quinta-feira, 18 de agosto de 2005

Socialistas nas Repúblicas

O socialismo é a única ideologia que se confunde com o comunismo e muitas vezes identifica-se com os mesmos princípios e práticas das políticas comunistas. Compreende-se que o comunismo seja o braço-esquerdo do socialismo e que este seja uma espécie de véu que vai procurando tapar as imagens negras do comunismo. Basta rever o que era a antiga URSS, ver como funciona a sociedade cubana e reparar para a política seguida na China. Governos socialistas-comunistas que são blindados, controladores e que passam tempo a apregoar liberdade, igualdade para todos e livre opinião, quando afinal praticam a escravidão, cerceiam a liberdade e cultivam uma democracia doentia e pecaminosa.
Não subestimo a opinião de quem é governante da República, quer em Portugal, no Reino Unido ou nos Estados Unidos da América. Chame-se Sócrates, Blair ou Bush. Mas discordo e tenho o direito de discordar, mesmo que a minha voz não seja ouvida nem as minhas ideias aceites. Pelo facto de escrever regularmente para o JM (como já escrevi para outros jornais) não sou, em termos convencionais, um escritor, mas também não compreendo a arrogância e melindre de “ditos escritores” a denotar intenções corporativistas. Os meus escritos são meras opiniões, pontos de vista, sem fantasias mas com a modesta intenção de ser útil.
Bush é um político americano, líder de uma nação próspera, chefe da “polícia do mundo”. Blair tem a altivez típica do inglês e dá a impressão que faz muita coisa apenas para “inglês ver!”. Sócrates é Primeiro-Ministro de um país metido em crise há vários anos, que chegou ao poder pela mão do seu kamarada Jorge Sampaio, que até Fevereiro de 2006 é presidente da República de Portugal. Uma mesa redonda com estes três políticos deve ser enfadonha como mirabolante. Em conjunto formam uma tríade cambada, com pesos e medidas bem diferentes.
Os ingleses, embora façam parte da União Europeia, não querem nada com a Europa! Não querem a moeda euro (a libra é a moeda mais forte do mundo), não querem ajudar os países mais pobres nem querem quotas de nada. Querem apenas ser os maiores...do nada. A globalização tem para os ingleses o efeito da bolha que pode rebentar a qualquer momento. Já os americanos são “agarrados” à bandeira ao nacionalismo, e mesmo em decadência conseguem passar a mensagem que tudo está sob controlo e a paz é uma realidade. Basta ver o que se passou no Vietname e agora no Iraque. Os portugueses são uns “pobres-ricos”, que tanto enriquecem rápido como empobrecem rapidamente e vivem sempre na esperança sebastianista de serem premiados em qualquer uma lotaria.
Quando criança ouvi dizer que metade dos portugueses vendia lotarias e outras ilusões e que a outra metade vivia na esperança de ser bafejado pela sorte Os portugueses foram os grandes negociantes das especiarias do Oriente, do ouro do Brasil, das matérias-primas africanas e agora beneficiários de avultados apoios Comunitários. Mas a atroz realidade é que os portugueses sempre cultivaram a mentalidade de viver à maneira de “novo rico”.
Portugal enquanto país com potencialidades nunca foi capaz de criar as infra-estruturas necessárias para o desenvolvimento, e nunca apostou verdadeiramente na educação, cultura e na saúde e é por isso que se encontra agora na incrível situação de ser o país mais atrasado da União Europeia.
Muitas das invejas e até ódios que se lançam sobre os governantes e povo madeirense têm, certamente, a ver com a capacidade demonstrada por este povo Ilhéu que soube, em tão pouco tempo, transformar uma Ilha tão atrasada e carente, numa Região que atingiu graus de desenvolvimento global, reconhecido internacionalmente.
Os portugueses estão a ser, propositadamente, distraídos a fim de não darem atenção ao que se está a passar na política nacional e nos conflitos que andam pela República.
As eleições presidenciais e os incêndios que têm estado a “queimar” o continente florestal, tem levado a desviar atenções das coisas que o governo de Sócrates anda (ou não anda) a fazer. O ministro da Defesa, Luís Amado, anda à castanha com as forças armadas e com os polícias. “Vocês é que têm as armas”, terá dito Amado aos seus “subordinados” militares, causando uma reacções de mal estar e a criar dúvidas amargas. Paulo Portas, ex-ministro da Defesa, teve para com as Forças Armadas uma conduta de mútuo respeito, dialogante, e sempre deu atenção aos problemas que foram surgindo. O actual ministro da Defesa não está com meias medidas: penso, digo e faço, ao bom estilo dos governantes ditatoriais socialistas que sempre andaram de mãos-dadas com os kamaradas comunistas. Para quem não se recorde, URSS era a sigla da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Socialistas e não Comunistas. Uma ideologia socialista que deixou em estado de miséria os países do leste europeu e da toda poderosa URSS.
Socialistas nas Repúblicas sempre deram para o torto, principalmente em Portugal. A manter-se esta linha de rumo, o governo de Sócrates arrisca-se a não chegar ao fim do mandato. A não ser que o futuro chefe de Estado continue a ser socialista e feche os olhos às “nuvens negras” que este governo anda a cobrir o país e a intoxicar a opinião pública.

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