segunda-feira, 12 de maio de 2008

Se nos calássemos

Se nos calássemos poderíamos ser considerados politicamente correctos, povo educado por aceitarmos o que nos impõem, mas os resultados finais não seriam os mesmos e não passaríamos de um povo subjugado


Conforme se vê, os madeirenses sabem separar o trigo do joio, sabem ser hospitaleiros, e mostraram uma vez mais ao Chefe de Estado e ao País que o ser português na insularidade não é o mesmo que o ser português no território continental. A “guerra” entre as ilhas e o Continente prevalece desde os primeiros anos do povoamento e só quem aqui nasceu e aqui vive estará em condições de compreender a história dos factos.
Se nos calássemos poderíamos ser considerados politicamente correctos, povo educado por aceitarmos o que nos impõem, mas os resultados finais não seriam os mesmos e não passaríamos de um povo subjugado. As reivindicações que o Governo Regional faz junto do Governo da República são para bem da Madeira e consequentemente em prol de Portugal. Bom seria para Portugal que todas as regiões portuguesas tivessem conseguido atingir um nível de desenvolvimento como o que a Madeira alcançou. O país no seu todo recebeu apoios comunitários, todas as regiões beneficiaram dos fundos europeus, sendo injusto não considerar a Madeira como das regiões que melhor soube planificar e projectar o desenvolvimento em função das suas capacidades.
O Presidente da República sabe das dificuldades existentes, conhece os problemas da Madeira, como conhece as vicissitudes com que se debate Portugal no seu todo, mas não deixa de reconhecer que o desenvolvimento da Madeira teve e tem muito a ver com a perspicácia, visão e coragem do Governo Regional e do seu líder, Dr. Alberto João Jardim. O Prof. Cavaco Silva não se deixou levar pelas campanhas contra a Região por quem inchado de vaidade tudo fez (e continua a fazer) para denegrir a imagem da Madeira no exterior.
O Chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, e o Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, acabam por ratificar o projecto político-governamental da Madeira moderna e desenvolvida, contrariando as posições insistentemente assumidas pelos partidos e políticos da Oposição.
São as mais altas figuras do Estado a darem parabéns pela obra feita e em curso, regozijando-se em nome de Portugal, deitando por terra as teses de todos aqueles que teimam em desconsiderar o que era o atraso do arquipélago e o que é a “Madeira Nova” no presente.
Para a grande maioria dos madeirenses e porto-santenses, bem como para muitos portugueses do Continente, dos Açores, das Comunidades, de muitos estrangeiros e de instituições nacionais e europeias, o salto quantitativo e qualitativo registado na sociedade madeirense tem sido claramente reconhecido.
As vitórias eleitorais do PSD, por percentagens esmagadoras, são globalmente esclarecedoras. Lamenta-se é que não haja nos partidos da Oposição quem seja capaz de analisar estes factos e tomá-los como referências para criar e apresentar projectos alternativos.
Se hoje houvesse eleições na Região, nesta data, bastava as opiniões das duas principais figuras do Estado para o PSD alcançar mais uma retumbante vitória. Os que teimam em manter “guerras” contra a Madeira são os mesmos que criticam o atraso de Portugal mas que não vão além do maldizer. São os anãozinhos da política, mas como escreveu Séneca: “um anão no cimo duma montanha, nem por isso é maior”.
Se nos calássemos, quando nos queriam impedir de ir em frente, não passaríamos de portugueses de segunda linha, como foram os madeirenses tratados durante mais de cinco séculos pelos governos da metrópole. Se nos calássemos quando os comunistas e os socialistas madeirenses queriam tomar o poder, a Região estaria muito provavelmente no patamar de um qualquer tipo de sociedade ao estilo Cubano ou a enfrentar as injustiças sociais e económicas de muitas regiões dos países do Leste que foram governadas sob a ideologia política do comunismo e do socialismo.
Se nos calássemos, a Região Autónoma da Madeira não seria hoje, a segunda região mais desenvolvida de Portugal e uma das regiões mais desenvolvidas da Europa.

18.04.2008

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