quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Revolta dos derrotados contra os madeirenses vencedores

Na Região Autónoma, nos tempos que correm, não podemos dizer que há políticas de direita e de esquerda, o que há são delegações minúsculas de partidos nacionais onde imperam alguns traidores que funcionam como paus-mandados ao serviço das cúpulas dos partidos sediados em Lisboa



A frustração gera ódios e torna os derrotados ainda mais incompetentes. Desde que o actual governo socialista tomou posse, a Madeira foi tomada como o principal inimigo socialista e dai todas as batarias estarem apontadas contra os madeirenses. Certamente pelo facto do actual governo socialista ter chegado ao poder levado ao colo pelo anterior presidente da República, também ele socialista, não é reconhecida a obra feita nesta Região Autónoma nem as indiscutíveis vitórias eleitorais do PSD-M.
Estamos a assistir a uma revolta dos derrotados claramente contra os madeirenses vencedores, não apenas pelo facto de em todos os actos eleitorais os madeirenses terem votado na social democracia mas também porque o desenvolvimento que a Madeira alcançou deitou abaixo muitos dos colonizadores interesses que vinham do anterior regime.
Todos os partidos da oposição à política social democrata, desde a esquerda à direita, ou melhor da extrema esquerda à extrema direita, estão unidos contra o progresso da Madeira, mesmo sabendo que estão a defraudar os seus princípios ideológicos e a enganar os seus eleitores.
Na Região Autónoma, nos tempos que correm, não podemos dizer que há políticas de direita e de esquerda, o que há são delegações minúsculas de partidos nacionais onde imperam alguns traidores que funcionam como paus-mandados ao serviço das cúpulas dos partidos sediados em Lisboa. Quem ouve os líderes dos partidos PP, PS, PCP e BE, todos eles com fraca representação na Assembleia Regional, fica logo sintonizado com a unanimidade de revolta destes derrotistas dirigentes contra o povo madeirense vencedor.
Pode dizer-se que os madeirenses e porto-santenses já não ligam aos doentios ataques que a oposição vem fazendo há mais de trinta anos contra o desenvolvimento da Região, mas há momentos em que a “raiva” da oposição é tanta que apetece dizer basta!
A democracia não é um caixote de lixo para onde todos podem vomitar ódios das suas frustrações. A esquerda política portuguesa, apoiada pelos socialistas, é a principal culpada de o País estar a viver com uma Constituição amarrada à ideologia comunista e socialista, que emperra as mudanças que há muito se espera que sejam dadas na sociedade portuguesa.
Não devemos esquecer que o Partido Comunista (líder da esquerda política no nosso País e aliado número um do Partido Socialista português) votou contra a adesão de Portugal à União Europeia.
Passados vinte anos de integração do nosso País na Comunidade Europeia é mais do que evidente que os comunistas estão revoltados, derrotados em todas as frentes, porque nunca imaginaram que ao votarem contra a entrada de Portugal na Europa mais desenvolvida viessem a ter como resposta um progresso no País e especialmente na Região Autónoma da Madeira em que todos os indicadores credíveis enaltecem o extraordinário aproveitamento dos fundos comunitários e próprios. E muito menos pensaram que os países comunistas do leste da Europa viessem anos depois a aderir à União Europeia e a tecerem elogios às novas realidades do continente europeu.
Estas e outras frustrações deixam marcas difíceis de apagar. Como não conseguem superar as derrotas acumuladas, os comunistas vão mantendo a política do “falso charme” junto dos socialistas, deixando-se fotografar para a imagem pública, na tentativa de branquearem o erro político cometido.
Desta podridão política entre comunistas e socialistas nasce o ódio contra a Madeira e muito directamente contra o PSD que soma por vitórias todos os actos democráticos eleitorais até agora realizados a nível nacional e regional.
A revolta dos derrotados contra os madeirenses vencedores levou-os, para além da união de forças em torno de todos os partidos da oposição, à procura de mais aliados, sobretudo na área da comunicação social. E, nesta área, estão a conseguir aliados devido à perda de valores que o jornalismo português vem perdendo nos últimos tempos.
O governo socialista sempre fez um velado aproveitamento da comunicação social, não só da pública (RTP, RDP, etc.) como da privada. Aproveitam-se os socialistas e os comunistas do estado em que caiu o jornalismo em Portugal, pouco selectivo e muito auto-confiante, vulnerável. Dai as constantes informações e contra-informações, as notícias bombásticas por dá cá aquela palha, o repisar do menos bom e ignorar o que se fez e há de melhor. A notícia pobre favorece e defende os pobres, os menos capazes, tal como a arma dos derrotados da política está no maldizer por tudo e por nada.
Quando se começa a nivelar por cima, os derrotados da política e o “pobre jornalismo” entram em aflição, ficam desbaratados, não sabem que opções devem tomar. A política do deita abaixo e o jornalismo primário está ao alcance de qualquer um, as dificuldades começam quando o eleitorado e os leitores pedem mais responsabilidade e qualidade na política e na informação.

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