Os políticos dos partidos que nunca ganharam eleições na Madeira ainda não viram que quem manda são os eleitores, que os votos são direitos que a democracia concede aos cidadãos e que cada eleitor vota livremente em quem reconhece melhor capacidade para assumir as lides do Governo Regional
Na Madeira as primeiras eleições regionais antecipadas acontecem por “desejo” dos socialistas. Foi o PS nacional e o PS regional que montaram o cenário para obrigar a que o Governo Regional do PSD, legitimamente eleito, se demitisse. Hostilidades do PS que obrigam os madeirenses a votar, no próximo domingo, para um acto eleitoral que só iria acontecer em 2009. Estas eleições não só surgem fora do calendário político como revelam a “guerra” dos socialistas, de lá e de cá, contra o PSD e contra a maioria dos madeirenses que sempre votaram no PSD.
O governo socialista na República entendeu “estrangular” as finanças da Madeira para que o Executivo Regional social-democrata ficasse sem capacidade de governação, vindo posteriormente o líder do PS regional desafiar o líder do PSD a demitir-se para que houvesse lugar a eleições. A “desejo” dos socialistas foi levada por diante e agora só se espera que no próximo domingo haja a máxima participação civica do eleitorado madeirense.
“A inveja mata quem quer e não consegue chegar ao lugar que outros conseguem chegar com tranquilidade”. A frase, da autoria de Thomas Cruise, bem se pode ligar às eleições regionais de 6 de Maio. A campanha eleitoral mostrou claramente a “inveja” hostil do partido socialista e restantes partidos contra o PSD. A exagerada arrogância e falta de nível cívico do PS ficou bem patente na campanha política que hoje termina. Em todas as eleições os partidos que formam a Oposição política ao PSD na Madeira entoam os mesmos sons políticos, falam das mesmas “desgraças”, põem o futuro da Região Autónoma em causa, fazem o discurso do coitadinho e do miserabilismo, dizem mal da “obra feita” e apresentam-se como os “salvadores da Pátria”.
Os políticos dos partidos que nunca ganharam eleições na Madeira ainda não viram que quem manda são os eleitores, que os votos são direitos que a democracia concede aos cidadãos e que cada eleitor vota livremente em quem reconhece melhor capacidade para assumir as lides do Governo Regional. Os votos e as sucessivas vitórias eleitorais do PSD são determinadas pelos madeirenses e porto-santenses e todos sabemos que quanto mais eleitores votam maior tem sido a vitória dos sociais-democratas.
O PSD concorre às eleições para governar a Região enquanto que os seis partidos que fazem Oposição estão mais preocupados em ter representação parlamentar com mais ou menos deputados. O PS diz estar preparado para ser Governo mas não clarificou durante a campanha as bases de tal pretensão. Quanto o candidato socialista a presidente do Governo vem dizer que vai criar oito mil novos postos de trabalho está perante os madeirenses e porto-santenses a dizer uma “piada de mau gosto”. Numa Região como a Madeira facilmente se conhece os alicerces da economia e todos os madeirenses sabem como funcionam as escalas empresariais, os sectores económicos, os projectos viáveis. Prometer e não fazer é o que tem andado a anunciar o PS nacional que ia criar 150 mil novos postos de trabalho e passados dois anos de mandato já deu para ver que afinal é o desemprego eu aumenta. O PS na Madeira, como todos os partidos, tem legitimidade em ambicionar o poder, tal como têm todos os partidos nos Açores e a nível nacional, mas para isso terão que ter uma atitude coerente e de verdade para com os eleitores.
Entre o PSD e o PS, na Madeira, há uma grande distância de princípios e de encarar a Autonomia como um processo dinâmico e cada vez mais universal. A Autonomia que a Madeira tem hoje está longe de corresponder aos anseios dos madeirenses residentes e emigrantes. Os madeirenses não têm um sentimento anti-Portugal, pelo contrário, têm é uma aversão justificada contra alguns governantes do Governo central e também dalguns procedimentos (ou pela ausência de procedimentos adequados) por parte da Presidência da República.
O “défice democrático” na Região propagandeado por figuras primeiras do PS está na garganta dos madeirenses. Dizer que não há democracia na Madeira é dizer que madeirenses não sabem votar, que votem às cegas, quando no Continente e nos Açores a incultura democrática e os atentados à democracia têm sido uma constante ao longo dos anos, desde a data da mudança de regime.
Estas eleições antecipadas foram provocadas pelos socialistas. Mais uma vez o PS prefere a guerra contra o PSD no Governo Regional e em particular contra o presidente do executivo, Dr. Alberto João Jardim, do que o desenvolvimento estável e bem-estar dos madeirenses a todos os níveis. Pode-se compreender o desalento dos políticos socialistas por nunca terem ganho eleições regionais na Madeira, podem estar desiludidos e cansados da política derrotista que têm acumulado, mas não é com cinismo e ataques ao desenvolvimento que a Região alcançou e continua a registar que o PS vai ser poder.
Os eleitores mandam, têm o poder nas mãos através do voto e, no próximo domingo, vão votar em quem reconhecem possuir melhores capacidades para governar. O PSD quer continuar com o projecto de tornar a Madeira numa Região social e economicamente mais evoluída. O PS promete mas não pode cumprir a exemplo do que tem prometido e falhado no governo da República.
A resposta à traição socialista será dada pelos cerca de 230 mil eleitores, ante todos os partidos em presença.
sexta-feira, 4 de maio de 2007
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