quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Um mau governo

As reformas que o governo tem feito são socialmente injustas. A pobreza está a aumentar e 2007 agravará a situação. Governos que governam virados para dentro, para si próprios, empobrecem qualquer país. É o que o mau governo PS está a fazer. Infelizmente


As reformas que o país precisa no ensino, na saúde, na justiça e noutras áreas fundamentais não são feitas, há sempre um adiar de programas eleitorais e promessas por cumprir. Para reformar questões fundamentais que vão pôr em causa o funcionamento de Instituições, Regiões e Autarquias, já há pressa em legislar.
A actuação do governo está a ser nivelada por baixo, fazendo-se notar através de intervenções e decisões contraditórias, voltando as costas às grandes causas para se preocupar com as bagatelas. A Comissão Europeia voltou esta semana a pôr em causa o cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) por parte de Portugal.
Há partidos que não sabem estar no governo ou não sabem governar com maiorias absolutas, exemplo do PS, tomando como seu o destino do país. Podem os socialistas estarem convencidos que estão a governar bem. Até pode parecer, aos mais incautos, que estão a dar o seu melhor, graças á volumosa verba orçamentada para “promoção”, mas o que está à vista é que o país está mais dividido, mais endividado e a perder confiança.
Desde que o governo tomou posse (Maio de 2005) já encerram mais empresas no Continente que em igual período anterior, menos multinacionais se instalram no país e mais empresas de topo encerram as fábricas em Portugal o foram instalar-se noutros países entre os quais em Espanha onde a mão de obra é mais cara.
Este Natal é dos mais penosos para os cerca de 500 mil desempregados em Portugal e para milhares de pequenas e médias empresas que estão à beira da falência. O governo faz vista grossa às pequenas e médias economias pondo em causa milhares de postos de trabalho. Um governo que dá prioridade a um TVG, a um novo Aeroporto na OTA, a uma nova ponte sobre o Tejo, com custos financeiros que davam para modernizar o tecido empresarial de norte a sul do país, é um governo que governa de gabinetes, longe do país tal como é.
Os portugueses são vítimas das opções que tomam quando são chamados a votar. E no entanto temos os melhores trabalhadores do mundo, com uma forte capacidade de trabalho, educação e disciplina, mesmo por parte dos que não tiveram condições para irem mais além nos estudos nem acesso aos cursos técnico-profissionais.
Os jovens e os trabalhadores portugueses não cometem os disparates que cometem uma significativa percentagem dos cidadãos ingleses, alemães, franceses, holandeses e outros que são responsáveis por actos de alguma bestialidade com desrespeito pelos governos e forças policiais, praticando manifestações de violência, consumidores de excesso de álcool e de drogas. Somos um povo inteligente, respeitador, educado e que não se deixa facilmente levar pelas provocações gratuitas.
Os portugueses madeirenses têm demonstrado ser um povo superior porque a insularidade, as contrariedades, os revanchismos e as vinganças obriga-os a temperar bem as ideias e as decisões. É muito mais fácil viver no Continente que nas ilhas, particularmente nas principais cidades, onde há de tudo e o custo dos bens essenciais é mais baixo.
O desenvolvimento que a Madeira e o Porto Santo atingiram, nestes últimos 30 anos, é surpreendente para os portugueses do Continente e dos Açores como para os estrangeiros. Foram precisos apoios financeiros comunitários e do OE mas por muito fundos comunitários que fossem disponibilizados se não tem havido uma planificação de projectos prioritários a Região estaria como estão os Açores e outras regiões com atrasos incompreensíveis quando receberam mais verbas que a Madeira.
É por isso que os madeirenses condenam as decisões do governo socialista da República por considerar que esta Região não precisa de se desenvolver mais e decide aumentar as verbas para os Açores e diminuir para a Madeira. Como se os madeirenses sejam culpados pelo atraso dos Açores que receberam os mais apoios financeiros que a Madeira, desde que Portugal entrou para a União Europeia a 1 de Janeiro de 1986.
Um governo que confunde deveres de Estado com questões partidárias e não demonstra capacidade para fomentar o desenvolvimento global do país é um mau governo.
E não estamos a falar daquelas áreas que o governo evita abordar e que é um flagelo social, como seja a pobreza que faz de Portugal um dos países mais pobre da União Europeia, dos baixos salários e do emprego precário, dos mais ricos e dos pobres mais pobres.
As reformas que o governo tem feito são socialmente injustas. A pobreza está a aumentar e 2007 agravará a situação. Governos que governam virados para dentro, para si próprios, empobrecem qualquer país. É o que o mau governo PS está a fazer. Infelizmente.

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