segunda-feira, 12 de maio de 2008

Da Região ao País

Salta à vista que são os derrotados da política e os “intelectuais” mal sucedidos na sociedade portuguesa que passam a vida a contestar aquilo que de positivo a maioria constata com factos concretos. Portugal não tem, no Continente nem nos Açores, nesta fase, um político com a experiência que tem o Dr. Alberto João Jardim


O mais importante nesta altura é saber se o próximo líder do PSD terá carisma, idoneidade, seja pragmático, tenha qualidades de sacrifício e trabalho feito. Que seja capaz de ir para o terreno, falar com lealdade e mobilizar os portugueses. Não conhecemos tão de perto os que perfilam a candidatura à liderança do partido a nível nacional mas conhecemos bem a capacidade do Dr. Alberto João Jardim.
Temos para nós que o PSD nacional, para ganhar os próximos actos eleitorais, terá que ter uma mensagem vencedora. Traçar um rumo em direcção ao objectivo, por muitos escolhos que possam aparecer, nunca abdicando de seguir em frente. Os portugueses estão desiludidos com a política, com o governo socialista, mas também não lhes têm sido dadas alternativas consistentes.
Aos partidos da oposição não basta contestar. O poder não se alcança apenas pela crítica e denúncias dos erros de quem governa, os eleitores querem saber quem estará em condições de melhor governar o país e que programa apresenta. Não há continental que, sem estar acorrentado aos partidos políticos ou tenha antipatias pessoais, faça críticas negativas à obra do PSD no governo madeirense. Nem é preciso recorrer aos elogios ao progresso da Madeira feitos pelos dois mais altos magistrados da nação, Dr. Jaime Gama e Prof. Cavaco Silva, presidentes da Assembleia da República e Chefe de Estado, respectivamente.
A Madeira tem sido várias vezes citada, inclusive pelos detractores da governação regional, como um dos melhores exemplos de desenvolvimento de uma região. Sem minas de ouro ou prata, sem subsolo petrolífero ou outras riquezas naturais, a Madeira é das regiões com um dos melhores rácios de crescimento sócio-económico. Nem os cortes financeiros do Orçamento de Estado nem a descida dos montantes da União Europeia têm impedido que as obras constantes no programa do Governo Regional estejam a avançar. Isto vem demonstrar que não são apenas com milhões que se fazem grandes obras. A gestão por objectivos desenvolve-se de acordo com as prioridades e correcções que vão sendo feitas mas nunca paralisam.
Não há dúvida que muitas foram as obras feitas na Madeira e no Porto Santo antes que as verbas estivessem a cem por cento disponibilizadas. Mas fez-se e pouparam-se milhões. Se o Governo Regional, nalgumas obras, ficasse à espera da autorização e garantia financeira do Governo central para iniciá-las, o custo seria muito superior. Um exemplo: Nos finais dos anos 70, as obras para ampliação do aeroporto da Madeira foram orçadas em cerca de 26 milhões de contos. O Governo central não considerou prioritário e foi adiando durante cerca de 20 anos. Quando o Governo da República decidiu avançar com as obras, o custo subiu em flecha para cerca de 110 milhões de contos.
Falam na dívida da região mas não falam da dívida do país. Falam do desenvolvimento da Madeira mas não falam do desenvolvimento do Continente. Quando entendem fazer contas vão buscar os cadernos contabilísticos da região, dos investimentos feitos, mas não divulgam os défices de obras nem sempre bem sucedidas noutras partes do país. Não falam que Portugal tem uma elevada dívida financeira ao estrangeiro. A riqueza produzida em Portugal é das mais reduzidas da Europa, os salários dos portugueses são dos mais baixos e as políticas de emprego, segurança social, educação/ensino, juventude e terceira idade, andam aos solavancos. O governo socialista prometeu 250 mil postos de trabalho e o que vimos é o desemprego a aumentar para cerca de meio milhão de trabalhadores. São milhares de empresas a fechar ano após ano. Faz-se o discurso da recuperação económica quando na prática os portugueses desesperam.
Salta à vista que são os derrotados da política e os “intelectuais” mal sucedidos na sociedade portuguesa que passam a vida a contestar aquilo que de positivo a maioria constata com factos concretos. Portugal não tem, no Continente nem nos Açores, nesta fase, um político com a experiência que tem o Dr. Alberto João Jardim. Porém, o projecto futuro par a Madeira passa pela sua continuidade à frente do Governo Regional. Os madeirenses querem-no.
Mais autonomia ou independência serão os madeirenses a decidir. Um Referendo ajudaria a clarificar. Não basta dizer que a Madeira tem uma cultura portuguesa (que cultura?), e que tem quase seis séculos de administração portuguesa. Quem diz que a Madeira não seria capaz de governar-se sem Portugal anda à margem do que se passa no mundo, dos novos países que estão a surgir em todos os continentes. Em que região da Europa vamos encontrar o principal palácio feito residência do representante da República? É aceitável?
Uma eventual ida do Dr. Alberto João Jardim para o Continente sem dúvida que a Madeira ficaria a perder e Portugal ficaria a ganhar! É um dar ao país da experiência e do sucesso político e governamental que teve na região. Quem pode apresentar um currículo idêntico?

25.04.2008

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