quinta-feira, 6 de março de 2008

Rapar cêntimos e dar milhões

Não é com os milhões de euros dados, a fundo perdido, pelo governo português, que os problemas que há muito enfrentam os países africanos serão resolvidos. O problema africano tem outras dimensões e conotações que não se resolvem com ajudas financeiras(...)Cá dentro, o governo pratica a política da míngua, com reflexos na degradação da sociedade que se reflecte na crescente onda de insegurança que o país está a viver. Para fora, o governo faz o papel de figurão à custa do suor e do estômago vazio de milhares de portugueses.



O governo português anda a rapar todos os cêntimos aos portugueses e a dar milhões de euros a países estrangeiros. Cá dentro rapa-se tudo quanto existe, cobra-se e cria-se impostos, faz-se publicar legislação que afoga os contribuintes, para depois dar-se o aforro nacional, à custa de muitas e contestadas restrições, a governos estrangeiros a troco de nada.
Um representante do governo da República portuguesa foi esta semana a Bissau entregar dois milhões de euros ao governo da Guiné. Uma dádiva de Portugal a um ex-território português cujo gesto, face à situação precária das finanças nacionais, é digno de figurar no manual do bom escuteiro, mesmo quando existe a dicotomia catolicismo-islamismo. Uma acção para consumo externo subtraída do orçamento do Estado que é sustentado pelos contribuintes portugueses.
O que leva o governo a dar milhões de euros a ex-colónias portuguesas em África é que não sabemos. Ontem foi a Angola, Moçambique, hoje foi à Guiné-Bissau, amanhã a outros países, porquê? É por caridade, arrependimento pela má descolonização feita pelos socialistas, ou por razões que os portugueses não podem e ou nem devem conhecer? O governo PS diz que não há dinheiro para obras de primeira necessidade há muito reclamadas pelos portugueses no Continente e nas Regiões Autónomas e aparece, com ares de sobras, a apoiar financeiramente governos estrangeiros.
O governo socialista fecha centros de saúde, reduz serviços públicos de primeira necessidade, corta nas verbas (obrigatórias e de direito) do OE para a Madeira, diz não ter verbas para investir nas áreas cruciais da saúde, da segurança social, da habitação e do emprego, mas tira do OE milhões de euros para reforçar o orçamento de estados africanos. Em nome de quem e com que objectivo o governo da República tira dinheiro aos contribuintes para entregar a governos de países terceiros?
Desde que chegou ao governo, o PS tem apertado o cinto aos portugueses, ora congelando as carreiras profissionais e os legítimos aumentos salariais, ora aumentando os impostos e investindo na caça aos contribuintes. Anda o governo socialista a rapar todos os cêntimos aos portugueses, a pedir sacrifícios e a reduzir as despesas para que Portugal possa cumprir com o Plano de Equilíbrio financeiro determinado pela União Europeia e, pelas costas dos contribuintes portugueses, vai dando de mão beijada milhões de euros a governos de ex-territórios portugueses em África.
Será que este governo socialista desconhece as riquezas naturais de Angola e da Guiné-Bissau, entre outras ex-colónias portuguesas? Será que desconhece a riqueza acumulada dalguns governantes africanos e de como funciona a economia destes países? Uma nota breve: há cerca de quatro anos um presidente de uma ex-colónia portuguesa em África foi de visita ao Brasil. No momento em que deixava o hotel, no Rio de Janeiro, a esposa do “pobre” presidente deu cerca de 400 dólares de gorjeta ao rapaz que transportou as malas do hall do hotel para o automóvel! Sabe o governo socialista de Portugal quem são os homens mais ricos dos mais pobres países africanos?
Não é com os milhões de euros dados, a fundo perdido, pelo governo português, que os problemas que há muito enfrentam os países africanos serão resolvidos. O problema africano tem outras dimensões e conotações que não se resolvem com ajudas financeiras. Portugal tem muitas e reconhecidas necessidades e quaisquer que sejam os montantes de milhões de euros seria sempre bem aproveitado se investido em áreas de muita carência, de muita pobreza, que têm vindo a aumentar no país.
Cá dentro, o governo pratica a política da míngua, com reflexos na degradação da sociedade que se reflecte na crescente onda de insegurança que o país está a viver. Para fora, o governo faz o papel de figurão à custa do suor e do estômago vazio de milhares de portugueses.
São mais achas para que os portugueses tenham motivos para manifestarem o seu descontentamento à governação socialista. São mais razões para que os madeirenses venham a rejeitar este “patriótico” governo de Portugal.

07.03.2008

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