedetismos nem sermões de encomenda. Diz-se o que se pensa, o que se sente, colocando a Autonomia e os Madeirenses à frente de toda e qualquer afronta que possa vir do exterior


As festas do PSD, no Chão da Lagoa, às quais ocorrem milhares de madeirenses de todos as localidades da região, incluindo do Porto Santo, têm a particularidade de proporcionar uma salutar jornada de convívio e a expressão mais genuína que a democracia pode oferecer. Não é apeas uma jornada política nem é uma jornada fechada aos militantes do partido organizador (PSD). As portas (que não existem) estão franqueadas a todos, inclusive a portugueses do continente e a estrangeiros.
No próximo domingo, a festa organizada pelos sociais democratas, no Chão da Lagoa, será vivida com a liberdade de expressão que une o povo madeirense, sem vedetismos nem sermões de encomenda. Diz-se o que se pensa, o que se sente, colocando a Autonomia e os Madeirenses à frente de toda e qualquer afronta que possa vir do exterior. Os discursos do líder do PSD, Dr. Alberto João Jardim, e de outros altos dirigentes do Partido, são improvisos, cada um no seu próprio estilo, que trazem ao de cima as verdades políticas do país que alguns não gostam de ouvir e por isso consideram tais discursos contundentes e inflamáveis.
A classe política do Continente e os partidos da oposição na região esperam sempre que algo de novo seja dito, que surja matéria nova, convictos que nas festas do PSD os discursos mudam de ano para ano em contradição com o que foi dito. Não há contradições como também não há repetições. Há festa e palavras, adequadas ao momento político, em nome da Autonomia, da Madeira e do Porto Santo, daquilo que somos e daquilo que fizemos, do que entendemos poder fazer dentro dos princípios do Direito e da Liberdade.
A comunicação social de cá e de lá, principalmente a continental, revela ter dificuldades em interpretar tudo quanto representa para a Madeira e para a democracia as festas do PSD. Não é um evento meramente de comes-e-bebes, de espectáculo musical, de orgulhosos e de ressabiados, de intelectuais e de oportunistas, como vimos noutras festas de outros partidos. A festa do PSD no Chão da Lagoa é um dos maiores eventos anuais partidários do país.
É naquele palco aberto, perante mais de trinta mil pessoas, que se ouve o eco da Autonomia sem reservas e com acalorado entusiasmo. Confundem alguns as verdades como meros ataques ao governo e às instituições da República quando mais não são do que falar em voz alta, sem nada a esconder, sobre tudo aquilo que à Região Autónoma diz respeito. Admitimos que para os anti-Autonomistas, para a classe política continental, para a oposição e até para alguma comunicação social, seja surpreendente a forma como são abordados assuntos importantes com uma linguagem “terra a terra”.
Talvez a política e a democracia em Portugal fossem mais participadas se não houvesse tanto discurso político sofisticado e sem nada de válido. Não culpem os portugueses de não darem importância à política, aos partidos, aos próprios governantes, de serem críticos e de não darem ouvidos ao que dizem. Se fosse feito um inquérito junto das pessoas por todo o país, sobre os governos e governantes da República, sobre os deputados e o Parlamento da República, as respostas seriam dramáticas! Quem conhece quem? O que faz e o que fez? Etc.
A Autonomia da Madeira não tem segredos e todos os madeirenses sentem que a Autonomia está longe de estar concluída. Quem receia por mais autonomia da Madeira não é um português a viver em democracia, é um português do colonialismo, da opressão, do regime que explorou e escravizou a Madeira. Autonomia não significa Independência total mas apenas o aprofundar das singularidades que a Constituição da República e Estatuto Regional conferem, num plano de igualdade de direitos e regalias como devem ter todos os portugueses de todas as regiões do país, de acordo com as respectivas particularidades e especificidades.
A Festa do PSD no Chão da Lagoa ajuda a compreender estas e outras incompreensões por parte dos governantes da República e da classe política anti-Autonomia.