quinta-feira, 29 de março de 2007

A pior oposição

O PS na Madeira vive da ficção, da dependência do PS de Lisboa, com um pseudo líder regional que aceita ser mandado e usado pelas cúpulas do PS do Continente. Com tanta subserviência e pequenez socialista a Madeira voltaria a ser uma colónia de Lisboa, perdendo autonomia e passando a ser governada pelo telecomando de Lisboa



Velha, gasta e sem projectos, é o que revela a oposição política regional ao PSD. Nem os novos partidos concorrentes apresentam ideias novas e bastou que os seus candidatos “abrissem a boca” para que se ficasse a conhecer quais os seus propósitos. Temos, infelizmente, na Região uma oposição política muito pobre, ora de fraco nível cultural e sem formação para se sentar num parlamento, ora ao pior estilo pseudo-intelectual que fala em defesa da democracia mas que se fica nas tintas para com o povo de que demagogicamente tanto gostam de apregoar.
Os partidos políticos na oposição na Região são, todos eles, pequenos partidos que mantêm na liderança uma casta-burguesa, que vai esgravatando até à exaustão aquilo que humanamente ainda não foi possível o governo realizar, que não arreda pé, que não larga o tacho, e que consegue amealhar alguns votos mais por descontentamento dalgum (pouco) eleitorado do que por aquilo que possam ou venham a fazer.
De volta à campanha eleitoral para a Assembleia Legislativa Regional, por desejo e responsabilidade do desvario dos socialistas, a linguagem áspera, trivial, cega e surda dos “partidos-unidos” para tentarem derrotar o PSD dá para ver que nada de novo vem do lado da oposição. O pior é que esta mesma oposição anda com o blá-blá derrotista e do maldizer desde as primeiras eleições democráticas realizadas na Madeira, vai para quase 30 anos. Todavia, pelo que nos tem sido dado observar, estamos na presença da pior oposição de sempre.
O Partido Socialista é o principal responsável pela má oposição política que há na Região, não apenas por ter sido até agora o maior partido na oposição como pelo comportamento negativo que tem tido e que apenas visa denegrir a imagem da Madeira. Só um cego não vê o que foi feito na Região desde que o PSD passou a ser eleito para o Governo Regional. Porém, os socialistas insistem em dizer mal de tudo e do nada e todos os seus líderes (e já foram muitos os que passaram pela liderança do PS na região, incluindo um continental) nunca foram por diante com as falsas e demagógicas promessas feitas ao eleitorado.
Mas, afinal, que projectos têm os partidos da oposição para a Região Autónoma da Madeira?
O Partido Socialista quer ser poder na Região, arroga-se de ser o único partido na oposição com capacidade para tal, mas onde está o projecto de governo? Que pretendem fazer a bem da Região Autónoma? Onde está o plano governamental dos socialistas? Vão fazer o quê, como e porquê? Vão continuar com a senda de traições para com a Madeira e os madeirenses?
Aceita-se que os outros partidos ditos não socialistas não tenham a obrigação de apresentar ao eleitorado um plano de governo, até porque não se apresentam como candidatos ao poder mas apenas a uma pequena, que seja, representatividade na Assembleia Legislativa Regional. Já o mesmo não ambicionam os socialistas, mas estes ainda não explicaram como querem exercer o poder na Madeira.
O projecto governamental do PSD há muito que é conhecido, claramente identificado e sucessivamente sufragado de acordo com as exigências e ambições dos eleitores madeirenses.
Votar “neste” Partido Socialista, que quer ser governo na Madeira, é votar no escuro ou ainda pior, como se ainda estivéssemos nos primeiros actos eleitorais democráticos, até finais dos anos 70. Nessa altura, não havia o conhecimento que há agora, todos estavam a aprender a votar, todos (...) votavam pela primeira vez. No presente, o eleitorado quase que dispensa as campanhas e sabe, logo à partida, em que partido votar e, fundamentalmente, em quem confiar. Já conhecemos do que é capaz um Sócrates, não queremos na Madeira clones seus.
É difícil para o eleitorado votar num partido que quer ser poder e que não tem um plano de governo, que mantém uma política de “terra queimada” sobre tudo quanto foi feito na Madeira e no Porto Santo em todos estes anos. O PS na Madeira vive da ficção, da frustração, da dependência do PS de Lisboa, com um pseudo líder regional que aceita ser mandado e usado pelas cúpulas do PS do Continente. Com tanta subserviência e pequenez socialista a Madeira voltaria a ser uma colónia de Lisboa, perdendo autonomia e passando a ser governada pelo telecomando de Lisboa.
Nestas eleições regionais, desejadas e forçadas pelos socialistas, o debate da oposição resvala para o escarafunchar da mediocridade, para a maledicência para a mentira ao invés de apresentarem projectos credíveis sobre o que pretendem para a Região.
Todos sabemos que a região deu um “grande salto” nestes últimos 30 anos sob a governação social democrata e aquilo que nos deve motivar, PSD e oposição, é o que é possível fazer a bem do desenvolvimento e que a Autonomia não estagne.
Os governos do PSD têm “obra feita” mas nem por isso o PSD fica acomodado e é ver o seu líder a querer fazer mais e mais, em todas as áreas. Quer o PSD querem os madeirenses e porto-santenses pretendem um cada vez maior desenvolvimento, sendo de desprezar o discursos pobretanas daqueles que pensam que dizer mal do que está feito é derrotar o eleitorado que vê, que não é cego e sabe reconhecer.
Se não houver mudança de discurso, está será a pior oposição que a Região assistiu até agora. Demagoga, burguesa e meramente propagandística.

Sem comentários: