quinta-feira, 7 de julho de 2005

O jogo socialista

Olhando friamente para os Governos socialistas vamos ver que há um jogo teórico em toda a sua política de intervenção que confunde e que não é fácil de descortinar. Os primeiros-ministros e os ministros socialistas sempre foram malta porreira, falam com paixão, com facilidade de dizer o que o povo quer ouvir, mesmo quando dizem o que sabem ser um total engano. O jogo dos socialistas é falso e sedutor mas ao mesmo tempo fanático e figurativamente perigoso. Mário Soares, António Guterres e José Sócrates falam pelos cotovelos, dizem o que as pessoas querem ouvir apesar de saberem que o desejo das pessoas nunca será satisfeito. Sofistas totais.
Os governos chefiados por Mário Soares acabaram sempre à beira da bancarrota. António Guterres foi o único primeiro-ministro que até agora abandonou o governo pelo facto de não ter sabido governar o país e por ter perdido as eleições autárquicas e José Sócrates cedo aprendeu a manejar as palavras consoante os seus interesses e do partido e não como governante. A malta porreira socialista sempre teve procedimentos confusos.
Como podem os portugueses estarem esquecidos das paixões dos governos socialistas pelo ensino que deixaram em pantanas, pelas políticas económicos que desbarataram o país, pelos investimentos sem retorno em projectos perfeitamente dispensáveis. Como podemos esquecer um ministro da Cultura, de seu nome Manuel Carrilho, actual candidato socialista à Câmara de Lisboa, que nada fez em prol da cultura nacional e conseguiu gastar milhões naquele que terá sido o pior reinado da cultural portuguesa dos últimos trinta anos. Um Manuel Carrilho que, há pouco tempo, classificou os jornalistas de débeis mentais e estes calaram-se como morcegos quando, ridiculamente, se uniram em protestos contra o presidente do Governo Regional da Madeira por ter usado a palavra bastardo sem sequer ter falado em jornalistas.
A política é transformada num jogo sempre que os socialistas estão no governo. Um jogo que se desenrola às três tabelas, com “apitos” de todas as cores e uma máquina de propaganda montada em tudo quanto é sítio. A Comunicação Social nacional (salvo raras excepções) está ao serviço e funciona sob ordens directas da central de informação socialistas. Os dois maiores jornais-diários (em tiragem) das duas Regiões Autónomas são controlados pelos socialistas. Não há lugar a suspeições a actos da governação socialista, quer no Continente como nos Açores, enquanto na Madeira, mesmo sem terem pelouros na governação, conseguem os socialistas ter destaque como nenhum outro partido na oposição.
O jogo socialista já tem barbas. A culpa maior do atraso que Portugal apresenta em relação à Europa mais desenvolvida deve ser assacada aos governos socialistas que sempre optaram por fazer a política do “porreirismo” em vez de tomarem as medidas do “agora e já”. Pelos socialistas muitas das obras que foram feitas na Madeira nunca teriam sido construídas. O jogo socialista começou logo após a queda do regime.
Quem não se lembra do verão quente de 75, com professores habilitados apenas com o sétimo ano (e em alguns casos menos do que isso) de escolaridade a dar aulas pelos escolas do país sem terem a mínima formação pedagógica. No ex-Liceu Jaime Moniz os professores licenciados foram marginalizados por uns iluminados socialistas e comunistas que tomaram conta do conselho directivo, pondo o ensino de rastos, fomentando e impondo nas aulas as cartilhas de Karl Marx como a grande bíblia da sociedade do futuro. O jogo socialista tinha as regras da socialização pela via comunista e muitos desses pseudo pedagogos, inimigos da social-democracia e mais especificamente do PPD/PSD, andam hoje por ai encavalitados e a se pavonearem nas obras que contestaram, nalguns casos, brutalmente.
Não sei como é que ainda não se fez a história da luta pela Autonomia da Madeira, esta gigantesca transformação global sempre contrariada pelas lutas que os comunistas e socialistas encetaram contra a evolução da Região, dos professores da cartilha de Marx que inundaram a cidade com propaganda pró-social/comunista. Não sei como é que o inimigo político se transforma em amigo político. Não sei como é que os amantes do socialismo de esquerda e do comunismo extremista sejam hoje vistos como grandes defensores dos ideais da “Madeira Nova”.
Que dizer daqueles que sempre parasitaram em função do poder ou de organizações, sabendo calar ou dissimular, por conveniência, os seus amores ao socialismo, e agora, por frustração ou por ódios então contidos, se revelam naquilo que afinal sempre foram: uns vendidos intelectuais à boa semelhança dos comunas alimentados a caviar e champanhe.
Os socialistas, na Região e no Continente continuam a fazer da política um jogo feio, sem regras, doentio, cheio de lamúrias e pessimismo, atirando-se contra todos aqueles que não aceitam entrar no seu jogo.
Atente-se ao comportamento das oposições, aqui na Região, onde dirigentes e candidatos partidários às próximas eleições autárquicas se julgam já vencedores e possuídos de uma arrogância desmedida graças aos apoios (ou fretes) de alguns meios de comunicação social.
Esquecem-se que é ao Povo Madeirense que compete escolher o seu destino.

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