quinta-feira, 29 de julho de 2004

O prestígio europeu

Numa sociedade evoluída ou em desenvolvimento é uma desordem mental para os comunistas. Têm ou dizem ter uma vocação para proteger os pobres, os desgraçados, os sem abrigo, porque é no nível mais baixo da sociedade que os comunistas conseguem passar a sua mensagem.




A rejeição da esquerda comunista, na Assembleia da República, a um voto de congratulação a Durão Barroso por ter sido eleito para presidente da Comissão Europeia mostrou um pouco aquilo a que genericamente se designa “falta de chá”. Quem não consegue discernir e destrinçar as diferentes situações, sobretudo na área política, dificilmente terá consciência para ver a cada momento o que se está a passar.
Mas mais do que eu, houve quem ficasse surpreendido pela atitude dos deputados da esquerda. Esquecem-se (ou desconhecem) que a esquerda sempre votou contra à adesão de Portugal à Comunidade Europeia e vão continuar a votar contra por uma razão unicamente de prisão ideológica e política. Uma sociedade que evolui, que passa a ter uma melhor qualidade de vida, que deixou de ter estradas enlameadas e empedradas para passar a ter as vias rápidas, é uma doença para os comunistas.
Numa sociedade evoluída ou em desenvolvimento é uma desordem mental para os comunistas. Têm ou dizem ter uma vocação para proteger os pobres, os desgraçados, os sem abrigo, porque é no nível mais baixo da sociedade que os comunistas conseguem passar a sua mensagem.
Uma sociedade pobre aceita tudo como de bom porque desconhece o outro lado da sociedade, mesmo que não haja muros de Berlim ou fuzilamentos cubanos. A chegada até nós de cidadãos no leste da Europa dá-nos para ver o miserabilismo que viveram durante o paraíso do comunismo.
Em Cuba, a bufaria política está presente em todos os cantos, as perseguições são feitas à queima roupa e há milhares de cubanos presos sem saberem porquê. O regime político totalitário de Salazar que governou Portugal durante 48 anos, foi uma “amêndoa doce”, quando comparado com o sinistro regime politico de Fidel Castro. Dai que as posições dos comunistas portugueses, sobre o totalitarismo, liberdade e democracia, não passam de um rol de promessas aos mais pobres. E quando não há pobres têm de os inventar.
Opor-se à atribuição de um voto de congratulação ao ex-primeiro Ministro, eleito presidente da Comissão Europeia, é uma psicose doentia. Mais ainda quando muitos kamaradas europeus votaram e aplaudiram Durão Barroso.
Esta oposição já não é propriamente ideológica mas de contradição que tem a ver com os princípios de uma doutrina que já não funciona nem tem opor onde funcionar, a não ser nos tais países pobres onde os cidadãos estão impedidos de terem acesso ao conhecimento e à evolução.
Tirando os comunistas, não tenho dúvidas que os portugueses sentem orgulho por terem Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia. Foi indigitado e foi eleito por uma maioria. Está no cargo por mérito próprio, pelo reconhecimento que lhe foi dado pelas governos e representantes dos países mais evoluídos da Europa.
O odioso que os comunistas pretendiam lançar sobre a sua eleição e que agora tentam por em causa a legitimidade e competência do actual governo liderado por Santana Lopes, vem sempre a reboque do tal princípio do fracasso político em que há muito caiu a esquerda.
O aproximar das próximas eleições regionais (17 de Outubro) começa a ser outro fundo político para a oposição. Todos juntos contra o PSD. Juntos porque se sentem impossibilitados de apresentar politicas e candidatos alternativas à liderança impar do dr. Alberto João Jardim e por que tambèm sabem que o eleitorado madeirense não se revê nas velhas ideologias comunistas, no socialismo do oportunismo nem nas andanças instáveis dos populares dos centristas. Todos juntos para nada!. A não ser para juntarem os cacos que vão ficando pelo caminho, no leste, no oriente, na ultrapassada comunidade comunista e na velha burguesia irreconhecível.

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