quinta-feira, 6 de abril de 2006

Universidade da Madeira merece respeito

Os intérpretes destas desagradáveis cenas, que não estão apenas a pôr em causa o bom nome da Universidade da Madeira, possivelmente, ainda não se aperceberam do impacto negativo que tais confrontos (alguns a roçar a brejeirice) tem na comunidade madeirense, na família e particularmente nos estudantes de hoje e do futuro, pela imagem negativa que transmitem para o exterior, para todo o meio académico.




É urgente por um ponto final às desavenças e ter o maior respeito pela Universidade da Madeira. A confusão só favorece os detractores e os menos capazes e a história diz-nos que o saber não tem proprietário, nem nome. É necessário usar a razão.
O caso da Universidade da Madeira tem dado lugar a um chorrilho de disparates por parte de pessoas que deviam respeitar em primeiro lugar a Universidade, em segundo lugar a comunidade académica e em terceiro lugar a Região Autónoma e o País no seu todo.
Estamos a falar de uma instituição de ensino superior, de funcionários públicos independentemente do seu grau académico, de uma área que deve merecer todo o respeito por parte de todos os que nela trabalham, do contínuo ao Reitor, dos estudantes e da comunidade em geral. Colocar desabridamente a UMA na praça pública, como veio a acontecer, é degradante para quem integra a nobre instituição de ensino superior.
É completa falta de senso, haja ou não razão desta ou daquela parte.
Uma Universidade, não é um qualquer estabelecimento de ensino como não é lugar para lutas de poleiros, indignidades intempestivas e abordagens públicas como o lavar de roupa suja, algumas das quais claramente exibicionistas, não respeitado aquilo que é o segredo ou sigilo devido por qualquer instituição credível.
Os intérpretes destas desagradáveis cenas, que não estão apenas a pôr em causa o bom nome da Universidade da Madeira, possivelmente, ainda não se aperceberam do impacto negativo que tais confrontos (alguns a roçar a brejeirice) tem na comunidade madeirense, na família e particularmente nos estudantes de hoje e do futuro, pela imagem negativa que transmitem para o exterior, para todo o meio académico.
Quando alguém, com responsabilidade de docente da universidade, vem para a comunicação social afirmar que pode estar em causa o futuro da UMA é dar uma de derrotismo, desconhecer, desrespeitar e estar completamente alheio à luta titânica das entidades governamentais da Região para conseguir que a Madeira viesse a ter uma universidade, (embora não seja a UMA a primeira universidade criada na Região!).
Sabemos que a Universidade da Madeira tem opositores e que nunca foi bem recebida ou acarinhada por certos sectores políticos, situação que se enquadra na recusa doentia de dotar a Região de tutela sobre a nossa Universidade.
Posicionamentos contrários de opiniões acontecem em todas as universidades e institutos de ensino superior, em todos os estabelecimentos académicos, em todos os governos, ministérios, repartições e em todo o mais, no país e no estrangeiro.
A única diferença está na forma e no modo como as diferenças são geridas, com respeito mútuo e com a clara noção que, fora de todas as opiniões, é sempre o chefe quem tem a última palavra.
Enganam-se aqueles que pelo facto de discordarem ou virem para a comunicação social, e por outros meios “atirar pedras” num determinada direcção para atingir um seleccionado objectivo, que saem vencedores, que pretensamete mostraram ser os melhores, que são os mais competentes. Estamos fartos de ver cenas semelhantes na política, nos governos e em todos os partidos, em Portugal e no estrangeiro, o resultado final pende sempre negativamente para os opositores.
Fico desencantado com todo este alarido em redor da “nossa” Universidade. Fico eu e ficam todos os madeirenses que sabem o muito que custou a criação da UMA, dos seus antecedentes até agora.
Os esclarecimentos que foram sendo dados era melhor que tivessem ficado calados. Prejudicaram seriamente a UMA, abriram um grave precedente e deixaram manchas que não serão esquecidas facilmente, como é, a opinião e eco de grande parte ou totalidade, dos madeirenses com quem falamos sobre a situação da UMA.
O falatório à volta da “nossa” universidade desceu muito baixo, chegou ao miserabilismo, e há que tomar medidas para que estas cenas não venham a acontecer. A Madeira não é uma região qualquer no quadro da Comunidade Europeia, não pode permitir esta “má língua” ou tudo quanto possa manchar o bom nome da região, seja a que nível for.
Gostaria que a Região Autónoma da Madeira, podesse um dia, orgulhar-se de ter um verdadeiro Polo Universitário Universal que, pela excelência dos Cursos e dos respectivos Docentes, viesse verdadeiramente constituir um Polo de Ciência de renome internacional. Julgo que este desiderato, a médio ou longo prazo, poderá ser muito mais que um mero sonho ou desejo.

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