sexta-feira, 27 de maio de 2005

Pobre país!

Os governos do PS, desde Mário Soares a António Guterres e agora José Sócrates, sempre trataram Portugal e os portugueses como o país dos coitadinhos, dos tristes e desgraçados, dos analfabetos e atrasados culturalmente, em relação aos outros países. Foi com o PS no Governo que Portugal esteve à beira da bancarrota, que o FMI interveio nas finanças e na economia portuguesas, que acontecerem as grandes fugas de capitais para o estrangeiros, que maiores quantidades de reservas de barras de ouro foram vendidas, que muitas empresas estrangeiras se retiraram do nosso país, que as taxas de juro atingiram cerca de 30 por cento, que o desemprego ascendeu a números recordes, que mais greves se registaram.
A governação do PS é bem a imagem da pobreza e da tristeza e a que mais esbanjamento de dinheiros fez até agora. Foi o governo PS que pomposamente se orgulhou de ter trazido para Portugal o Euro2004 (certamente haviam outras prioridades embora menos populistas) que na globalidade levou o país a gastar mais de dois mil milhões de euros, que só com a construção dos exagerados dez estádios de futebol o país gastou cerca de mil milhões de euros.
A política governamental do PS tem sido (leiam-se os jornais de quando o PS esteve no Governo, veja-se a situação de pobreza em que ficou a país) de um nível a roçar um terceiro-mundismo como nunca se viu, excepto quando os seus kamaradas comunistas se apoderaram do poder, num período negro da democracia portuguesa que ficou conhecido pelo gonçalvismo (do então primeiro-ministro Vasco Gonçalves), que lançou o país num caos e nacionalizou as fontes que geravam riquezas ao país.
Não pode ser verdade o que andam agora a dizer os governantes socialistas, quando falam sobre matéria económica e défice público. Devem estar a brincar ou a tentar enrolar os portugueses. Não estão a ser correctos quando lançam, por exemplo, para a opinião pública que o défice é de 6,83 por cento que, outras vezes, também dizem ser de 7 por cento. É uma atordoada falar em percentagem sobre números que os portugueses não conhecem nem sabem o que 6,83 por cento pode efectivamente representar.
Digam claramente, em números e não só em percentagens, a que valores financeiros equivalem os badalados 6,83 por cento apresentado como bandeira para justificar as medidas da governação socialista que se traduz numa verdadeira depuração dos rendimentos familiares da esmagadora maioria dos portugueses.
Os 6,83 por cento da dívida corresponde a quê? mil milhões, a 5 mil milhões, a 20 mil milhões de euros? Então, o que é isso de 6,83 por cento. O governo sabe que apresentar percentagens é dos actos mais enganadores para as pessoas porque a maioria dos portugueses não sabe isso a que corresponde.
Qual é o valor do Orçamento de Estado (OE)?
Quanto gasta o Governo da República do OE?
Quando o anterior Governo PS saiu (abandonou) qual era o montante da dívida?
Quantos desempregados havia no país?
Quantos novos funcionários o Governo PS admitiu na Função Pública?
Qual era a dívida do Governo PS às farmácias?
Em que estado se encontrava a Segurança Social?
Como estava o ensino (a paixão de Guterres)?
Os governos socialistas são tudo isto e muito mais. Funcionam ao nível do populacho, do fixe e da malta porreira e ao mesmo tempo com imposições, pressões que mais parecem governar à imagem da tristemente célebre governação comunista e fascista.
Queremos todos que o país ande para a frente. Que os Governos funcionem e que toda a administração pública seja um bom exemplo para o país. Que não se ande a fazer de conta, a dizer hoje uma coisa e amanhã outra. Que se fale claro, com objectividade, e não em percentagens que nada dizem.
Há alguns anos os governos PS sempre que aumentavam os salários da Função Pública ponham-se em bicos de pés porque tinham feito aumentos mais do que todos os outros países da Comunidade Europeia. Lembrarmo-nos de num ano o governo PS ter aumentado os salários em 4,5 por cento, enquanto a Alemanha e a Inglaterra, países locomotivas da Europa, apenas tinham feito um aumento de 0,5 por cento. Os funcionários públicos (nem todos) terão agradecido ao Governo PS pelo aumento que era, na altura, o mais alto da Europa. Mas não sabiam os portugueses que, em números financeiros, os 4,5 por cento em Portugal era quase 25 menos que na Alemanha que tinha procedido a um aumento de apenas 0,5 por cento. É com estas e outras fantasias que o PS governa.
Decepcionante, também, é ver o governador do Banco de Portugal vir agora dizer que o défice é de 6,83 por cento quando há poucos meses falava em cerca de 5 por cento. Que o senhor Presidente da República se mostrem surpreendido com estas percentagens (que ninguém sabe a que valores financeiros correspondem) e que o senhor primeiro-ministro ande a dizer que não contava com esta situação e que foi apanhado de surpresa. Então o governador do Banco de Portugal não é socialista?
Para proceder ao tipo de aumentos e de políticas financeiras como os que o Governo PS está fazer não é preciso fazer tanto exercício mental. Afinal as promessas eleitorais do Partido Socialista não passaram de falácias e de enganos.
É lamentável esta forma de governar Portugal, rebaixando os portugueses e impondo medidas que apenas empurram o país para a pobreza e para a cauda europeia. Haja bom senso.

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