terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Colonialismo

Tudo leva a crer que para este governo de José Sócrates o mais importante é derrubar o governo legítimo da Região Autónoma da Madeira na vã esperança de também aqui vir a ser governo. Só assim se justificam todos os ataques de cariz colonialista que sobre Madeira e os madeirenses têm sido lançados, e em particular a infame perseguição movida contra o presidente do governo Dr. Alberto João Jardim, primeiro responsável pela aplaudida e extraordinária transformação global operada na Região nos últimos trinta anos



Os mais educados e bem formados costumam dizer que quem tem “atitudes de calhau” não tem berço, isto é, os que não sabem como estar e viver num sociedade que se rege por valores assentes no primado da pessoa humana, com educação, seriedade e respeito, é porque não tiveram berço. Nasceram como todos nasceram mas não foram educados para viver e respeitar os direitos e deveres impostos p ela sociedade. Há outros, porém, que mesmo tendo berço e todas as mordomias de nobreza, nunca souberam, ou não foram capazes, de viver em comunidade, isolam-se e procurando satisfazer o fantasmagórico ego quando chegam a um qualquer poder, mesmo a presidente do clube do bairro, chefe de uma coisa menor e “embandeiram em arco” quando o poder lhes chega sem saberem bem como.
A chegada do Eng. José Sócrates a primeiro ministro de Portugal foi como que ganhar a lotaria sem jogar!, ganhou porque tinha de ganhar, foi obrigado a ganhar as eleições, depois do seu kamarada Dr. Jorge Sampaio ter dissolvido a Assembleia da República e implicitamente ter demito o então primeiro ministro Dr. Santana Lopes que herdou o cargo em virtude da saída do Dr. Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia.
Qualquer governo que viesse a seguir à queda (imposta) do governo do PSD, chefiado pelo Dr. Santana Lopes, estava condenado a ter a maioria. O cenário foi montado para a vitória fácil do PS, fosse quem fosse o candidato a primeiro ministro ou ministro de um Ministério qualquer. Há neste governo PS ministros que os portugueses não conhecem nem nunca ouviram falar porque se torna evidente que a intenção que presidiu à escolha foi a de conseguir um governo descomprometido com as promessas eleitorais então feitas e que se sabia não eram para cumprir. Tudo leva a crer que para este governo de José Sócrates o mais importante é derrubar o governo legítimo da Região Autónoma da Madeira na vã esperança de também aqui vir a ser governo. Só assim se justificam todos os ataques de cariz colonialista que sobre Madeira e os madeirenses têm sido lançados, e em particular a infame perseguição movida contra o presidente do governo Dr. Alberto João Jardim, primeiro responsável pela aplaudida e extraordinária transformação global operada na Região nos últimos trinta anos.
Ter mau berço é também revelar mau carácter, ser mesquinho e actuar com prepotência. O primeiro ministro e o ministro das Finanças, chamaram a si a batalha contra a Madeira, uma forma de se tornarem heróis e chamarem a atenção da opinião pública nacional. Fizeram-se heróis à custa do desenvolvimento da Madeira e subiram para o poleiro dos ataques à Madeira e aos madeirenses, com a cumplicidade e traição dos seus kamaradas, doentiamente derrotados nas eleições regionais da Madeira.
O Prof. Teixeira dos Santos vai ficar na história como o ministro das Finanças que pôs as contas públicas do avesso. As suas máximas de cortar ali, dar acolá e restringir naquilo que lhe convém, está a causar-lhe tiques difíceis de parar. A gestão das contas públicas portuguesas estão a ser criticadas por Bruxelas e a ambiguidade e parcialidade com que está a gerir as finanças vai ficar na história como o controlador-gastador e responsável pelo maior empobrecimento das classes médias e baixas da sociedade portuguesa.
Quando há dias veio a notícia que os melhores ministros das Finanças em Portugal, nos últimos 30 anos, foram, Ernani Lopes e Miguel Cadilhe, a reacção do actual titular do cargo não terá sido de riso amarelo.
Aqueles foram os melhores ministros das Finanças nos piores períodos das receitas públicas nacionais, com os sectores-chave da economia nacionalizados e a torneia dos fundos comunitários ainda sem deitar pingo ou a conta-gotas. O actual ministro das Finanças não governa, desgoverna sem rei nem roque as contas do Estado, toma decisões do mais reles autoritarismo nas Leis das Finanças Locais e nas Regionais, retira (há palavra mais apropriada) dinheiro à Madeira e reforça as transferências financeiras para os Açores, só porque a Madeira está mais desenvolvida que os Açores e que outras regiões do Continente.
É com este e outros ministros, adeptos e defensores do miserabilismo, do analfabetismo e da pobreza envergonhada, que o governo da República vai funcionando e gerindo uma Nação com cerca de dez milhões de cidadãos e que está atolada nos últimos lugares da Comunidade Europeia.
O que o governo da República tem feito à Região Autónoma da Madeira, nos últimos tempos, é uma provocação e uma vergonha em que impera a falta de berço. É estarem a assumir atitudes colonialistas condenando uma Região, que é parte do pouco território que resta do então Portugal ultramarino, que muito tem promovido o País além fronteiras.
Todos sabemos que os governantes e os políticos passam e Portugal continuará, mas nem por isso podemos aceitar esta guerra partidária que o governo PS montou contra a Madeira com o fito claramente explícito de derrotar o PSD nas eleições regionais, em
2008.

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