quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Governo socialista quer a Madeira fora de Portugal

Deixemos o “pó assentar” e as ondas acalmar. Não é o fantasma da FLAMA a enfrentar as “fragatas” e os enferrujados “canhões” socialistas. As armas do século XXI são bem diferentes e a Madeira saberá defender-se, com mais ou menos assomo, das provocações miseráveis e agressivas que o governo socialista está a fazer, nesta altura, aos madeirenses e porto-santenses.



Para os governos socialistas, de forma mais expressiva para o actual governo socialista, a Madeira não deve permanecer como território português. O governo socialista, pelos actos e posições que toma está a considerar a Região Autónoma da Madeira como as “Ilhas Malditas” para Portugal. Querem, a toda a força, que a Madeira passe para a autodeterminação ou independência, para que Portugal fique do Minho ao Algarve até os Açores somente sob as ordens totalitárias do socialismo.
Os cortes no Orçamento do Estado para a Madeira e simultaneamente os reforços financeiros para os Açores e para o Algarve são pequenas gotas do desejo socialista em livrar-se desta Região que é social-democrata em plena democracia. Vir o governo socialista pagar as deslocações dos transportes aéreos das equipas desportivas do Continente à Madeira. incluindo os “milionários” clubes Benfica, Porto e Sporting, e obrigar as equipas da Madeira a pagar as passagens aéreas sempre que se deslocam ao Continente para participarem nos campeonatos nacionais, está o governo da República socialista a montar baterias de revolta e a empurrar os madeirenses para a luta contra medidas figurativamente xenófobas e de vexame nacional.
Não nos surpreenderam, sinceramente, os resultados da recente sondagem sobre se os portugueses queriam que Portugal integrasse o território espanhol e que Espanha passasse a ser o único país da península ibérica. Foi grande a percentagem dos portugueses a quererem que Portugal pertencesse a Espanha. Isto acontece quando à frente da República portuguesa está o partido socialista, com uma governação de promessas por cumprir, com falsas expectativas, fortemente contestado a todos os níveis, e a revelar uma mediocridade governativa que está a desiludir os próprios eleitores que acreditaram e votaram neste governo socialista.
São muitas as indicações que nos levam a interpretar que o governo socialista quer a Madeira fora de Portugal. Não dizem abertamente, mas querem livrar-se dos madeirenses e porto-santenses. A pouco e pouco vão cortanto nas receitas, vão reduzido nas transferências financeiras, vão fechando o cerco legislativo e constitucional, deitam para o caixote do lixo toda a iniciativa do Governo Regional e da Assembleia Regional que visa melhorar a qualidade de vida dos madeirenses. O governo socialista da República entende que uma obra feita na Madeira não tem nada a ver com Portugal.
Quer o governo socialista que os movimentos independentistas voltem a pegar nas “armas” contra as ideologias da governação central. Desenterram a FLAMA (Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira) que teve o mérito de barrar a entrada do comunismo na Madeira e em Portugal. A cobardia não se paga com palavras mansas mas com acções no terreno.
Se os madeirenses quisessem ser independentes da República de Portugal há muito tinham conseguido e por razões muito mais esclarecedoras, justificáveis e sustentáveis que Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné, Angola, Moçambique e o massacrado Timor. A Madeira foi, depois da conquista de Ceuta, em 1415, hoje província espanhola, frente ao rochedo de Gibraltar, a segunda terra onde chegaram os navegadores portugueses, em 1418, ao Porto Santo e em 1419, à Madeira. Mas antes dos portugueses, estiveram nestas ilhas atlânticas navegadores genoveses (italianos), por alturas de 1335, quando ainda os portugueses não tinham iniciado o caminho para a descoberta de “novos mundos”.
Os governos socialistas são politicamente fracos, com uma gestão medíocre, partidariamente vingativos, e têm sido das piores governações que Portugal tem tido em regime democrático. Foram os socialistas que entregaram, com alguma leviandade, as ex-províncias portugueses em África e Timor a “bandos armados”, apoiados pela extinta URSS, por Cuba e pela China, onde o comunismo tinha os seus cérebros da destruição.
Os milhares de mortes, desalojados e retornados foram obra miserável com apoio dos socialistas. Ainda hoje o governo socialista de Portugal “morre de amores” pelos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) do que pela Madeira e por muitas províncias do interior de Portugal Continental. O governo socialista tira ( não me é permitido usar outro adjectivo mais adequado) à Madeira para entregar, de mão beijada, a Moçambique a barragem de Cabora Bassa que “era” património de toda a nação portuguesa.
Os “meninos” que hoje falam do antes e depois da chegada da democracia não sabem o que dizem, falam pelo que lêem nos livros e por aquilo que ouvem dizer, mas quem viveu no antigo regime e na democracia tem outros alicerces para se pronunciar.
Não se pode admitir que um governo da República faça uma governação em função da cor partidária. Nem também que um presidente da República permita que o governo da República governe com “dois pesos e duas medidas”. Bastaria que a Madeira tivesse um governo Regional socialista para receber mais dinheiro do Orçamento do Estado e de ter mais apoios a outros níveis tal como está a ter o governo socialista dos Açores. Isto é a clara evidência que o governo socialista quer ver a Madeira fora de Portugal.
Deixemos o “pó assentar” e as ondas acalmar. Não é o fantasma da FLAMA a enfrentar as “fragatas” e os enferrujados “canhões” socialistas. As armas do século XXI são bem diferentes e a Madeira saberá defender-se, com mais ou menos assomo, das provocações miseráveis e agressivas que o governo socialista está a fazer, nesta altura, aos madeirenses e porto-santenses.

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