quinta-feira, 28 de abril de 2005

Funchal mais cidade

O Funchal é, cada vez mais, uma cidade à imagem da Europa moderna e em permanente desenvolvimento global e sustentável. A cidade cultural, económica, turística, financeira, da mescla comercial que vai do produto regional a conhecidas marcas internacionais, da harmonia física e social. A capital madeirense está a evoluir a um ritmo que é bem visível para os madeirenses, reconhecidamente a terem direito pleno a uma vivência mais prenhe de valores globais, ao mesmo tempo que está mais atractiva e cativante para quem a visita, sejam portugueses doutras regiões do país, quer sejam estrangeiros.
A capital madeirense tem a história da ilha, tem os berços que deram vida a tudo aquilo que é a Madeira, tem os “fortes” da governação, os poderes que defendem e administram a Autonomia, tem no seu interior a vida passada e presente de uma cidade-capital a caminho de cinco séculos de existência.
Os espaços verdes, em toda a sua enorme fitodiversidade, uma das maiores riquezas da cidade e da Região, as ruas do centro cada vez mais disponíveis à fruição do cidadão, por via da melhor gestão do trânsito automóvel, a “promenade” e restantes melhoramentos da frente mar, a limpeza e embelezamento da cidade, são imagens do Funchal que cativam os madeirenses e os turistas.
O Funchal é hoje, indiscutivelmente, a cidade mais asseada do país e das mais caprichadas da Europa, reconhecimento conferido pelos inúmeros depoimentos proferidos por quem visita a cidade, onde tudo está no seu devido lugar, o asseio é uma constante, e é fácil e seguro passear pela cidade, proporcionando uma visão de bom acolhimento de bem estar.
Além disto, o Funchal é uma cidade que se renova cada dia que passa. Vamos caminhar pela capital, em todas as direcções, e a nossa constatação depara-se com pequenas grandes alterações, ora levadas a efeito pelo Município, ora promovidas pelo Governo Regional, por empresários ou simplesmente pelos cidadãos anónimos. O Comércio é disso um bom exemplo, apresentando um novo visual, ao bom estilo das casas comerciais das capitais europeias, chamando a atenção de quem passa. Funchal que já venceu o prémio de cidade mais limpa e florida de Portugal e da Europa.
È esta capital que, há cerca de meio século, tinha como referências turísticas principais as casas de bordados, o mercado dos Lavradores, os carros de bois, o vinho da Madeira e pouco mais, que despertavam a curiosidade do turista mas que deixavam os madeirenses distantes de uma participação activa e efectiva na vida social da cidade. Era o Funchal do postal turístico e da centralização de toda a actividade da região.
Este Funchal de hoje mantém o carisma de cidade insular, com os seu espaço físico bem definido, mas conseguiu, nos últimos anos atenuar a imagem de cidade pequena e a todos os títulos carenciada, para uma cidade onde podemos muito bem viver sem apenas a magia do mar ali tão perto mas, sobretudo, olhar para outros horizontes, porque a cidade cresceu e se expandiu dentro de si e abriu, figurativamente, novas fronteiras, permitindo que se possa caminhar pelas suas ruas, avenidas e rotundas como se o mar ficassem lá longe.
A capital madeirense acolhe já novas vivências, novos horizontes, numa transformação social palpitante protagonizada por uma população residente que marcou, evolutivamente, a vida da cidade quase que adormecida durante séculos.
O Funchal caminha para ser, dentro de alguns anos, uma cidade muito mais populosa, notando-se um grande crescimento de infra-estruturas habitacionais lado a lado com o crescimento natural de toda a actividade envolvente. O chamado núcleo central da capital madeirense tem motivos mais do que históricos e atractivos para motivar uma maior população residente que faça a cidade ter mais vida própria, sem ser unicamente ponto de chegada e partida de quem vem de outras zonas da região para desenvolver a sua actividade profissional. Fixar habitação na zona baixa da cidade é o que irá naturalmente acontecer, cada vez mais, através da reabilitação de alguns prédios através de uma adequada adaptação para uma função habitacional.

É com natural felicidade que vejo o Funchal mais cidade. Uma cidade mais humana, mais cativante e onde me orgulho de ter nascido e nela viver.
Por tudo isso, revejo-me nas palavras do Presidente da Edilidade, Dr. Miguel Albuquerque, proferidas na pretérita cerimónia comemorativa do aniversário da cidade do Funchal:
“Muitos dos sonhos que tinha para a nossa cidade estão hoje realizados.
Mas a vida não pára.
O Funchal, pela sua intrínseca dinâmica, suscita todos os dias novos desafios e novas solicitações.

Sem comentários: