quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

Madeira à frente de Portugal

O ano de 2004 foi florescente para a Madeira e assim-assim para Portugal. A Região Autónoma esteve de novo com um passo mais firme e determinado pelo progresso, não dando oportunidade aos bloqueadores do sistema, enquanto que Portugal, entenda-se Continente, voltou a marcar passo que em muito prejudica o país no seu todo. As más notas dadas ao Continente, principalmente por parte da União Europeia, acabam por prejudicar a Madeira.
A Região não tem parado de evoluir e nunca nada está acabado. Por todos os locais das ilhas da Madeira e do Porto Santo vemos, ao longo do ano, novas infra-estruturas, mais obras em execução, revelando que o Governo Regional nunca cruza os braços nem nunca dá sinais de deixar-se embandeirar por uma nova obra inaugurada.
Há vários anos que venho ouvindo, sobretudo da parte da oposição, que o que havia para o Dr. Alberto João inaugurar já inaugurou e, com todas as obras já feitas, já não iria ter nada para mostrar de novo à população. Vai apresentar-se aos actos eleitorais sem inaugurações e em igualdade de circunstâncias com os seus opositores políticos.
Estas fantasias politiqueiras podem ter algum efeito naqueles que ainda acreditam no populismo frouxo dos partidos de esquerda, incluindo os socialistas, que passam o tempo a criticar, a dizer mal, mas a usufruir das obras e do desenvolvimento que o governo do PSD tem feito. Mas não têm qualquer guarida naqueles, na maioria, que sabem o que significa as pequenas e grandes obras, que sabem distinguir a Madeira de ontem com a Madeira do presente.
Depois nunca ouvimos o PSD manifestar-se contra alternativas na governação da Região Autónoma, nunca criou barreiras para que os partidos da oposição não pudessem avançar nem nunca se colocou como partido vencedor antes de serem oficialmente conhecidos os resultados eleitorais. Se assim procedesse estaria a praticar ilegalidades, estaria a comportar-se como nos países comunistas (atente-se às recentes eleições na Ucrânia), ao mesmo tempo que estaria a colocar em causa a liberdade democrática. As eleições na Madeira sempre decorrem em igualdade partidária.
No Continente, nalgumas regiões do país, não terá havido tanta democraticidade eleitoral como na Madeira. As vitórias eleitorais do PSD na Região Autónoma são também fruto de uma fraquíssima oposição, impreparada e demasiadamente altiva para que os eleitores possam depositar confiança naquilo que dizem ir fazer. Tem sido o próprio PSD que, em todos estes anos, tem sido abrigado a ser alternativa a si próprio, a criar novos programas e a levar a Madeira para a frente, enquanto a oposição se remete a uns lugarzinhos no Assembleia Regional e pouco mais.
Na próprio Parlamento da República, são os deputados madeirenses, em representação do PSD, que mais se debatem pelos interesses da Região, levantando questões que implicam muito trabalho, exigindo e batalhando em defesa das causas regionais, mesmo quando a maioria parlamentar possa ser do PSD. Tanto na Região como no Continente, os interesses da Madeira estão sempre em primeiro lugar.
O ano 2004, para Portugal foi politicamente desastroso, com o presidente da República no centro da política partidária quando, na sua qualidade de presidente de todos os portugueses, devia proceder em função dos poderes que lhe estão atribuídos e não actuar, como deixou transparecer, em função dos sentimentos partidárias. A tanga socialista resultou nos piores governos que Portugal já teve e será grave para o país, se nas próximas eleições, o governo mudar. A única culpa que pode (e deve) ser atribuída ao governo PSD/PP é no que respeita à morosidade do governo em decidir, em pôr as coisas mais rapidamente em andamento, foi não ter, mal tomou posse, enveredado pelas reformas profundas. Os portugueses estão cansados de tanto ouvirem falar em crise e em contenção de despesas, de terem que esperar mais um ano para depois vir a bonança. O PSD não pode governar a tapar os buracos financeiros deixados pelo governo PS. Agora que PSD/PP puseram as contas acertadas, o deve e haver consolidados, o presidente da República “abre” as portas à oposição para tentar chegar de novo ao poder.
As guerras partidárias de lá são também como as de cá. Acontece é que na Região o PSD não perde tempo em falatórios e põe-se a caminho, deixando a oposição a rebater o nada de nada, enquanto que no Continente as falácias da oposição conseguem confundir a opinião pública e o governo é levado para a vala armadilhada. O ano de 2004 veio confirmar aquilo que há muito os madeirenses bem conhecem. A estabilidade e a confiança acima de todas as aventuras, por muito tentadoras que sejam as promessas apresentadas pelos opositores ao Governo Regional.

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