quinta-feira, 4 de novembro de 2004

George W. Bush, o vencedor!

A vitória de George W. Bush deixou muito boa gente com engulho, desesperada, por estarem à espera que a reeleição nunca viesse a acontecer. Não se deram à maçada de ouvir as opiniões imparciais e deixaram-se levar pelos derrotados, pelos anões da política e da democracia. Bush mostrou que é um vencedor e teve a vitória mais saborosa que algum vez um candidato a presidente dos EUA terá tido.
As eleições americanas são sempre notícia de topo mundial. Seja para a presidência ou para outra hierarquia de poder. Ainda que a eleição do presidente do país mais poderoso do mundo tenha efeitos muito mais curiosos, cretinos e até bajuladores. George W. Bush ganhou a John Kerry e vai continuar na presidência dos EUA por mais quatro anos. Todos os que tiveram oportunidade ou que gostam de seguir o que vai acontecendo no país e no mundo tiveram oportunidade de ver, através das várias estações de TV, o candidato a presidente dos EUA que perdeu as eleições fazer o discurso da derrota e cumprimentar o vencedor. Na Madeira… os vencidos fazem o discurso da victória.
O presidente ideal nunca será encontrado, nem na América nem na Europa, e não vale a pena transformar um acto eleitoral como de decisivo para o futuro da humanidade. Em política não há super homens, não há democracia cem por cento permissível a tudo mas há espaço para todos. O povo americano elegeu o seu presidente tal como os portugueses elegem o seu, tal como os madeirenses elegeram há poucos dias o Dr. Alberto João Jardim para mais um mandato de quatro anos.
A escolha do presidente é a vontade expressa pelos eleitores e não por imposição de forças ou lobbies interessados em se apoderarem dos poderes do presidente. A Madeira tem eleições regionais no mesmo ano em que os americanos têm eleições presidenciais. George W. Bush já esteve nos Açores mas nunca visitou a Madeira. Conhece, porém, uma das regiões autónomas portugueses.
A carga que se atirou para cima do candidato republicano foi intencionalmente pesada, um fardo sujo, tentando cozinhar as piores colheitas como se George W. Bush foi um zé ninguém, intelectualmente menor e não merecesse continuar na Casa Branca ou Capitólio. Dá para rir quando vem a presidência do Quénia, país africano subdesenvolvido, considerar Bush de um “monstro” e a América um país de “ricos esfomeados”. Este tipo de acusações trogloditas fazem-nas, algumas vezes, os derrotados da política portuguesa quando se referem à Madeira.
Porque se dispõem as pessoas a olhar para o Afeganistão e o Iraque, e não olhem para o Kosovo, para o Kweit, para a II guerra mundial e para o Plano Marshal. Se os americanos não têm defendido o Kweit aquando da invasão do Iraque, será que o Kweit ainda figuraria no mapa do mundo ou seria mais uma província do Iraque? Porquê, para muitos, custa a aceitar os EUA como a maior potência mundial, por mérito próprio?
Porquê razão aparecem nas televisões quase sempre as mesmas imagens sobre o Iraque, os mesmos ataques, as mesmas destruições, e não aparecem as zonas onde reina a paz, onde as pessoas fazem o seu dia a dia sem guerra, com a normalidade e a liberdade que sempre desejaram ter. Mais ainda quando o território iraquiano é enorme, com lugares, vilas e cidades onde as bombas não caíram nem os combates aconteceram. A quem servem e para que servem as imagens da guerra, os feridos, as mortes, a destruição, as crianças e as mulheres a chorar?
Tudo foi feito para derrotar George W. Bush. Na linha do poder, o presidente dos EUA é inflexível quando toca a defender os interesses do país e dos americanos e segue à risca essa atribuída função de “polícias do mundo”. Quando alguém se destaca é logo posto em causa e não há maneira de fazer sentir às pessoas que quem ganha eleições é porque é melhor que os outros concorrentes. Só deve quem pode dever, só ganha quem pode ganhar.
Por muitas que sejam as reacções contrárias, os EUA nunca vão deixar de serem líderes mundiais em muitas áreas, da ciência à medicina, da química à arquitectura, da engenharia à economia, do país que mais cresce em todas as frentes e que está constantemente a apostar e a avançar em novos desafios, várias frentes.
A vitória de George W. Bush criou engulhos em muitas facções da esquerda e da direita política, deixa marcas vincadas em muitos vilões da política internacional e pôs de cócoras muitos apostadores no adversário principal, John Kerry. Alguns líderes mundiais já mudaram os seus discursos e outros seguem pelo mesmo caminho.
Os americanos acabam de dar mais uma lição de democracia. Sem fantasias.

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