quinta-feira, 13 de julho de 2006

Eleitos pela Região aliados dos anti-madeirenses

Por muitos “espiões” e “agentes secretos” que o Partido Socialista, tenha no governo da República, em desfavor da Madeira, sejam ou não deputados ou ocupando outros cargos, os madeirenses nunca vão baixar a cabeça, e é nossa firme convicção que a atitude que o governo PS assume contra o Governo Regional vai ter a resposta adequada.


Um dos males da política democrática é o camuflado aproveitamento malévolo que alguns “derrotados e mal formados” fazem sem olhar a meios e que, pelas suas intervenções, tentam por em causa princípios e valores. Os deputados do PS-Madeira na Assembleia da República, pelo que têm demonstrado e vindo a público, comportam-se como subservientes ao grupo parlamentar, ao partido e ao governo, tudo centrado em Lisboa.
São mais deputados ao serviço do partido e do governo socialista do que deputados em defesa pelos madeirenses que os elegeram. Estão mais ao serviço do partido e do governo do que da Madeira. Precisamente ao contrário, afirmam-se os verdadeiros deputados regionalistas dos outros partidos eleitos por todos os círculos eleitorais do país, do interior ao litoral continental e Açores. Primeiro estão os problemas das regiões que os elegeram e só depois é que entram em defesa, se for caso disso, do governo da República.
A estes procedimentos há quem defina por “incultura política” por não saber separar o trigo do joio. Um deputado por um região não pode votar contra a sua região, não pode trair os seus conterrâneos, não pode deixar-se levar quando em causa estão assuntos de interesse para o círculo eleitoral que o promoveu a deputado.
Os deputados socialistas madeirenses no Parlamento da República, nem têm capacidade e elevação intelectual para se comportarem como os ex-deputados pela Madeira à Assembleia Nacional no anterior regime, integrados na denominada Ala Liberal. Estes estavam sujeitos a regras restritas e tinham que saber aproveitar, palavra a palavra, os seus limitados tempos de intervenção. Em parte estavam obrigados a determinados ditames. Os actuais deputados socialistas da Madeira não são obrigados a ceder mas cedem para agradar aos kamaradas do partido e do governo. Vivem encurralados num estado de direito e de liberdade democrática.
A (grande) diferença é que os deputados da região na Ala Liberal tinham uma capacidade intelectual e cultural muitos furos acima da mediocridade dos que hoje estão na Assembleia da República, desde um Cónego Agostinho Gonçalves Gomes, Dr. Agostinho Cardoso, Dr. Alberto Araújo, Prof. Eleutério Gomes de Aguiar, entre outros. Eram deputados pela Madeira e que sempre defenderam, contra todas as adversidades reconhecidas, os problemas da Região. Eram deputados com D maiúsculo, pondo sempre a Madeira em primeiro lugar. Basta que se leia os diários da então Assembleia Nacional.
Custa a entender que uma região tenha deputados eleitos a “lutar” contra o círculo que os elegeu, contra as pessoas que neles confiaram. Embora se possa entender que, em eleições livres e democráticas, há votos que têm um conteúdo pontual, valem para aquele acto e ficam-se por ali. Foi dada uma oportunidade, para ver de que eram capazes, até que a verdade venha ao de cima e se comprove que afinal os votos foram mal atribuídos. O PS-M muito dificilmente, a continuar nesta cruzada contra a região e a colocar em causa o crescimento social e económico, repetirá o número de votos que obteve nas últimas eleições legislativas.
A política não é feita de ódios, de rancores, nem de vaidades, de arte circense ou de magia. Um deputado não é um zé-ninguém, feito marionete, sem saber o que pode e deve fazer. Os deputados do PS pela região na Assembleia da República, apesar de pertencerem a um partido que está no governo da República, com maioria absoluta, podem não ser marionetes do governo mas o certo é que estão sempre ao lado do governo quando este decide penalizar a Madeira e os madeirenses. Deputados “levados” é melhor não tê-los, podem ser entendidos como traidores à sua própria eleição, a fazer lembrar a Grécia antiga.
Não restam dúvidas que aquilo que é hoje a Madeira, das regiões comunitárias que mais evoluíram, deve-se ao PSD, ao Governo e às Autarquias sob a orientação da social democracia. Foram os madeirenses a construir a Região Autónoma que hoje nos enche de orgulho e é elogiada por quem nos visita.
Por muitos “espiões” e “agentes secretos” que o Partido Socialista, tenha no governo da República, em desfavor da Madeira, sejam ou não deputados ou ocupando outros cargos, os madeirenses nunca vão baixar a cabeça, e é nossa firme convicção que a atitude que o governo PS assume contra o Governo Regional vai ter a resposta adequada.
Pena é que, aqui, na nossa Região Autónoma, haja “espiões” e “bufos” a trabalhar como cordeiros mansos em sectores públicos regionais, a fazer o jogo sujo e de miserável e baixa política partidária.

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