quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Repensar o futebol profissional

Quando as primeiras equipas da Madeira entraram nos campeonatos nacionais de futebol, e já lá vão mais de 30 anos, o governo não gastou dinheiro algum. Durante alguns anos os clubes continuaram a competir nos “nacionais” de futebol sem subsídios oficiais mas, mesmo assim, durante alguns anos, os clubes da Região deram boas provas, com equipas constituídas maioritáriamente por futebolistas madeirenses.





O Governo Regional pede a toda a administração pública, ao sector privado e todos os madeirenses para que tenham em atenção às alterações que vão ter que ser feitas devido à redução de verbas determinadas pelo Orçamento do Estado, da responsabilidade do Governo socialista, e também da diminuição de verbas transferidas pela União Europeia, no período 2007-2013.
A Região Autónoma não vai entrar em colapso financeiro mas todos os madeirenses já perceberam que o corte financeiro feito pelo governo da República vai obrigar o governo Regional a ter que reduzir nalgumas despesas e manter prioridade nos investimentos da área social. Esta é a consciência de todos mesmo daqueles que sempre estiveram contra o progresso da Madeira.
Os clubes (principalmente os que têm futebol profissional), associações e outras colectividades desportivas têm que saber ganhar autonomia económica e financeira, de encontrar alternativas para manterem e aumentarem a sua participação em provas oficiais e continuarem a ser competitivas.
Há cerca de dez anos escrevemos que “os clubes madeirenses, com futebol profissional, andam financeiramente com a ‘corda-ao-pescoço’ e já se provou que não é (só) com os subsídios oficiais que vão conseguir sair da falência técnica em que se encontram”. Dez anos depois, os clubes continuam a viver com dificuldades financeiras, sem receitas próprias para fazer face às despesas correntes e outras que estão a assumir.
Para salvar os clubes de caírem na bancarrota a solução passa (na nossa perspectiva) pela necessidade de uma união de esforços traduzida pela criação de um “Clube Único”, “Representativo”, ou que se queira chamar. Esta é a saída mais racional e mais responsável de todos aqueles que gostam do futebol e querem ver a Madeira a lutar pelos lugares cimeiros da Liga profissional e com uma regularidade substantiva nas provas da UEFA. A referida união de esforços não obriga necessariamente a fusão dos clubes nem se impõe que o eventual “Clube Único” tenha que começar, desde a sua fundação, pela competição mais alta do futebol profissional português. Tempo é dinheiro e temos tempo para lançar os alicerces, começar por baixo, fazer o percurso de acordo com a lei federativa, até chegarmos onde a Madeira deve chegar.
A carreira do “Clube Único” pode levar 5 a 7 anos até chegar à Liga profissional, mas é com esta coerência e sem exageros e perdas irrecuperáveis que podemos colocar o futebol madeirense no patamar mais alta do futebol nacional, mesmo considerando os imprevistos em que o futebol é fértil.
Mantendo-se o actual figurino e os actuais subsídios oficiais, torna-se legítimo perguntar aos Clubes que projectos têm de auto-sustentabilidade para os próximos dez anos e com que meios financeiros pretendem continuar a participar nas competições nacionais sem os subsídios oficiais, pelo menos nos moldes actuais.
Terá o Governo “obrigação” alguma de manter subsídios aos clubes mesmo quando estes não correspondem com resultados desportivos e se continua a verificar que a aposta na formação de atletas madeirenses é quase nula se atentarmos na constituição das equipas ?
Evidentemente que os clubes são livres de optar por aquilo que melhor entendem ser a defesa dos seus interesses, agora não podem é continuar à espera de subsídios para determinarem o rumo a tomar. Espera-se que os responsáveis pelos clubes tenham pleno conhecimento da nova fase de contenção de despesas que está a entrar em vigor. A gratidão não é “passar uma esponja” por tudo quanto os clubes receberam.
O “Clube Único” é no fundo um desejo de todos aqueles que gostam do futebol, até daqueles que têm paixões clubísticas como nós. Como ninguém tem dúvidas que qualquer que fosse o eventual consulta (Referendo) sobre o “Clube Único” este sairia, sem dúvida, vitorioso.
Já sabemos que as reacções contrárias serão muitas, mas as reacções favoráveis (dos que não pensam com os pés), serão esmagadoramente muito mais. O “Clube Único” não é, de modo algum, um meio para pôr fim aos actuais clubes com toda a sua história e património que possuem. Os clubes possuem já os seus complexos ou campos desportivos ( graças ao Governo Regional) e provas para competir consoante as suas capacidades financeiras próprias, como acontece com muitos outros clubes que estão a competir na Liga do futebol profissional em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Inglaterra e em muitos outros países.
O Governo Regional não pode continuar a subsidiar clubes, associações e outras colectividades desportivas, quando se vê confrontado com a redução de verbas do Estado e da União Europeia. Os clubes têm que ser autónomos na sua gestão, sem terem que gastar dinheiro oficial, encontrando meios para obterem receitas a fim de cobrirem as despesas que tem que assumir. Nesta configuração, seria também uma boa oportunidade para saber se aqueles que hoje correm e investem tanto na promoção da sua própria imagem para serem presidentes de clubes, continuariam, com propósitos tão firmes a liderar os clubes.
Por fim, este eventual “corte” que o Governo Regional possa vir a dar nos “dinheiros” atribuídos aos clubes até não deve ser visto como de invulgar.
Quando as primeiras equipas da Madeira entraram nos campeonatos nacionais de futebol, e já lá vão mais de 30 anos, o governo não gastou dinheiro algum. Durante alguns anos os clubes continuaram a competir nos “nacionais” de futebol sem subsídios oficiais mas, mesmo assim, durante alguns anos, os clubes da Região deram boas provas, com equipas constituídas maioritáriamente por futebolistas madeirenses.
A memória é relativamente recente. O “Clube Único” não visa acabar com os actuais clubes, antes pelo contrário, incentiva-os a lutar para serem cada vez mais fortes e mais competitivos.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

As garotadas e os três “SSS” socialistas

As querelas entre o governo socialista no país e o governo social-democrata na Região ajudam a perceber as posições agarotadas dos meninos de fraldas. Zangados por nunca terem ganho eleições na Madeira, os meninos socialistas recorrem a tudo quanto está ao seu alcance para enfraquecer os madeirenses. Atiram-se contra o presidente do governo Regional, líder do PSD-M, como cães raivosos e famintos



Discípulos de Soares estão a regressar à cena política a reboque de Sócrates que por sua vez chegou a Primeiro-Ministro ao colo de Sampaio. Os três esses da fortuna partidária fazem sair da toca uns oportunistas saltimbancos, moços de recados, que tanto trabalham para o partido como mudam o palavreado idiota para alimentar um doentio egocentrismo. Ninguém os quer, poucos reconhecem o valor que dizem ter, mas há sempre uma alma caridosa que lhes dá a mão, quando caíram no desemprego e o partido socialista os deitou pela porta fora.
O partido socialista e os governos socialistas sempre foram refúgio e palco promocional para pessoas que de partidários do socialismo pouco ou nada têm. Foi o único partido em Portugal que até à data concorreu com dois políticos à eleição para a Presidência da República, Soares e Alegre. Soares apoiado pelo partido, mas não pela maioria dos socialistas filiados, Alegre apresentou-se independente, sem apoio do partido, mas acabou que obter mais votos que Soares.
É este, em parte, o espelho do partido que é governo em Portugal. Não nos levem a mal, mas há muita garotada a entrar e a sair do partido socialista. Há uns que fazem a “via sacra” sempre como ideólogos do partido e até conseguem saltar de tacho para tacho sem terem dado provas de competência. Escrevem com recurso às metáforas, movimentam-se na ambiguidade, e cheios de ódio vão atacando cobardemente pessoas que não conhecem, nem de perto nem de longe.
Passados mais de três décadas o partido socialista vive da “importância” de meninos com fraldas à data de 25 de Abril de 1974. A cada momento, deixam escapar a mentalidade tacanha que têm, reagem como putos zangados por ninguém os reconhecer e por nunca terem saboreado o gosto das vitórias eleitorais.
Alguns deles traíram a entidade patronal, foram postos na rua, o partido socialista deu-lhes a mão, mas não os suportou por muito tempo e foram postos a andar. O partido socialista cedo chegou à conclusão que os “garotos” afinal tinham mais garganta que inteligência e não valiam o que diziam valer.
As querelas entre o governo socialista no país e o governo social-democrata na Região ajudam a perceber as posições agarotadas dos meninos de fraldas. Zangados por nunca terem ganho eleições na Madeira, os meninos socialistas recorrem a tudo quanto está ao seu alcance para enfraquecer os madeirenses. Atiram-se contra o presidente do governo Regional, líder do PSD-M, como cães raivosos e famintos.
A zanga dos meninos do PS não é propriamente contra o desenvolvimento que a Região registou nas três épocas de governação social-democrata em regime democrático, não é por ter sabido administrar, no tempo oportuno, as comparticipações de verbas comunitárias, não é contra o off-shore ou contra os famigerados 140 milhões de euros de capitalização, é descaradamente contra o Dr. Alberto João Jardim pelo facto de ter levado a Região a chegar a um patamar de crescimento e desenvolvimento superior ao do Continente e dos Açores.
Os meninos socialistas querem a toda a força que o líder do PSD-M se retire da política activa. Meninos que estão no governo e por outras bandas a fazer de conta. Ficavam satisfeitos se a Madeira estivesse atrás do Continente e dos Açores, fazia-lhes bem ao ego, e na pobreza generalizada, tinham oportunidade de escrever e fortalecer os tais doentios procedimentos. Continuem a cuspir na sopa, a olhar para o cimo da escada, desejosos de, a qualquer preço, atingirem o topo.
Deviam saber que das garotadas socialistas os sociais-democratas há muito estão vacinados.
Deste governo da República temos já a certeza que não irá concretizar o que muito prometeu em campanha eleitoral, e dos penduras do partido muito menos esperamos qualquer coisa de positivo.

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Deixá-los de “boca-aberta”

São nestes momentos, de “diabólica aliança” contra as conquistas autonómicas alcançadas pela Madeira que aparecem os “coveiros” e “abutres do sistema” que tentam chamar a si a liderança da confusão e, porque “mandam” nos vários meios da comunicação social, no meio de tanta ignorância, conseguem baralhar o que cada um pensa e sabe.


Temos ouvido nos últimos dias opiniões sobre as actuais relações entre os governos da Região e da República que são obras-primas da estupidez. Uns “líderes de opinião” que se limitam a comentar o que os outros dizem, a esgaravatar em terrenos que não conhecem, mostrando quanto há de desinteligência ou desinformação na sociedade em que vivemos.
Que o governo da República esteja a ser vilão, a provocar irritações e a tentar lançar a isca para a revolta, num quadro de má política partidária até não é descabido, sabendo-se de quem se trata. Compreende-se que toda a oposição política esteja contra o PSD da Madeira. Afinal já lá vão mais de 30 anos e nunca a aposição conseguiu vencer um único acto eleitoral na Região. A derrota dói e causa transtornos psicológicos.
Que os partidos compitam entre si para ver quem vai ganhar, até é saudável e faz parte da democracia. Já não é saudável é ver uns “opinadores” que aparecem na televisão e nas colunas de alguns jornais a debater factos sem estarem por dentro das causas e dos efeitos. Fazem-nos lembrar aqueles adeptos do futebol que assistem aos jogos na bancada e passam o tempo a dizer mal dos árbitros, dos treinadores e até dos jogadores.
Ao menos que tragam coisas novas para os debates, que tenham o cuidado de se informar o melhor possível, em vez de andarem a escarafunchar sobre questões que conhecem pouco ou mesmo nada.
Julgávamos que os bufos do sistema já tinham sido todos “enterrados”. Mas, pelos vistos, continuam e em maior quantidade, de boca-aberta, à imagem patética, sobre o que vai acontecendo. Não conseguem ver o triste espectáculo que dão ao tentarem dar uma de “quem sabe” quando pouco ou nada sabem. Vê-los na televisão então é de bradar aos céus.
A política, o voto democrático, a liberdade de expressão, a governação, o parlamentarismo, o poder local, a justiça, o ensino, a saúde, são áreas extremamente complicadas e levam muitos anos a saber lidar em determinações situações e momentos. Não é um cidadão qualquer (principalmente em Portugal que tem uma liberdade de imprensa e de expressão há poucos anos) que possa opinar sobres estas e outras áreas. Do futebol podemos dizer de tudo porque, neste caso, o tudo pouco ou nada vale.
A opinião precisa de uma base muito importante e que tem a ver com a idade e vida de cada um. Um cidadão de 20 anos tem uma opinião diferente de um que tem 30 anos, e assim sucessivamente. A “velhice”, como se dizia na gíria da tropa, é um “posto”! Pela experiência, pelas fases sociais e profissionais participadas, pelas mutações políticas e económicas. Deixem-me que vos diga que o “inferno” português tem muito a ver com a imaturidade da maioria dos nossos políticos. Chegam ao governo com o “sangue na guelra” e muitas vezes não dão valor ao que existe de bom e logo mudam tudo e todos sem olhar a custos e respeitar a opinião dos mais experientes.
Ainda esta semana ouvia um crítico comentário sobre a greve dos professores. Diziam que os professores já estão muito bem pagos em relação aos outros funcionários públicos e, por tal, não havia razão para fazerem greves. Claro que estas como possivelmente outras pessoas não compreenderam a causa da greve dos professores. O protesto está na carreia profissional e não na tabela salarial. O mesmo se fala da dívida pública, das verbas que são retiradas, da capitalização (que poucos sabem o que é!), das reformas e do trabalho. Não se sabe o que é mas fala-se, dá-se opinião nos jornais e na televisão.
São nestes momentos, de “diabólica aliança” contra as conquistas autonómicas alcançadas pela Madeira que aparecem os “coveiros” e “abutres do sistema” que tentam chamar a si a liderança da confusão e, porque “mandam” nos vários meios da comunicação social, no meio de tanta ignorância, conseguem baralhar o que cada um pensa e sabe. A maturidade e a experiência activamente participada durante anos, onde tudo está em mudança, dá aos políticos no activo um acumular de experiência que não havia nos primeiros anos da democracia.
Alguns ainda andam por ai de “boca-aberta”, pensando que conseguem fazer melhor. Não conseguem ver que nada têm para descobrir ou ensinar.. Não temos dúvidas, que a Região tem hoje condições para realizar uma manifestação pública monumental contra o governo da República, se à frente da iniciativa estiver o PSD-Madeira. Como não temos dúvidas que o PSD voltará a ganhar as próximas eleições na Região Autónoma. Deixando alguns experts de boca-aberta.