segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Revolução Democrática na Madeira

Em menos de três décadas a Madeira passou das Regiões mais pobres e atrasadas de Portugal para uma situação invejável, tornando-se numa das Regiões mais prósperas e de maior progresso na Europa. Isto quer dizer, claramente e sem pieguices partidárias que os verdadeiros desígnios da revolução de Abril, teve na Madeira a sua expressão máxima pois foi aqui que se realizou a verdadeira revolução democrática. O resultado da revolução no Continente fica muito aquém do que proclamam os políticos, os partidos e governos. Para aplicarmos uma linguagem mais simples, o desenvolvimento registado na Madeira subiu do quase zero para 80 enquanto no Continente terá subido dos 30 para os 50.
A evolução na Madeira não aconteceu por acaso mas sim porque a democracia foi exercida no seu verdadeiro objectivo. Para a dita esquerda (cujos líderes constituem uma verdadeira elite esquerda “champangne”), democracia é sinónimo de alternativa governativa. Nada mais errado. A democracia resulta da soberania popular, sem qualquer discriminação, pela influência do povo na governação pública. A democracia fundamenta-se no consentimento dos governados e na vontade popular sendo que este consentimento é o fundamento da legitimidade dos poderes constituídos.
Em suma é a pura democracia que se vem realizando na Madeira e tem sido neste clima que a soberania popular e os governos vêm comprindo a verdadeira revolução de Abril sem quaisquer complexos.
Até naquelas áreas onde a pobreza chegava a ser extrema, como na agricultura a Madeira realizou a verdadeira e única revolução agrária que o País conheceu. A colónia, (situação de contornos puramente feudais), altamente penalizadora para o agricultor, foi extinta sem grandes aparatos pois foram criadas as condições, no quadro legal para tal estabelecido, para que senhorios e colonos encontrassem as condições para as necessárias remissões num clima de paz e consenso quase absoluto.
O que se passou no Continente foi a antítese pois no Alentejo a propalada reforma agrária não passou de ocupações, algumas de contornos selváticos, com a expulsão dos legítimos proprietários, conduzindo em pouco tempo á desertificação dos terrenos e ao aumento da miséria de milhares de portugueses que acreditaram nas falsas promessas dos comunistas e socialistas.
Hoje, passados trinta anos da revolução, muitas dessas terras, de montes alentejanos, pertencem à classe dos tais comunistas e socialistas que prometeram a terra a quem trabalha.
As actuais e futuras gerações não podem ser levadas na ilusão de não terem sido esclarecidas sobre o mal que fez a esquerda em Portugal. É necessário que saibam as razões que levaram a esquerda mais radical a opor-se á adesão de Portugal à União
Europeia, que a esquerda destruiu a agricultura e a pecuária no Continente e por isso os
Portugueses são obrigados a comprar produtos importados. É necessário que saibam que foi a esquerda que colocou Portugal à beira da bancarrota e que conduziu à destruição das indústrias e da economia.
A comemoração dos 30 anos da Revolução de Abril deverá despertar o interesse das novas gerações a interrogar-se das razões porque foi possível na Região Autónoma da Madeira realizar-se os objectivos da revolução expressos no nível do desenvolvimento global realizado que é aplaudido por toda a comunidade europeia e internacional.

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