quinta-feira, 18 de novembro de 2004

A Madeira fez as reformas que Portugal não fez

Concordo com o Primeiro-Ministro quando diz que doa a quem doer o país tem que andar para a frente, as mudanças têm que ser feitas e a formiga branca tem de ser combatida de uma vez por todas. Basta da incompetência mandar na competência, dos salamaleques do oportunismo que andam encostados aos pilares seguros, minando falsas desgraças e deitando abaixo aqueles que são capazes de colocar o Governo a funcionar melhor e o país a avançar.
As reformas têm de ir em frente, por muito que custe, inicialmente, ao Governo e aos partidos que defendem as reforças profundas. Um Governo que faça política para apenas agradar aos cidadãos e satisfazer ambições de ocasião, sem olhar e ponderar os efeitos no amanhã, está a enganar os cidadãos, a criar ilusões e a levar o país para um atraso que terá custos incalculáveis no futuro.
A política do porreirismo e do facilitismo foi o que sempre praticou o Partido Socialista quando esteve no Governo de Portugal, abanando as saias, bailando ao som das paixões, dando folgas orçamentais e levando a sociedade para um teatro de risos, com música pimba e para récitas sonhadoras. Governar não é favorecer partes e esquecer o todo. Governar é ir em frente e romper com o que está mal, é reformar e reformular sem ceder a pressões, é criar as “novas-avenidas” que venham permitir a Portugal o acesso aos níveis sociais, culturais e económicas da União Europeia.
O Primeiro-Ministro, Dr. Pedro Santana Lopes, disse no XXVI Congresso do PSD, aquilo que muitos sentem que é necessário dizer mas que não têm coragem, acobardam-se e passam a vida a dizer mal mas nunca foram capazes de fazer alternativa melhor. Quem mais - neste país com cerca de 10 milhões de habitantes - tem tido a coragem e a frontalidade de apontar os defeitos e avançar com soluções para a reforma e a modernidade de Portugal como o Dr. Alberto João Jardim? Porquê apoia o líder do PSD-Madeira o líder do PSD-Nacional?.
Porque o PSD-Madeira fez as maiores e mais profundas reformas que Portugal conheceu nos últimos 30 anos. Reformas que tiraram a ilha de uma pobreza profunda para um nível que causa surpresa a quem viu o que era a ilha antes e agora. Mudanças que Portugal (Continente e Açores) não fez com tanta profundidade e que por isso se debate hoje com problemas estruturais que há muito deviam estar resolvidos. A Madeira fez as reformas que Portugal não fez!
O Governo Regional da Madeira soube aproveitar ao máximo os apoios proporcionados pela UE, investiu atempadamente em todas as frentes possíveis, construiu obras sociais como nenhuma outra região de Portugal, e teve sempre capacidade de resposta para os constantes ataques feitos pela oposição que na Madeira faz-se representar na Assembleia Regional com todas as forças políticas.
Tenho a certeza que se o Governo da República, sob a liderança do Dr. Pedro Santana Lopes (com toda a sua equipa competente e coesa) tomar as medidas que têm de ser tomadas, reformar o que tem de ser reformado e avançar sem cedências, vamos ter o Portugal que se deseja que seja desde que o regime democrático foi implementado.
Respeite-se as opiniões e as críticas vindas da oposição, dos sindicatos e de todas as associações e confederações, aceite-se o direito à diferença e não se menospreze os que vivem amarrados à bóia da sobrevivência, mas dê-se um “pontapé para a frente”, tire-se Portugal das armadilhas politiqueiras, do analfabetismo político e da sabotagem eivada de mentiras protegidas pelos falsos donos da razão.
Acabe-se com a estúpida falácia de “quem perde, ganha” e de “quem ganha, perde”. O partido que ganha um acto eleitoral é porque é melhor que os outros partidos concorrentes. Na vida não há suposições mas efectivações. Pode haver por ai muito boa gente convencida que é capaz de... que consegue levar alguém a confiar no que diz. Na prática vamos verificar que nunca fizeram nada lucrativo, nunca ganharam nada. Que currículo, que vitórias, que trabalhados realizados? Na política a reforma é avaliada a todo o momento pelas medidas que são tomadas e pelas obras que são feitas. Podem algumas medidas demorar tempo a dar resultados mas têm, ainda assim, de mostrarem visibilidade, capacidade de execução e objectividade para a data indicada.
O actual Governo de Portugal tem tudo para mudar o rumo do país, de introduzir as reformas há muito pedidas e que a União Europeia há muito espera. Não deixe, senhor Primeiro-Ministro para amanhã o que pode ser feito hoje! Mude, faça, avance, desafie a sua própria inegável capacidade de inovar. Faça, com a sua equipa, o Portugal europeu que todos os portugueses tanto ambicionam. Vá em frente! Tem a Madeira como exemplo.

Sem comentários: