quarta-feira, 30 de novembro de 2005

Os inimigos da Nação

Será que os portugueses do Continente conhecem a “nova” verdadeira farsa colonialista, as intoleráveis perseguições e os atentados que os governantes da República e os políticos que vegetam à volta dos defensores do colonialismo cometem diariamente contra os madeirenses, nomeadamente o facto de serem caloteiros e não pagarem o que devem à Região e não honrarem os compromissos anteriormente assumidos pelo Estado?




Os inimigos da Nação são todos aqueles que se opõem ao progresso de uma e de todas as parcelas do território português e que têm o estigma de “vendilhões da Pátria”, em tempos que já lá vão. Os inimigos da Nação não estão com o povo nem estão preparados para defender a Nação ao lado do povo. Geralmente andam pelos corredores dos palácios do poder, pelo parlamento da República, nas cadeiras governamentais, bem longe do país que somos, e da Pátria que foi sendo construída ao longo dos anos. Os inimigos da Nação são os que falam da Pátria e dos portugueses sem conhecerem Portugal. Não conhecem nem fazem por conhecer, razão porque existe tanta má vontade, ignorância e estúpida maldade.
Alguém dizia que “os maiores inimigos dos portugueses são os portugueses”; nós acrescentamos que os maiores inimigos do progresso do país são os governos centrais, os governantes e os políticos que revelam desconhecimento sobre as realidades nacionais e Regionais. Veja-se quantos ministros, secretários de Estado e sub-secretários de Estado já passaram pelo governo nos últimos 20/30 anos (dezenas, centenas...). Alguns nem chegaram a aquecer o lugar que assumiram “cumprir com lealdade” o seu mandato; outros foram obrigados a renunciar o cargo por eventuais envolvimentos incompatíveis com as funções de governante; outros abandonaram a chefia do governo depois de terem prometido mundos e fundos, etc. etc. Dos muitos governantes (dezenas, centenas...) poucos deixaram marcas de “boa memória” a que não está alheio o fraco desenvolvimento que o país tem tido.
Neste rodopio em que vive o governo da República, não há tempo para parar nem para pensar, para aprofundar e estudar as questões, para conhecer e debater antes de propor e levar à aprovação qualquer tipo de legislação. Os governantes estão sempre de passagem, a responsabilidade das decisões é sempre passageira, façam bem ou mal quando as eventuais falhas são detectadas já estão não se encontram na cadeira do governo. Responsabilidade pelo mal feito, nenhuma! Como diz o povo, “quem vier a seguir que apague a luz, se ainda houver luz!”.
Alguém disse já que “o importante não é ser ministro mas sim ter sido ministro”. Este modo de estar nos governos centrais e na política tem prejudicado muito as Regiões Autónomas.
No fundo, porque falham os governos centrais nas relações com as Regiões Autónomas, nomeadamente com a Madeira? Porque será que quanto maior é o desenvolvimento da Madeira, maiores são os sentimentos de revolta e maldizer dos governantes da República contra os madeirenses? Será que se a Madeira não tivesse o desenvolvimento sustentável que já atingiu os governantes da República seriam menos arrogantes, mais educados e mais respeitadores dos interesses dos portugueses deste lado do atlântico?
Será que os portugueses do Continente conhecem a “nova” verdadeira farsa colonialista, as intoleráveis perseguições e os atentados que os governantes da República e os políticos que vegetam à volta dos defensores do colonialismo cometem diariamente contra os madeirenses, nomeadamente o facto de serem caloteiros e não pagarem o que devem à Região e não honrarem os compromissos anteriormente assumidos pelo Estado?
Será que se os madeirenses vivessem hoje em barracas (furnas e palheiros), tendo como principal sustento a pobre agricultura, estivessem limitados a meia dúzia de escolas, fossem obrigados a emigrar para poderem sobreviver, não tivessem nas suas pobres e frágeis habitações água potável, luz eléctrica, telefone, estradas, transportes e ausência de outros meios de primeira necessidade, os governantes da República não fariam os inconcebíveis ataques que andam a fazer contra os madeirenses?
O que leva os governantes da República, e alguns políticos que nunca estiveram no poder nem nunca lá chegarão, a mentir e vomitar ódio contra os madeirenses quando deviam estar do mesmo lado da trincheira a lutar por um Portugal melhor e mais desenvolvido de norte a sul do Continente e Regiões Autónomas.
Que mal fizerem os madeirenses para que os governantes da República tenham comportamentos de “gatos assanhados” contra tudo quanto seja factor gerador de mais progresso de Portugal nas ilhas? A guerra à Zona Franca é uma vergonha; o uso do Palácio de São Lourenço para residência do representante da República e pelo Exército é outro atentado; A não permissão das fortalezas para a tutela da região é outra doentia provocação.
Os governos da República têm vindo a comportar-se para com a Madeira com uma desconfiança aterrorizadora, vêem nos madeirenses os inimigos da Nação, temem lutas onde há paz, vêem inimigos numa população que muito tem contribuído para o prestígio de Portugal e vivem obcecados por batalhas imaginárias! Por tudo quando temos vindo a assistir, confirma-se que os inimigos da Nação estão nas cadeiras do poder em Lisboa, pelo menos nas relações para com a Madeira.
Situações e atitudes destas fazem-nos meditar nos acontecimentos de 1 de Dezembro de 1640.
Os factos estão à vista, podem e devem ser consultados.

quinta-feira, 24 de novembro de 2005

Segurança é fundamental

Está confirmado que a segurança está nas pessoas, nas comunidades, nas sociedades justas e organizadas. Não se pode pedir segurança numa sociedade onde simplesmente há o estúpido catálogo de “pretos e brancos”, “milionários e pobres”, “cultos e analfabetos”.



Todos os inquéritos feitos aos turistas que se encontravam em Paris, por altura dos distúrbios que ocorreram nos subúrbios da capital francesa, conduziram sempre a uma mesma resposta central: “segurança, é preciso que haja segurança”.
Se formos para os países do médio oriente, para a Ásia, América Latina ou do Norte, para o leste da Europa, a resposta é sempre a mesma “segurança”. As pessoas pedem segurança porque sentem-se inseguras, porque vêem que o mundo está a perder estabilidade e autoridade, porque deixou de haver respeito pelas instituições e perderam-se princípios de conduta que primavam pelo respeito para com os outros.
O mundo está instável, perdeu âncoras que suportavam a sociedade e não deixavam que os baloiços andassem ao sabor dos ventos e marés. Sem segurança vive-se no medo, na ansiedade do que poderá acontecer ou não, retraindo-se quando se devia avançar, lutar pelos pressupostos da globalização partilhada com lealdade, entreajuda, amizade e respeito mútuo. Os desacatos em Paris e arredores são condenáveis por muitas que sejam as assimetrias existentes na sociedade francesa. Não é destruindo que se põe um mundo em construção, não é contestando que se consegue valorizar os nossos ideais nem é com malcriações e falta de respeito para com os outros que conseguimos fazer valer ou alcançar os nossos propósitos.
A Madeira é de facto um “paraíso de segurança” se compararmos ao que vai pelo mundo. Sem que com isto queiramos dizer que não haja focos esporádicos de alguma atitude menos estável. O “paraíso” está exposto a tudo quando vai acontecendo pelo mundo e as repercussões, ainda que palidamente, vão chegando a toda a parte. A Madeira dá aos residentes e turistas uma estabilidade como não vamos encontrar em muitas regiões da Europa e do mundo, não apenas em termos de bem-estar e sentir-se em segurança como em qualidade de vida.
O mundo está a ficar inseguro, os cidadãos levantam questões para as quais não recebem respostas. As falhas e as incompreensões proliferaram nos últimos anos, o bélico expressa-se de várias formas, e todos sentem que viver com as portas e janelas abertas faz parte do passado. No presente, todas as trancas devem ser colocadas nas portas e janelas, sejam nos edifícios da economia, da justiça, do ensino, das finanças, da política e até da religião. O mundo moderno traz-nos outros deveres e obrigações, as vias rápidas, as ligações planetárias, as tecnologias, são produtos da nova era mas não devem ser encarados como produtos do fantástico e do maravilhoso.
A segurança tem de continuar a ser a mãe de todo o bem-estar social. Seja na sociedade civil ou militar, nas ruas e praças das nossas cidades ou nos campos de guerra. Quando há uma mina que rebenta por debaixo de uma viatura militar, apesar de todos os cuidados eventualmente tidos, é porque não terão sido tomadas todas as medidas de segurança, mais a mais quando o carro circula numa estrada de terra batida.
A morte do militar português destacado no Afeganistão tem um pouco a ver com a tal insegurança que sempre existe. Reprovável e intolerável é o aproveitamento despropositado que o governo de Lisboa fez, promovendo um verdadeiro show-off, profusamente difundido pelas televisões, bem à maneira portuguesa, do apego ao mórbido, e que, a par da insistente campanha a favor da (má) decisão da Ota e da maledicência, diariamente debitada nas televisões, pelo candidato Mário Soares, contribuíram para desviar as atenções aos atropelos que o povo vem, diariamente sendo sujeito.
Difíceis de prever são as reacções que demandam de classe sociais intoxicadas de promessas dos políticos. Nos arredores de Paris há bairros com milhões de pessoas desempregadas e sem meios para sobreviver, mas o mesmo vamos encontrar na periferia de Lisboa, com bairros em piores condições de segurança que os bairros franceses, e os políticos da capital e do próprio governo da República levam anos a prometer alterar a degradante situação e nada fazem. Situações idênticas encontramos na periferia do Porto e noutras zonas periféricas das principais cidades do país. A revolta feita a partir do estado de pobreza em que vivem as pessoas tem um outro sentido e um sentimento de descontentamento que deve ser maduramente interpretado.
Está confirmado que a segurança está nas pessoas, nas comunidades, nas sociedades justas e organizadas. Não se pode pedir segurança numa sociedade onde simplesmente há o estúpido catálogo de “pretos e brancos”, “milionários e pobres”, “cultos e analfabetos”. Pode-se não mudar a cor das pessoas, nem há interesse nem se pode, mas já podemos dar um equilíbrio social, construir uma sociedade mais igualitária, promover os valores culturais e educativos, sem que com isto estejamos a criar a demagógica sociedade socialista-comunista que promete tudo para todos e no fundo são os primeiros a criar aldeias isoladas vivendo na pobreza, tal como vamos encontrar nos “paraísos” comunistas da Europa do leste, em Cuba e nalguns países asiáticos.
A segurança é fundamental. Os distúrbios nos arredores de Paris e na própria cidade parisiense deixaram marcas violentas que contradizem com a paz podre e a segurança que pensamos sempre existir.

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

O dilema do governo da República

O grande dilema dos governantes da República é terem ideias fixas mas desconexas sobre a Madeira do antes e depois da “conquista” da Autonomia. Confundem-se a si próprios e confundem os outros. Julgam que as antigas designações de Ilhas Adjacentes ou de Distrito Autónomo (que de autónomo nada tinha) ainda prevalecem.




Para quem vê de longe o posicionamento do Governo da República para com a Região Autónoma da Madeira dirá que se trata de dois países distintos e que o territorialmente maior quer apoderar-se da pequena e próspera Ilha atlântica a qualquer preço. Nos anos 30 do século XX, o Governo da República fez deslocar para a ilha navios de guerra e militares para combater os madeirenses praticamente desarmados de material bélico. Foi dos momentos mais hilariantes da governação ditatorial e colonialista portuguesa. Isto dizia bem o que pensavam os governantes da época que foram carrascos para com os madeirenses, desprezaram os ilhéus e fizeram da ilha uma prisão tal era a miséria que por ai proliferava.
Pelos actos e factos registados desde que a ilha passou a estar sob o domínio português (a ilha foi primeiramente descoberta pelos navegadores genoveses no século XIV), os governantes da República parecem ter ódio contra os madeirenses. Um ódio que têm vindo a promover ao longo dos anos e que, por desconhecimento, leva a que outros portugueses naturais do Continente tomem como certas as guerras geradas e alimentadas pelo Governo da República. Encontramos muitos continentais que depois de conhecerem a Madeira e o Porto Santo ficam surpreendidos com as “guerras” que ouvem dos governantes do poder central contra a região. Um significativo número de cidadãos do Continente depois de conhecerem a realidade regional decidem mudar-se para a ilha, aqui exercendo as suas profissões e aqui residindo. Não se pode considerar estes continentais são menos inteligentes ou menos patriotas que aqueles que fazem a sua vida no território continental.
Se, como parecem fazer crer, a ilha da Madeira incomoda muito o Governo da República e as suas sumidades governamentais, tenham a coragem de proceder com a Madeira da mesma maneira que tiveram para com as ilhas de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e com Timor. Não se esqueçam que os madeirenses já por mais de uma vez, em consciência, deram sinais de estarem preparados para viverem como país, independentes, com auto-determinação, a exemplos das ilhas atrás citadas bem como das ilhas de Malta e de Chipre, Estados membros da União Europeia desde 1 de Maio de 2004.
O grande dilema dos governantes da República é terem ideias fixas mas desconexas sobre a Madeira do antes e depois da “conquista” da Autonomia. Confundem-se a si próprios e confundem os outros. Julgam que as antigas designações de Ilhas Adjacentes ou de Distrito Autónomo (que de autónomo nada tinha) ainda prevalecem. Os continentais de idade mais avançada e que conheceram a ilha nos tempos da pobreza e da “escravatura da colonía”, ainda recordam a “ilha bonita”, das serpenteadas estradas impressionantes junto ao mar, dos caminhos de terra e dos carros de bois, do elevado analfabetismo, dos homens nos”poios”de sol a sol, dos famintos e da ausência de perspectivas que os obrigava a terem de embarcar para países distantes e desconhecidos.
Alguns procedimentos que os governos da República têm tomado são de “guerra contra a Madeira”, de um mando e posse inaceitável, de uma arrogância por vezes intolerável, dando a entender que os madeirenses sem o Governo da República portuguesa andariam à deriva no atlântico, incapazes de se governarem.
Basta, senhores governantes, de tanta “maldade” e bazófia contra os madeirenses. Se não querem ver Portugal crescer e evoluir fora do rectângulo continental, tenham a coragem de dizer o que pensam e o que querem.
Mas basta de tanta ignorância, de tanta hipocrisia e de tanto ódio contra os madeirenses e porto-santenses. Talvez, haja mais patriotismo português nas ilhas que em muitos dos que passam pelo Governo da República. Temos a certeza, por tudo quanto vimos, lemos e ouvimos até agora, que há muitos ministros, secretários de Estado e outros continentais com funções governativas que não conhecem ou conhecem muito mal a realidade Madeira. Falam sem saber ou fazem pré-juízos idiotas.
Se o Palácio de São Lourenço, que nas condições actuais representa um atentado aos Madeirenses de hoje e um resquício impotente do colonialismo, estivesse em Timor ou noutras as ilhas que os governantes da República, sem quaisquer referendos, concederam a independência, já há muito estaria transformado noutra coisa (!) qualquer, que nunca residência de militares nem de representes da República. Mas em Timor foram precisos actos bárbaros, de muitas torturas e muitas mortes, para que a bandeira Timorense subisse no mastro e descesse a bandeira Portuguesa.
Não é isso que os madeirenses querem para a sua ilha. Se fosse esse o desejo há muito que “algo” teria acontecido por muito forte que fosse a oposição. Quem tem que ultrapassar o dilema criado pelo governo da República é a República. Nós, os madeirenses, apenas estamos atentos e empenhamos numa Região, cada vez mais próspera e verdadeiramente Autónoma.

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Autarquias merecem muito mais

O Portugal de hoje não se satisfaz somente com fado, futebol e folclore, muito menos com as promessas maquiavélicas que alguns políticos vão alegremente apresentando.
As Autarquias, os Portugueses, merecem muito mais.
Venham à Região Autónoma da Madeira ver como é possível transformar e desenvolver Portugal.
Em visitas de trabalho, claro!



O Poder Local em Portugal está a ser tratado pelos sucessivos governos da República como instituições de segunda, sem direito a ter meios suficientes para fazer tudo aquilo que lhe está legalmente atribuído. A verba do Estado consignada ás Autarquias, representa apenas cerca 0,5 por cento do valor do PIB do país. É um paradoxo. O governo dá poder mas não dá meios. Trata as Autarquias como parentes pobres e as populações do país real como cidadãos sem direitos iguais aos que vivem nas grandes capitais do país.
De um modo geral, os 308 municípios portugueses, 11 dos quais na Região Autónoma da Madeira, não conseguem fazer aquilo que os munícipes legitimamente desejam e reclamam. Sempre que os governos centrais entendem fazer cortes nos orçamentos os primeiros a serem atingidos são os municípios. Os governos fazem sempre o discurso da poupança e do apertar do cinto mas são sempre os mais gastadores e os que mais dívidas acumulam quase diariamente.
Portugal foi governado durante cerca de 40 anos por um professor de finanças (Oliveira Salazar), que ao menos sabia fazer contas e apertava o cinto a todos, sem excepções. Não desenvolveu o país como devia ter feito mas também não esbanjou orçamentos do Estado e deixou um fortuna incalculável (não só em barras de ouro) que permitiu que Portugal não caísse às mãos da caridade alheia tão ao gosto dos socialistas e comunistas, tal como fizerem nos países africanos e em outros continentes.
Há alguns anos a esta parte, têm sido os governos da República os maiores gastadores do país, acumulando défices atrás de défices, quer internos como externos, muitos dos quais só chegam ao conhecimento dos portugueses por intermédio das recomendações vindas de Bruxelas e de outras instituições internacionais, caso contrário ficávamos sem saber como vão as contas do país.
A dívida do Estado aumenta quase diariamente ao contrário do que diz o governo central. As contas andam furadas há muitos anos e vão se agravando. Se ao menos houvesse obra, crescimento da economia, mais empresas, mais empregos, melhores salários, uma qualidade de vida mais próxima dos padrões europeus, menos endividamento das famílias, estaria em parte justificado o crescente despesismo que o governo da República anda a fazer. Mas não, gastam milhões e o país está parado, ou seja, estagnado, a ficar mais pobre, a perder competitividade.
Na Região Autónoma da Madeira está à vista de todos os resultados de uma exemplar governação. O progresso e a qualidade de vida são incomparáveis com o passado. Não é pela cor e pelo hino partidário que em 30 anos de democracia o PSD Madeira obteve 30 vitórias autárquicas, que voltou a ser o partido mais votado nas recentes eleições para as 11 Câmaras da Região e que em 54 freguesias foi claramente eleito para estar à frente de 50. Estas vitórias não são obtidas sem provas dadas. Os anos desgastam qualquer partido, mais ainda quando está no poder, e só pela obra que apresentada em prol dos cidadãos é que tem o PSD na Madeira conseguido acumular sucessivos vitórias enquanto que os governos centrais vão acumulando sucessivas derrotas e dívidas de muitos milhões.
Os protestos dos municípios e dos munícipes contra a política orçamental dos governos da República não são gratuitos como a maioria daqueles protestos e manifestações feitas por organizações sindicais, algumas das quais com toda a legitimidade e com as quais também nos identificamos. Os protestos dos autarcas contra as políticas restritivas dos governos da República referem-se aos cortes que são dados nos orçamentos das Autarquias, empurrando estas instituições para dificuldades de tesouraria incomportáveis para poderem corresponder às necessidades e aos apoios às populações.
O governo socialista está a ter um comportamento, em matéria de apoio às Autarquias, como o “menino amuado” que perdeu o que queira ganhar (eleições autárquicas) e vai daí castigar os portugueses por terem dado a vitória ao PSD e derrotado claramente o PS. Um País, uma Nação, não é de nenhum partido político e os socialistas sabem que as restrições, as prepotências, o mando e posso, são atitudes anti-democráticas e que em nada abonam os governantes.
À medida que o tempo passa, vamos confirmando que o PS está hoje no governo por via de um “frete” do senhor presidente da República que intempestivamente decidiu dissolver a Assembleia da República, convocar eleições antecipadas e proporcionar todos os meios para que o seu partido (PS) pudesse voltar a ser governo. Esta é, aliás, uma pedra no sapato do presidente Jorge Sampaio que está a poucos meses de deixar o Palácio de Belém.
As Autarquias precisam de mais verbas, justificam a cada dia que passa, e se há dúvidas dos governos venham visitar o país real. Deixem as cadeiras do poder e venham conhecer o país da periferia ao interior, do profundo Portugal às Regiões Autónomas. Governar nos dias de hoje como governava Oliveira Salazar e nos tempos da Monarquia, épocas em que os monarcas e o presidente do conselho de ministros raramente saíam de Lisboa para ir aos arredores e, no entanto, davam ordens para todo o país, são estilos completamente ultrapassados.
Venham senhores governantes conhecer o País real, no seu todo, antes de tomarem decisões, algumas das quais perfeitamente inadequadas por não conhecerem o que se passa fora dos vossos gabinetes. Portugal não é o cartaz colorido de uma Lisboa antiga e com muitos prédios em ruínas, com gente pobre, alegre e contente!
O Portugal de hoje não se satisfaz somente com fado, futebol e folclore, muito menos com as promessas maquiavélicas que alguns políticos vão alegremente apresentando.
As Autarquias, os Portugueses, merecem muito mais.
Venham à Região Autónoma da Madeira ver como é possível transformar e desenvolver Portugal.
Em visitas de trabalho, claro!