quinta-feira, 14 de abril de 2005

As causas socialistas!

O vulcão político criado pelos socialistas e comunistas, contra o anterior governo PSD/PP, extinguiu-se após as eleições e está intencionalmente hibernado. Os graves dramas que os partidos de esquerda diziam haver na sociedade portuguesa estão resolvidos! A taxa de desemprego deixou de ser problema, o código de trabalho já é aceite, a inflação não é preocupante, o poder de compra está bem. Tudo quanto estava mal no governo anterior passou agora a estar bem no governo socialista.
Até as lutas estudantis perderam fôlego. De um momento para o outro o ensino, as escolas, as propinas, as instalações escolares e os professores, deixaram de constituir entraves aos estudantes universitários e todos os alunos dos diferentes graus de ensino. Até as vozes discordantes dos sindicatos estão silenciadas. A política de esquerda sempre foi mestra neste tipo de política do momento.
Os governos socialistas sempre viveram com a “pedra no sapato” colocada pelos comunistas e nunca foram suficientemente fortes para se libertarem da teia montada pelos comunistas e restantes partidos de esquerda. Não foram nem são capazes de levar por diante políticas sustentáveis apesar de muito prometerem nas campanhas eleitorais.
O actual governo PS está num “preocupante silêncio”, não se sabe bem o que aí vem, a não ser os aumentos dos transportes públicos a partir de 1 de Maio e de outras penalizações que estão a ser cozinhadas para a generalidade dos cidadãos.
Quando o líder do PS e Primeiro Ministro, José Sócrates, se reúne com o líder do PCP Jerónimo de Sousa durante largo tempo, para depois virem dizer que não chegaram a acordo para a coligação à Câmara Municipal de Lisboa, nas eleições autárquicas de Outubro próximo, não estão obviamente a falar toda a verdade.
O PS/PC, nos últimos actos eleitorais, sempre concorreram juntos e se tal não acontecer sabem que não conseguem chegar ao puder autárquico de Lisboa. João Soares foi o último presidente socialista da Câmara da capital portuguesa e só lá chegou com a ajuda dos votos dos comunistas, com quem concorreu em coligação.
A intenção agora anunciada pelo Partido Socialista em relação à limitação temporal de mandatos dos cargos políticos, entre os quais os de Presidente das Regiões Autónomas, é uma “perigosa armadilha” montada pelos partidos de esquerda. É uma provocação e um atentado à liberdade democrática que, hipocritamente, dizem ser defensores. Em democracia a vontade dos eleitores é soberana e as suas escolhas não podem ser limitadas por estratégias ao sabor de caprichos circunstanciais de qualquer partido político. Os votos dos eleitores vão para os candidatos da sua preferência. Sejam candidatos que se apresentem pela primeira vez, seja para candidatos que estejam já no poder, há poucos ou muitos anos.
Democraticamente é um absurdo estar a limitar o número de mandatos. Seria condicionar a democracia, tirar a liberdade de escolha aos eleitores, impor regras totalitárias contra as garantias que são dadas por sufrágio universal. Porém, são estas as vias encontradas por socialistas e comunistas quando não conseguem ter a preferência dos eleitores.
A Madeira é, não temos dúvidas a “tal espinha encravada” na garganta política do PS e de toda a esquerda portuguesa. Mas não será com a alteração ao número de mandatos ou com uma outra qualquer “golpada” que levará os eleitores a mudarem de opinião como também não serão, jamais, os continentais a escolherem os governantes para a Madeira.
A instabilidade política e governamental que sempre se viveu no Continente não irá acontecer na Madeira, embora seja esse o intento dos socialistas e comunistas.

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